sexta-feira, 5 de outubro de 2007

DEUS 1991

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[Eu-espectador]

19/Agosto/1991

A falta que faz Deus, meu deus!, a falta que faz a religião! Como pode um ser humano carregar sozinho tamanho pesadelo como é a existência! Como pode alguém matar alguém e continuar a viver? O que se passa na alma de um homem assassino? É preciso ter compaixão de quem praticou violência, crime, tortura, de quem feriu outra energia, de quem magoou, de quem provocou sofrimento, de quem odiou, de quem queimou, de quem destruiu. É preciso ter pena de uma alma que, por força física do equilíbrio natural, pagará as penas eternas do inferno. É isso a eternidade! O cinema incita à violência, a sociedade incita à violência, a violência incita à violência. Círculo infernal! Como sair deste círculo? Como parar, suspender a vida, para viver a morte? Como se abre um parêntesis na eternidade do sofrimento e do horror?

[ Foi escrito quando via «Um Longo Verão», baseado no livro «The Hamlet» de William Faulkner]

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