quinta-feira, 20 de novembro de 2008

PROJECTOS AC 2012

1-1 - 94-06-18-ah- ac dos projectos - 1685 caracteres -telmo-2-milenio; ele explica-se: esboço de auto-entrevista
domingo, 9 de Fevereiro de 2003

+ DUAS PERGUNTAS,DUAS RESPOSTAS

[18-6-94]

P - Anuário Holístico para o Ano 2000, porquê?
R - Porque às décadas do Corpo, que foram os anos 80 e 90 vai suceder-se, velozmente, a década do Espírito: e é preciso uma revista - mensário ou anuário - que seja porta-voz dessa ponte, dessa passagem entre duas Eras.
- É necessário dar as notícias do mundo que finda e do mundo que vai nascer: nenhuma publicação ainda o faz, neste momento, existem apenas revistas pontuais que enfatizam um outro aspecto do velho mundo, um ou outro aspecto do Novo Mundo
- Trata-se, efectivamente, de anunciar a felicidade a todos os seres humanos e não humanos: daí que haja uma certa urgência, antes que a Humanidade se suicide por desespero de não encontrar saída para o Mundo Velho
- Ninguém melhor do que a Meribérica para avançar com um projecto destes, pois a felicidade é a melhor oferta que se poderá dar aos filhos dos nossos filhos e aos netos dos nossos netos

P - Tem este projecto apoio publicitário?
R - Não só tem apoio publicitário como sobra: não existe neste momento nenhuma revista que, cobrindo toda a vastidão da área holística, dê saída a toda a vasta gama de produtos e consumos de um mercado em expansão: todo aquele mercado que diz respeito ao culto e à mística do Corpo, mas também aquele mercado que diz respeito ao Culto e à Mística do Espírito, em franco desenvolvimento e expansão, porque as próprias condições cósmicas e a era zodiacal o impõem: não ganhamos nada em contrariar as tendências que convergem no Ano 2000, temos apenas que entender a Lei Cósmica, aprendê-la e sintonizar com ela. Uma revista - mensário ou Anuário - chamada «Terceiro Milénio» poderá perfeitamente corresponder a essas exigência objectiva ■

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

BIBLIOTECA 2012

morte-2- Da Psicologia à Noologia
19.11.1998

AQUILO A QUE CHAMAM MORTE: BREVE BIBLIOGRAFIA EXISTENTE NO CENTRO DE ESTUDOS HERMÉTICOS

(Assinalam-se com asterisco - * - os livros que deveriam ser de leitura obrigatória num curso de noologia holística)

Alexandra David- Neel - Inmortalidad Y Reencarnacion - China - Tibete - Índia - Ed. Dedalo - Buenos Aires, s/d
Carlyle B. Haynes - Espiritismo ou Cristianismo? - Missão Adventista Portuguesa - Lisboa,
Claude Guillon - Suicídio - Modo de Usar - Ed. Antígona - Lisboa, 1990
E. A. Wallis Budge - O Livro Egípcio dos Mortos - Ed. Pensamento - São Paulo, s/d *
Edgar Morin - El Hombre y La Muerte - Ed. Kairós - Barcelona, 1974
Félix Bermudes - A Conquista do Eterno - Ed. Civilização Brasileira - Rio, 1974
Juan B. Bergua - El Libro de los Muertos de los Antigos Egípcios seguido de El Bardo Thodol - Libro Tibetano de los espíritos del Más Allá - Clasicos Bergua - Madrid , 1967 *
L'Abbé Th. Moreaux - Que há-se ser de nós depois da Morte? - Ed. A. Figueirinhas - Porto, 1925
Léon Meynard - Le Suicide - PUF - Paris, 1962
Leon S. Perez - Muerte Y Neurosis - Ed. Paidós - Buenos Aires, 1945
Leonardo Boff - Vida para Além da Morte - Ed. Vozes - Petrópolis, 1974 - *****
Maurice Maeterlinck - A Morte - Ed. Clássica - Lisboa, 1924
O Livro dos Mortos do Antigo Egito - Ed. Hemus - São Paulo, 1972 *
Paul Arnold - O Livro dos Mortos dos Maias - A Escrita Maia Decifrada - Ed. Hemus - São Paulo, s/d *
Paul Barguet - Le Livre des Morts des Anciens Egyptiens - Les Editions du Cerf - Paris, 1967 *
Paul Chauchard e Outros - A Sobrevivência Depois da Morte - Ed. Difusão Europeia do Livro - São Paulo, 1969 *****
Philippe Ariès - Sobre a História da Morte no Ocidente desde a Idade Média - Ed. Teorema - Lisboa, 1988
Platão - Fédon - Diálogo sobre a Imortalidade da Alma - Atlântida Editora - Coimbra, 1962
Stanislav Grof - Books of the Dead - Manuals for Living adn Dying - Thames and Hudson - Londres, 1994 *

sábado, 15 de novembro de 2008

SUBLINHADOS 2012

note-book-1-mm>
17.04.2008

PENSEM NISSO, EU JÁ PENSEI

Tudo é milagroso: a ordem magnífica da Natureza, os milhões de mundos girando à volta de milhões de sóis, a actividade da luz, a vida dos animais. Todos são grandes e perpétuos milagres.
Voltaire
+
A minha ideia de Deus consiste na profunda convicção emocional da presença de uma força racional superior, que se revela no incompreensível do universo.
Albert Einstein
+
Um amigo é alguém ao pé de quem se pode pensar em voz alta.
Ralph Waldo Emerson
+
"Um dia, depois de termos dominado os ventos, as ondas, as marés e a gravidade, aproveitaremos as energias do Amor. Então, pela segunda vez na história do mundo, o homem descobrirá o fogo."
Pierrre Teilhard de Chardin
+
"Deus é o existirmos e isso não ser tudo."
Fernando Pessoa
+
"Se a única oração que disseres, em toda a tua vida, for "obrigado", já é bastante."
Mestre Eckhart
+
"Ser capaz de escutar o silêncio é ser capaz de escutar o infinito."
Anne Wilson Schaef
+
PEQUIM PROIBIU TERMINANTEMENTE O DALAI LAMA DE VOLTAR A REENCARNAR. NÃO CONSEGUIU, NEM CONSEGUIRÁ FOI DIMINUIR A POLUIÇÃO DE PEQUIM, O QUE PREOCUPA (DIZEM OS JORNAIS)O COMITÉ OLÍMPICO INTERNACIONAL E OS ATLETAS DO TRIATLO.
É O QUE DÁ SER OLÍMPICO E QUERER SER CHINÊS OU VICE-VERSA.
+
PARA OS QUE DUVIDAM TODA A EXPLICAÇÃO É INÚTIL.
PARA OS QUE TÊM A CERTEZA, TODA A EXPLICAÇÃO É DESNECESSÁRIA.
+

LÉXICO 2012

shen-2>
08.11.2007

NOMENCLATURA BÁSICA DE NOOLOGIA: ENERGIAS = ENERGIAS VIBRATÓRIAS = ENERGIAS
ONDULATÓRIAS

AGULHA MAGNETIZADA
ANTENA
ATRACÇÃO TERRESTRE
AURORA ASTRAL
AURORA BOREAL
BIORITMO
BÚSSOLA
CADÊNCIA
CAMPO MAGNÉTICO TERRESTRE
CAMPOS DE ELECTRICIDADE ESTÁTICA
CAMPOS ELECTROMAGNÉTICOS
CAMPOS DE FORÇA
CAMPOS MAGNÉTICOS
CICLO
CIRCUITO
COMPRIMENTO DE ONDA
CONSTANTES
CRISTAL DE MAGNETITE
CORRENTE ELÉCTRICA
CURVAS
DECLINAÇÃO MAGNÉTICA
EIXO TERRESTRE
ELECTRICIDADE
ELECTRICIDADE ESTÁTICA
ELECTROCARDIOGRAMA
ESPIRAL LOGARÍTMICA
ESTRATOSFERA
FLUXO
GEOMAGNETISMO
GRAVIDADE
HOLOGRAMA
IMAN
INFRASONS
INFRAVERMELHO
IÕES NEGATIVOS
IÕES POSITIVOS
IONOSFERA
LEIT-MOTIV
LIMALHA DE FERRO
LUZ
LUZ FLUORESCENTE
MAGNETITE
MAGNETISMO
MAGNETOSFERA
MANCHAS SOLARES
MESOSFERA
MICROONDAS
MODULAÇÃO
MOVIMENTO PERIÓDICO
MOVIMENTO QUASE PERIÓDICO
NORTE GEOGRÁFICO
ONDA DE CHOQUE
ONDA HERTZIANA
ONDAS
ONDAS DE RÁDIO
ONDAS ESTACIONÁRIAS
ONDAS DE GRAVITAÇÃO
OSCILADOR
OSCILOSCÓPIO
PERÍODO
PILHA
PÓLOS
PROBABILIDADES
RADIONDAS
REPETIÇÃO
RESSONÂNCIA
RITMO
RITMO BIOLÓGICO
SAMUEL MORSE
SEQUÊNCIA
SÉRIE TEMPORAL
SINCRONICIDADE
SONS
TEMPESTADE MAGNÉTICA
TROPOSFERA
ULTRA HIGH FREQUENCY (UHF)
EXTREMELY LOW FREQUENCY (ELF)
ULTRA-SONS
ULTRAVIOLETA
VIBRAR VÓRTICE
+
PARA AVANÇAR EM PALESTRA OVNIS E PROJECTO ALIEN 2012 E INFO-INFINITO (CONVERGÊNCIA DE TUDO)

[A-PASTAS-START-17] -> COM 17 SUBPASTAS PARA MINHA TESE PÓSTUMA
[INFO-ALIEN-GS]
[INFO-FILES]
[INFO-OL]
[WORDS-PASTAS]
[MILAGRE-AC-NS-9]
+
ARQUÉTIPOS
ESTEREÓTIPOS
RÓTULOS
DISCURSO DO PODER
PARADIGMA
+
INFOSOFIA
INFOCIÊNCIA
INFOGNOSE
INFOTECNOLOGIA
INFOLÉXICO
INFOMANIPULAÇÃO
INFOMARKETING
INFOMANIPULAÇÃO
INFOINFORMAÇÃO
INFOINFORMÁTICA
+
INFONEWS
INFOALIEN
INFOESFERA (CIBERESPAÇO)
INFOVIRTUAL
INFOWEBS
INFOMARKETING
INFOGNOSE
INFOSOFIA
INFOTEOSOFIA
+
INFOTECNOLOGIA
INFOALIEN
INFOVIDA
INFOMEMÓRIA
INFOGOOGLAR
INFOEXPERIÊNCIA
+
SINCRONICIDADE
HERMÉTICO
AVEBURY (LUGAR)
NAVESTOCK COMMON (LUGAR)
CNEP
CARVALHO
VISCO
+
LINGUAGEM
DAS ÁRVORES
DAS EMOÇÕES
DAS FLORES
DOS ANIMAIS
DOS SONHOS
TUDO FALA A LINGUAGEM VIBRATÓRIA DE BASE MOLECULAR.
+
MASS MEDIA
FORMAS DE COMUNICAÇÃO
TELEPATIA
NOMEN MYSTICUM
EXOBIOLOGIA
BODYMIND
CIBERESPAÇO
TELECOMUNICAÇÕES
TELEACÇÃO
+
TELEACÇÃO
TELEFONIA
TELEMÓVEL
TELEINFORMAÇÃO
TELECOMUNICAÇÃO
+
INFORMAÇÃO DE OUTROS MUNDOS
TRANSCOMUNICAÇÃO INSTRUMENTAL
GRAVADOR
DO ANALÓGICO AO DIGITAL
VÍDEOS
ERA DIGITAL=ERA VIRTUAL=
CONEXÃO
VIVÊNCIA
VISÃO MECANICISTA
SINAL FÍSICO
+
SISTEMA DE SINAIS
VISÃO CIENTÍFICA
INTUIÇÃO
ENDORFINAS
INVESTIGAÇÃO PESSOAL
MILAGRE
TRIÂNGULO DO MILAGRE
NATUREZA DIVINA
DIMENSÕES DO UNIVERSO
+
VÍDEOS
GRAVADOR
MEDITAÇÃO
INDÍCIOS
VIGILÂNCIA ELECTRÓNICA
CLARIVIDÊNCIA
MEDIUNIDADE
LEITURAS PSÍQUICAS
LENDA?
SUPERSTIÇÃO?
+
TECNOLOGIA ALIENÍGENA
ENGENHARIA REVERSA
SEMÂNTICA GERAL
ORÁCULO
SIGNOS
LASER
FIBRA ÓPTICA
INFRAVERMELHO
ALIMENTOS IRRADIADOS
SISTEMA DE PROPULSÃO ELECTROMAGNÉTICA
+
MICROCHIP
MICROPROCESSADOR
MICROCIRCUITOS
NIVEL SUBMOLECULAR
FOTÕES ACTIVOS
AMPLIFICAÇÃO DAS ONDAS DE LUZ
PIRATARIA ON LINE
MAGESTIC 12
O LIVRO AZUL
MAGNET
+
SEMOG
URANUS
PROJECTO COLORADO
PROJECTO OSONA
CORPORAÇÃO RAN
INTERCEPÇÃO ELECTRÓNICA DE COMUNICAÇÕES PESSOAIS
MINERAÇÃO DE DADOS
TIA
TOUTATIS
MAGESTIC 12
+
ASTEROIDES
RADIOASTRÓNOMOS(INFO-LÉXICO)
METEOROS
TUGUNGSKA
MEGATONELADAS
CÂMARAS ESCONDIDAS
VIDEOVIGILÂNCIA
MONITORIZAR CONVERSAS
ELECTRÓNICA ESCONDIDA
ESCUTAS
INTERFERÊNCIAS
+
ENCRIPTAÇÃO
VIDEO VOYEURISMO
GPS
DIREITOS CIVIS
MINERAÇÃO DE DADOS
PADRÕES DE COMPORTAMENTO SUSPEITOS
BIG BROTHER
MONITORIZAR EMPREGADOS
NEUROTRANSMISSORES
+
CICLOS VICIOSOS
PONTO SEM RETORNO
CRESCIMENTO LOGARÍTMICO
BECOS SEM SAÍDA
PUZZLE DO SISTEMA
O SISTEMA QUE VAI MATANDO OS ECOSSISTEMAS
+
ELÉCTRODOS
XAMÃS
PERCEPÇÃO
VISÕES
ESTADO ALTERADO DE CONSCIÊNCIAN
PRIVAÇÃO SENSORIAL
CICLOS POR SEGUNDO
TAMBOR
DESLOCAÇÃO VIBRANTE
FREQUÊNCIA
+
RESSONÂNCIA DE HELMOLTH
ONDAS CEREBARIS
RESSONÂNCIA
ECOS
PADRÕES GEOMÉTRICOS
IMAGENS ENTRÓPICAS
CÓRTEX CEREBRAL
VÓRTEX OU ESPIRAL
XAMÃ
SONHAR ACORDADDO
ESTADOS EXTRAORDINÁRIOS
+
CONSCIÊNCIA HUMANA
SUBCONSCIENTE
INTELIGÊNCIA HUMANA
INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
INTELIGÊNCIA DA CÉLULA
INSPIRAÇÃO
IDEIAS
SÍMBOLOS
INSPIRA~ÇÃO
ARTE SIMBÓLICA
GUIAS XAMÃS
+
INFORMAÇÃO DE OUTROS MUNDOS
BAIXAS FREQUÊNCIAS
VIBRAÇÃO HARMÓNICA
PIRÂMIDES
TEOHTIUCAN
CICLOS DE SOM
ONDAS CEREBRAIS
ESTADOS DE MEDITAÇÃO
RITUAL
MÚSICA
+
VIGIAR
MONITORIZAR
INTERCEPTAR
FISCALIZAR
SUSPEITAR
MINERAR
INDEXAR
ENCRIPTAR
+
TRANSCOMUNICAÇÃO
30 PARA-SENTIDOS
TERMOREGULAÇÃO
HOMEOSTASE
[VER IFO-LÉXICO NESTE NOTEBOOK]
+
TEXTOS REMOTOS = TEXTOS DAS ORIGENS = TEXTOS ORIGINAIS
+
ENERGIA CONSCIENTE = ENERGIA PENSAMENTO = ENERGIA INFORMAÇÃO
+
TUDO É ENERGIA = TUDO É INFORMAÇÃO = TUDO É AMBIENTE = TUDO É VIDA = TUDO É VIBRAÇÃO
+
TERRÁQUEOS
HUMANOIDES
CAMPO MAGNÉTICO DA TERRA
ROSWELL RUSSO
+
BITES, BYTES, BITS
NANÓMETRO
CHIPS
MICRO-CHIPS
SERES GALÁCTICOS, ALIENÍGENAS, EXTRATERRESTRES E OVNIS
+
-MENSAGEM APOCALÍPTICA
-O SOBRENATURAL NÃO DESAPARECEU DA TERRA
-DEUS FALA POR SINAIS(TROVÕES, RELÂMPAGOS, SOL)
-«CAVE IN THE SNOW» - POR WICKI MACKENZIE
-http://www.firelight.com.au/cave.html
-3 M : MILAGRE/MAGIA/MISTÉRIO
+
«QUANDO EU VOLTAR AO MUNDO ENCONTRAREI GENTE COM FÉ?»
JESUS CRISTO

ÁRVORE DE BUDA
ÁRVORE DA VIREGM MARIA
ÁRVORE DA KABBALLAH
ÁRVORE DE CRISTO
+
QUEDA DO COMUNISMO:+ UM MILAGRE DE JOÃO PAULO II
+
NECROMANCIA
RITUAIS NEGROS
SATANISMO
RITUAIS SATÂNICOS
ARTES DO DIABO
+

IDEIAS AC 2012

ac - ficções - 1692 bytes vozes-1>ficcoes>projectac> discurso>inventar>
16.01.2008
«SE O GOLFINHO FALASSE...»: DISCURSO DOS QUE FOGEM À NORMA PADRÃO/VOZES DIFERENTES, EXTRA-PADRÃO ESTABELECIDO/ TESTEMUNHO DE EXPERIÊNCIAS TRAUMÁTICAS E DE EXPERIÊNCIAS-LIMITE

Analfabeto
Autista
Autodidacta
Carrasco
Cigano
Criança
Curandeiro
Deficiente
Delinquente
Esquimó
Estrangeiro
Extraterrestre
Feiticeiro
Génio
Golfinho
Marinheiros de 500
Monge
Santo
Vagabundo
Lisboa, 15/12/1992
+
filipe-1-ac-er>

A CALMA DELES

Afinal é possível escrever um livro de [---] páginas, sobre ciência, tecnologia, desenvolvimento e ambiente, sem jamais tomar posição pró ou contra qualquer destas questões cruciais em matéria de ambiente, desenvolvimento, ciência, etc

A divina neutralidade dos cientistas é possível. E está aí, num livro enciclopédico, que abrange todas as matérias importantes desde o Macrocosmos ao Mesocosmos. O Microcosmos do ADN molecular não é abordado. Tão pouco a parte portuguesa - nomes, datas, eventos, bibliografia dos temas. Para quem nunca toma posição pró ou contra, é uma opção perfeitamente aceitável. De contrário, seria necessário outro livro de 500 páginas.

No último capítulo, o autor aborda o discurso, os movimentos (movimentações) e correntes que confluem na problemática ambiental. Se o ambiente é tudo, nada falta, portanto. Ou o que falta não é por omissão mas porque a abordagem pluridisciplinar é hoje inacessível ao cérebero humano, mesmo um tão poderoso como o do Prof. Filipe Duarte Santos.

Além da neutralidade, é esta capacidade de tudo conhecer e dominar que mais (me) impressiona. A lista de referências - a que o autor não chama bibliografia - é bem ilustrativa das fontes a que recorreu para este trabalho prodigioso e sobrehumano de erudição, embora nunca dê a impressão de conhecimento em 2ª mão: fica a ideia que tudo saiu daquela cabeça.
+
filipe-1-ac-ab>
13.01.2008

ERRÂNCIAS DA RAZÃO

Um cientista é feliz. Não dramatiza. Não sofre com a dor do mundo. Não tem que exprimir sentimentos e emoções. E nem sequer opiniões ou críticas. Consegue separar do resto da sua vida, com minúcia cirúrgica, a parte em que escreve ciência. Com A.
Nada de misturar os planos.
Ecologia é mais uma cadeira académica - um estudo teórico analítico e minucioso - sempre à espera dos últimos resultados do mais laborioso laboratório.
Ecologia não é uma questão de sensibilidade, de solidariedade com todos os seres sensíveis: é uma questão de gráficos, modelos, estatísticas, previsões.
*
No que respeita aos temas e itens que devem ser prioritários nas movimentações ambientalistas que ainda se verificam e a fase em que actualmente nos encontramos: a da mistificação, a fase proposta pelo José Carlos Marques.
*
A melhor montra dessa mistificação é a Ambio, como a recente discussão sobre «ciclos solares» evidencia.
Recolo aqui o que disse em note-book anterior:
Uma actual desconversa ocorrente na Ambio - aliás sobre um tema interessantíssimo : os ciclos solares - mas que eles conseguem tornar chatíssimo, revertendo o que era uma proposta filosófica fascinante - os ciclos solares e o nosso relacionamento com eles - para o famigerado e insuportável CO2.
Eu não percebo nada de ciclos solares, mas tenho a certeza certa que eles influenciam, de maneira decisiva e subtil, e muito para lá da acção humana supostamente deliberada muitas das ocorrências (só damos pelas catastróficas) que se vão verificando.
Os egípcios e mayas sabiam certamente muito mais dos ciclos (solares e cósmicos) do que a actual ciência alguma vez saberá.
Não tinha era telescópios (sei lá se não teriam) nem a NASA ainda tinha nascido.
Talvez porque entre saber e conhecer, entre sabedoria e ciência vai um abismo que nunca será transposto.
Só se depois do 2012.
+
virus-1-ac-ab>
13.01.2008

A TEORIA DO VÍRUS NUNCA TERÁ OPORTUNIDADE DE SER DESMASCARADA

Se o vírus existe, porque não se fala de guerra virológica e sim de guerra bactereológica?
Como se transmite o vírus?
No caso da notícia recente - o da gastro-enterite - a autoridade médica refere que a transmissão é por [...]
Não percebo: como é possível acreditar que um vírus vindo nas fezes passe à criança e à via gástrica da criança?
*
O discurso científico continua a indrominar-nos de uma maneira escandalosa.
Produzido e reproduzido até ao vómito, acaba por ser moeda corrente nos mídia como dado adquirido, os mídia que se alimentam de vírus assuStadores, sejam os da Net sejam os da gastroenterite.
*
A TEORIA DO VÍRUS NUNCA TERÁ OPORTUNIDADE DE SER DESMASCARADA.
Nem vai ter a sorte da (teoria da) ameaça climática que só mereceu a atenção de Algore e arredores quando já era tarde demais e quando começou a ser rentável (lucrativo) apregoar histericamente o perigo climático: o assunto, aliás, vem desde os anos 70 do século passado mas só em 2007 mereceu o Prémio Nobel.
Não irá acontecer à teoria do vírus. É suficientemente lucrativa e portanto nunca será desmentida.
*
Se até a Wikipédia já tem um artigo sobre Ecologia Humana,
Se até as universidades práfrentex já têm cadeiras de Ecologia Humana,
Se até a Universidade de Évora foi pioneira da Ecologia Humana,
uma pergunta se impõe: como é possível que ninguém - dos especialistas em ecologia Humana já formados - não toma posição (pró ou a favor) de uma teoria (a do vírus) que atinge no centro a Ecologia Humana, ou seja, as agressões do meio exógeno sobre o endógeno, no ser vivo em geral e no ser humano em particular?
O que significa tanto silêncio e silenciamento?
+

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ITENS 2012

1-1- vegetal>

PSICOLOGIA VEGETAL

Grandes áreas:
a) Plantas
b) Árvores
c) Flores

SUMÁRIO DE ITENS:
Fisiologia vegetal e bioritmos
Linguagem do reino vegetal
Cactos contra poluição electromagnética
Árvores intercomunicam
Oração ajuda plantas
Actividade lunar e crescimento das plantas
Agricultura Biodinâmica (Rudolfo Steiner)
Respiração dos frutos
Sistema nervoso das plantas (experiências na URSS)
Biofotons ( Fritz Albert Popp)
Fósseis de árvores (frequência vibratória)
Experiências laboratoriais (Clave Backster)
Alfabeto druida das árvores
Bryophilum e Challenchoe: reconversão das energias nocivas (Etienne Guillé)
-----
Bibliografia auxiliar:
- Peter Tompkins /Christopher Bird - «La Vie Secrète des Plantes», - Ed. Laffont, Paris, 1975
- Maurice Maeterlink - «A Inteligência das Flores» - Clássica Ed., Lisboa, 1916
+
itens-1> - revisão da matéria – entrevista-testamento – esboços de ecologia humana
19.07.2001

ITENS DE ECOLOGIA HUMANA(*): Ilacções

Convergem nesta Lição de Ecologia Humana outros grandes temas afins:
- Macrocefalia urbana
- Imperialismo industrial
- Gigantismo de situações e
- Congestionamento de espaços e transportes
- Cidade-cancro, auge da Entropia
- Projectos megalómanos arrastam projectos megalómanos
- Lógica logarítmica do Absurdo
- Retrocessos do Progresso

O caso trágico da Baixa da Banheira ilustra ainda outros temas afins:
- Êxodo rural, sangria de reservas humanas
- Conspiração secular do Tecnocrata contra o Mundo Rural
- O Desenvolvimento do Subdesenvolvimento
- Crescimento da Doença e da Morte
- Delinquência. juvenil é subproduto da Tecno-delinquência senil
- Doenças da Macrocefalia e do Gigantismo
- O Preço a pagar pelo progresso em vidas e almas
- Desenvolver significa Destruir
Baixa da Banheira, como lição de Ecologia Humana permite algumas ilações:
a) - Gigantismo industrial e macrocefalia urbana tornam a disputa partidária meramente teórica, já que Esquerda e Direita se aproximam e confundem quanto mais convergem no ponto comum: o imperialismo industrial .
b) - As doenças do «congestionamento» urbano estão por estudar, embora se fale, por analogia, de um síndroma notado nos animais que, quando enjaulados, acusam reacções patológicas de um tipo semelhante ao que se verifica nos espaços urbanos congestionados.
Mas, como sempre, a cobaia humana é mais difícil de estudar, o que explica o atraso da Ecologia Humana.
- O preço a pagar pelo progresso, o desenvolvimento que significa destruição de recursos incluindo recursos humanos, o crescimento do lumpen-proletariado e da pobreza, tudo isto se situa e agrava no coração da chamada prosperidade industrial, os alegados «pólos de desenvolvimento».
- - - - -
(*) Publicado no jornal «A Capital» (Crónica do Planeta Terra), 6/10/1984
+
1-1- ecorealismo-15> - os dossiês do silêncio – entrevista testamento (revisão da matéria)
sábado, 13 de Julho de 2002

A LISTA DE ITENS (*)

26/4/1983 - Polarizar a luta alternativa na poluição é um equívoco que interessa principalmente às forças políticas de fundo totalitário. A melhor maneira que estas têm de enquadrar, na primeira altura, os movimentos alternativos em geral e ecologistas em particular, apossando-se deles, é reduzi-los a caricaturas, transformando um vasto movimento de emancipação humana em propósitos pontuais de luta anti-isto e luta anti-aquilo.
Com as tácticas pretendem fazer e esquecer toda uma estratégia.
De facto, a poluição é para essas forças um óptimo «inimigo», pois com ele conseguem distrair o povo do inimigo principal - o crescimento industrial sob todas as suas formas e em todos os seus subprodutos.
É portanto em relação ao imperialismo industrial que o movimento alternativo se deverá definir.
Não é só a poluição o inimigo, nem só de poluição morre o homem.
Por ordem de prioridades, o inimigo é o crescimento e seus subprodutos;
O capitalismo privado tanto como o capitalismo de Estado;
A burocracia tanto como a tecnoburocracia;
O latifúndio, a monocultura industrial e a exploração extensiva;
O pesadelo urbano-industrial e o drástico despovoamento dos campos;
A destruição da pequena e média exploração agrícola;
A democracia sem democraticidade;
O gigantismo industrial, hiperpoluente e concentracionário;
O desperdício a que se chama economia de mercado;
O energivorismo inerente a todos os processos que a análise energética demonstrou serem irracionais;
O crescimento económico logarítmico;
O gigantismo da corrida espacial e nuclear;
A sintomatologia médica , motor que autoreproduz até ao infinito o sistema de doença, morte e destruição;
A luta de classes nas suas formas mais bárbaras de luta contra a geração seguinte, contra as espécies vivas, contra as minorias culturais e rácicas, contra todas as formas de vida alternativa tradicionais;
A alienação do trabalho livre, criador, autónomo, cooperativo e autogestionário;
A macrocefalia urbana e a desertificação dos campos para aí se instalar o imperialismo industrial sob as suas formas mais atrozes de indústrias de ponta hiperpoluentes;
As categorias abstractas que reduzem a dignidade da pessoa humana a números: contribuinte, consumidor, utente, eleitor, peão, etc
O concentracionário industrial, nomeadamente nuclear, celulósico, cimenteiro, químico, petroquímico e alumínico;
A publicidade do mundo capitalista tanto como a propaganda política do mundo não capitalista.
- - - - -
(*) Publicado no jornal «A Capital» (Crónica do Planeta Terra), 26/4/1983
+
1-2- lista3-tf> entrevista-testamento – aide-mémoire – revisão da matéria - 2048 BYTES -lista3.wri> - listas> 924 caracteres
segunda-feira, 15 de Julho de 2002

DOSSIÊS MISTOS=PUBLICADOS+ORIGINAIS: GRANDES ÁREAS TEMÁTICAS (OCORRENTES NAS CPT) PARA FORMAR PASTAS DE ARRUMAÇÃO GL
A-Z (GRAÇAS AO WORD)

A Arte de Comer
A Escalada Nuclear
A Europa do Camião-Cisterna
A Europa Radioactiva
A Farra Alimentar ou o outro lado da Fome
A Fome Mundial
A Loucura Nuclear
A política em três actos
Acordo ortográfico
Agricultura Química
Arboricídio = Incêndios
Camião-Cisterna
Cancro Começa na Química
Cancro está no Ambiente
Canibalismo electro-nuclear
Cobaias
Consumos
Crise Energética
Direitos do Peão
Eco-defesa do Consumidor
Eco-desenvolvimento
Eco-Direitos
Eco-energias
Eco-estratégias
Ecologia Alimentar
Ecomovimentos e ecoequívocos
Eco-Portugal-Situação do Ambiente
Eco-prioridades nacionais
Eco-segurança
Eco-tácticas
Euro-Banquete = Euromania
Fascismos no Plural
Gigantismos
Grandes Barragens, Grande Asneira
Guerra Climática
Holística Vem Aí
Holocausto Nuclear
Iatrogénese
Inteligência Artificial
Inveja Social e Lumpen
Investigação eco-holística
Lisboa
Litoral Português
Macrocefalia Urbana
Macrosistema e Raízes da Crise Planetária
Medicina e eco-medicinas
Medicinas Naturais
Medicinas Tradicionais
Ministério dos Cidadãos
Movimentos Sociais
O Alentejo em Reportagem
O Banquete da Fome
O Choque da Catástrofe
O Ciclo da Água
O Culto do Cifrão
O Desenvolvimento do Subdesenvolvimento
O Oceano à Deriva
O Poder dos Cidadãos
O Sistema contra os Ecossistemas
Os Descamisados
Poder e discurso do poder
Política do Ambiente-Legislação
Poluições instaladas
Quanto Custa a Doença
Química que Mata e Adoece
Quotidiano
Radiações Ionizantes
Radiações para Todos
Recursos portugueses e planetários
Rios portugueses
Ruído
Saúde pública = Ecologia humana
Segurança Ambiental do Cidadão
Segurança do Cidadão
Segurança do Consumidor
Segurança do Trabalhador
Sindroma Sísmico-Nuclear
TA´s = Eco-desenvolvimento
Tanatologia = Morte
TA-s
Tecnologias de Vida = Medicinas Ecológicas
Tecnologias Libertadoras = Tecnologias Democráticas = Tecnologias da Esperança
Tecno-terror
Terceira Idade, essa Desconhecida
Trabalho e Descanso
Unideologia
Vida Quotidiana
Vírus & Sida
+
1-3 - manifesto-1-ie>= ideia ecológica do afonso - eco-realismo
domingo, 19 de Janeiro de 2003

PARA UM MANIFESTO ALTERNATIVO: O INIMIGO PRINCIPAL(*)

(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no jornal «A Capital», Crónica do Planeta Terra, 26/3/1983

26/3/1983 - Polarizar a luta alternativa na poluição é um equívoco que interessa principalmente às forças políticas de fundo totalitário. A melhor maneira que estas têm de enquadrar, na primeira altura, os movimentos alternativos em geral e ecologistas em particular, apossando-se deles, é reduzi-los a caricaturas, transformando um vasto movimento de emancipação humana em propósitos pontuais de luta anti-isto e luta anta-aquilo.
Com as tácticas pretendem fazer esquecer toda uma estratégia.
De facto, a poluição é para essas forças um óptimo «inimigo», pois com ele conseguem distrair o povo do inimigo principal - o crescimento industrial sob todas as suas formas e em todos os seus subprodutos.
É, portanto, em relação ao imperialismo industrial que o movimento alternativo se deverá definir.
Não é só a poluição o inimigo, nem só de poluição morre o homem.
Por ordem de prioridades, o inimigo é o crescimento e seus subprodutos:
O capitalismo privado tanto como o capitalismo de Estado;
A burocracia tanto como a tecnoburocracia;
O latifúndio, a monocultura industrial e a exploração extensiva;
O pesadelo urbano-industrial e o drástico despovoa mento dos campos;
A destruição da pequena e média exploração agrícola;
A democracia sem democraticidade
O gigantismo industrial, hiperpoluente e concentracionário
O desperdício a que se chama economia de mercado;
O energivorismo inerente a todos os processos que a análise energética demonstrou serem irracionais;
O crescimento económica logarítmico;
O gigantismo da corrida espacial e nuclear;
A sintomatologia médica, motor que autorreproduz até ao infinito o sistema de morte e destruição;
A luta de classes nas suas formas mais bárbaras de luta contra a geração seguinte, contra as espécies vivas, contra as minorias culturais e rácicas, contra todas as formas de vida alternativa tradicionais;
A alienação do trabalho assalariado que destroi todas as formas de trabalho livre, criador , autónomo, cooperativo e autogestionário;
A macrocefalia urbana a a desertificação dos campos, para aí se instalar o imperialismo industrial sob as suas formas mais atrozes de indústrias de ponta hiperpoluentes;
As categorias abstractas que reduzem a dignidade da pessoa humana a números: contribuinte, consumidor, utente, eleitor, peão, etc.
O concentracionárlo industrial, nomeadamente nuclear, celulósico, cimenteiro, químico, petroquímico e alumínio;
A publicidade do mundo capitalista tanto como a propaganda política do mundo não capitalista.

OPOSIÇÃO CRÍTICA.

Este polvo de vários tentáculos - o Industrialismo - é que é o inimigo principal, onde as poluições surgem como subproduto a desviar as atenções.
Até porque a poluição não é uma desgraça: é, como a definiu, o P.N.U.M.A. (organismo das Nações Unidas para o meio ambiente), um «recurso mal aproveitado».
A definição do inimigo principal é fundamental numa estratégia alternativa por duas razões: evitar, por um lado, que se confunda com a direita um movimento profundamente progressista e de emancipação humana; evitar, por outro lado, que a esquerda não democrática, primeiro diga dele cobras e lagartos reaccionários para logo a seguir, caricaturando-o, se apossar das suas premissas e cavalgá-lo.
Definir o inimigo principal é ainda decisivo para saber em que medida - como, porquê, contra e a favor de quê - os alternativos se assumem como oposição independente.
Venham os governos que vierem, serão todos iguais se, quanto ao principal - energivorismo, gigantismo, macrocefalia, centralização concentracionária, latifúndio, etc. - a sua actuação for no fundo a mesma, independentemente dos superficiais rótulos políticos que usem, só na aparência diferentes.
Oposição crítica, não querem o poder enquanto o poder estiver dominado por forças, à direita ou à esquerda, que têm um tipo de actuação direitista, quer dizer, que praticam uma política destrutiva do meio e do homem.
Ao ser tão dialéctica como materialista, a análise ecológica da sociedade (relações entre classes dominantes e classes dominadas) verifica que a esquerda se encontra cada vez mais ultrapassada pela realidade histórica, teimando como teima em ignorar por um lado a subtileza e por outro lado a brutalidade das formas cada vez mais diversas e variadas (alienações, crimes, manipulações) que a exploração do homem pelo homem assume, fundamentalmente ajudada pelos grandes avanços da ciência e da técnica.
Para lá do carácter insidioso que assumem estas novas formas de opressão, elas ganham um carácter ainda mais tirânico na medida em que sobre elas não há debate e sobre elas recai a conspiração do silêncio cúmplice de todas as correntes políticas.
Há um tácita cumplicidade entre esquerda e direita, governo e oposição, relativamente aos crimes do fascismo quotidiano, precisamente porque esses crimes são indistintamente praticados ou consentidos pelas potências imperialistas a que esses partidos devem obediência, à esquerda e à directa.
Compreende-se claramente essa tácita cumplicidade entre aparelhos de esquerda e aparelhos de direita, ao enunciar algumas formas (diferidas, subtis, difusas, indirectas ou camufladas) que assume, na engrenagem industrial, a luta de classes e consequentemente a exploração do homem pelo homem.
Mesmo os observadores que nada têm a ver com o realismo ecológico, verificam que as propostas económicas das diversas forças políticas, parlamentares e extra parlamentares, pouco diferem no fundamental.
O caso da França é significativo e o cepticismo sobre um presidente de esquerda sucedeu-se à decepção de um presidente de direita.
Neste contexto, que sentido tem dizer-se que os «verdes» de Brice Lalonde não têm esquerda nem direita?
É que as propostas de esquerda e de direita não alteram, no fundamental, o modelo dito de desenvolvimento, o sistema de desenvolvimento.
Num sentido mais preciso, no entanto, o projecto do realismo ecológico será obviamente de esquerda, se visa em última instância a dignificação e a emancipação humana.
No mesmo sentido em que o projecto evangélico cristão é de esquerda, sempre que não perde de vista a emancipação dos humilhados e ofendidos
Os projectos económicos de direita e de esquerda tendem a estar cada vez mais identificados, quanto mais a tecnologia monopolista e o terror «científico» tomar o poder sobre os aparelhos clássicos da política e da economia.
Ir ao coração do problema é o objectivo visado pelo realismo ecológico. Que há muito deixou claro qual é, no seu entender, o Inimigo principal.
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(*) Este texto de Afonso Cautela foi publicado no jornal «A Capital», Crónica do Planeta Terra, 26/3/1983
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ecologia-estrita-1-II>
11.06.2008

PASTAS TEMÁTICAS RELACIONADAS COM UMA RETROSPECTIVA MEP/FE:

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HORIZONTE 2012

1-2 - 02-09-29-ah> ac dos projectos - perguntas> regressos>
domingo, 9 de Fevereiro de 2003

PARA AS 100 PERGUNTAS (INDISCRETAS) DO FRANCO-ATIRADOR/ PRÉMIO DO INDC - III

Pergunto: ficaria vivo o jornalista que pusesse cá fora, não tudo o que sabe mas um bocadinho só do que consegue saber?
Pergunto: o que sucederia ao jornalista que respondesse, ponto por ponto, a perguntas como as que seguem?
Eis só algumas:
Quem manda fabricar hoje os sismos mais destruidores? De uma vez por todas e definitivamente , quem demonstra a relação causa-efeito obviamente existente entre os testes subterrâneos com bombas termonucleares e a actividade sísmica acrescida?
Quem continua a manobrar para que o nuclear entre no Plano Energético Nacional?
Quem continua a teimar em produzir hexaclorofluoretos que destroem a camada de ozono da alta atmosfera e que desde há 15 anos alguns raros (ecologistas?) têm denunciado?
Quem impede a solução democrática e prática do chamado problema da habitação?
Quem inventou e continua a propalar o boato da sida?
Quem continua a pôr no mercado produtos comprovadamente cancerígenos?
Quem se responsabiliza pelo cancro profissional e ocupacional que até já tem esse nome?
Quem teima em pôr no mercado alimentar produtos refinados , carenciados e portanto pré-cancerígenos?
Quem faz diagnósticos deliberadamente errados de apendicites, otites e amigdalites, para provocar de imediato operações cirúrgicas que depois se verificam ser perfeitamente desnecessárias?
Quem responde pelos péssimos transportes colectivos que Lisboa tem e terá, na sequência da política que deliberadamente as empresas públicas promovem no sentido de pressionar o governo à sua privatização?
Quem está a preparar a venda da Companhia Nacional de Petroquímica à Dow-Chemical?
Quem financia movimentos e manobras de distracção como o movimento alegadamente ecologista Green Peace?
Quem ilude o facto de que se estão a juntar, num banco de dados central, todas as informações que, a pretexto de modernização informática, se continuam armazenando sobre os cidadãos portugueses até ao último pormenor da sua vida privada?
Quem finge ignorar esta e outras violações dos direitos humanos no seio da democracia portuguesa?

Quem fiscaliza a carne de porco vinda de animais engordados em cativeiro na base de hormonas, sulfamidas e antibióticos e abatidos com doenças que todos esses produtos mascaram?
Quem sabe e continua a consentir,senão a incentivar, que se venda droga dura à porta de muitas escolas de Lisboa?
Quem está interessado em consentir que seja promulgada a lei destinada a incluir as terapêuticas livres, as artes que curam nas actividades paramédicas, subordinando-as assim à autoridade médica (a ciência de matar) e corrompendo assim a natureza autónoma dessas terapêuticas?
Quem está interessado em se deixar iludir pelas falsas lutas entre médicos e Ministra Leonor Beleza, sabido que há interesses comuns e que, no fundo, trabalham para o mesmo patrão multinacional farmacêutico?
Quem trava a lógica política de combate ao desemprego que consiste em antecipar idades de reforma, reduzir horários de trabalho e prolongar férias?
Quem está interessado em prorrogar a servidão do trabalhador? Quem são os cronófagos que nos vampirizam?
Quem responde pelas cheias diluvianas da América do Sul, provocadas pela destruição maciça das grandes florestas como as da Amazónia? Que países e lobbies madeireiros estão implicados na exploração e extermínio dessas florestas?
Significa, portanto, que o essencial na defesa do consumidor continua clandestino e que o consumidor é informado de coisas apenas acessórias.
Talvez um dia possa ser matéria de:
um livro negro do consumidor
um livro branco do consumidor
um livro secreto do consumidor.
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pergunªs> acetatos autoterapia ecodiagnóstico fichas de reflexão & discussão – trabalho para casa

PERGUNTAS INCÓMODAS SOBRE EVENTUAIS LIGAÇÕES ENTRE CAUSA E EFEITO

-- Que relação pode haver entre vacinas e alergias? Entre vacinas e paralisias?
-- Que relação pode haver entre anestesia geral e esclerose em placas?
-- Que relação pode haver entre corticosteroides e osteoporose?
-- Que relação pode haver entre o tráfico (clandestino) de sangue e a chamada sida ou sangue deteriorado?
-- Porque não se questionam os chamados doentes de sida sobre alguns pontos fundamentais:
- Fizeram transfusão de sangue alguma vez?
- Alguma vez injectaram factor oito?
- Fizeram antibióticos por muito ou algum tempo?
- Que vacinas tomaram e quando?
- Alguma vez se drogaram?
- Usam por acaso a injecção hipodérmica?
- Constipavam-se muito em miúdos?
- Quantas vezes foram tratados por antibióticos?
- Fazem habitualmente sauna em saunas públicas?
- Usam Nitrato de Amila como vasodilatador?
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cmo-10> contra a medicina ordinária 1983 cmo-12> contra a medicina ordinária 1983 - diário de um consumidor de medicinas- cmo-11> contra a medicina ordinária 1983 -cmo-14>

LIGA DE CONSUMIDORES DE MEDICINAS INTERROGA O PODER ESTABELECIDO/ 16 PERGUNTAS INOCENTES À ESPERA DE RESPOSTAS INTELIGENTES DOS CHAMADOS RESPONSÁVEIS

1 - Ao tomar a sua vida e a sua saúde nas próprias mãos, através das chamadas tecnologias terapêuticas apropriadas, o cidadão toma uma opção de fundo implícita relativamente à classe dirigente que se orienta ou desorienta por princípios ideológicos opostos.
Essa resistência ao Establishment ideológico traduz-se, muitas vezes, numa existência vivida «em clandestinidade» face à prepotência dos poderes económicos que aquela classe dirigente serve contra o interesse e os direitos do cidadão.
É tempo de os consumidores na clandestinidade perguntarem a governantes e presidentes, passados e futuros, a parlamentos europeus e a Assembleias da República, a ministérios e a secretarias de Estado, a corporações e ordens profissionais do tempo da Velha Senhora, a Deus e ao Diabo, se vamos continuar na clandestinidade ou se o direito de cidadania vai chegar para aqueles milhares ou milhões de portugueses que não querem submeter-se às regras drásticas do comer e calar, de engolir toda a porcaria química e petroquímica que o marketing e a sociedade de consumo lhe impingem.
Pergunta-se:
- Quando se decidirá o Poder que tudo pode a tomar posição pelo consumidor de medicinas, contra as multinacionais da Química e da Petroquímica que o obrigam a engolir cancro, doença e morte?

2 - A Associação Portuguesa de Naturopatia, com cerca de 300 sócios e a Associação Portuguesa de Acupunctura com cerca de 60 filiados, são duas das instituições que, em Portugal, agrupam os praticantes das terapêuticas preventivas a que se convencionou chamar medicinas alternativas, leves, suaves, paralelas ou naturais.
Número estimado de técnicos holísticos de saúde em Portugal, no ano de 1983:
Acupunctores ...... 78 (sócios inscritos na Associação Portuguesa de Medicina Acupunctural)
Homeopatas ........ 50 (sócios inscritos na Associação Portuguesa de Homeopatia)
Naturoterapeutas... 300 (número calculado em Portugal)
Osteopatas .........80 (sócios inscritos na Associação Nacional de Osteopatia)
Total...............508

Massagistas terapeutas
700 (sócios inscritos na Associação Nacional de E......P.?
600 (sócios inscritos na associação E.....P.....?
150 (inscritos na Federação Portuguesa de Futebol)
100 (inscritos no S.C. A.C.?
120 inscritos no SITESE ?

Pergunta-se:
- Será significativo ou insignificante que essas profissões já se encontrem organizadas em associações de classe?
- Será justo que essas profissões continuem completamente desprezadas das autoridades competentes, não tendo sequer, neste momento, direito à carteira profissional?
- Poderá atribuir-se algum peso social, político e cultural ao movimento naturoterapêutico?
- Qual será o futuro das medicinas ecológicas face ao fracasso e aos abusos da Quimioterapia?

3 - Em 1977, a Organização Mundial de Saúde determinou, na conferência de Alma Ata, que a «Saúde para Todos no Ano 2000» fosse a meta a levar em conta por todos os países membros, nas suas políticas nacionais de cuidados primários de saúde.
Pergunta-se:
- Na perspectiva do interesse público, será a profilaxia mais importante que o tratamento ou vice-versa?
- Será possível que a política volte a glosar a velha máxima do «vale mais prevenir que remediar»?
- Será possível, por uma reconversão pedagógica profunda, que as futuras gerações tomem nas suas mãos a própria saúde que até agora se tem alienado às entidades profissionalmente encarregadas de no-la administrar?
- No discurso oficial do poder, consumir saúde é sinónimo de consumir medicamentos e serviços como tal classificados: quer dizer, confunde-se (intencionalmente) o combate à doença com o conceito de (conservar a ) saúde.
Será assim ou exactamente o inverso?
- Será possível mudar o esquema de alienação até agora vigente - a que alguns chamam «colonização do doente» - por um sistema que privilegie a auto-responsabilização de cada um por si próprio, como as terapêuticas apropriadas e a própria OMS defendem?

4 - Há, em Portugal, pelos menos, duas associações de consumidores orientadas para a área da higiene e prevenção alimentar, a Sociedade Portuguesa de Naturologia, fundada em 1912 e que tem cerca de 3442 sócios inscritos, e a Cooperativa Unimave, fundada em 1972 e que tem 6500 sócios inscritos.

Pergunta-se:
- Serão estes factos representativos de um movimento social profundo ou uma mera bizarria de meia dúzia de excêntricos que, por questões religiosas ou ideológicas, não gostam de comer carne nem peixe?
- Tomar à sua conta a própria saúde, mudando hábitos alimentares, será uma viragem nas mentalidades ou apenas uma moda epidérmica e passageira, assoprada pelos órgãos mediáticos só até ao ponto em que não ponha em risco o Establishment do consumo e do marketing?
- Quando as doenças endémicas, chamadas «doenças da civilização», são, no entender da própria ciência epidemiológica, doenças dos hábitos e estilos de vida impostos pela sociedade de consumo, qual será o futuro da medicina: a supersofisticação dos meios e recursos que concentra todo o poder médico na mão de meia dúzia de elites financeiras, ou a democratização das medicinas, educando para prevenir em vez de calar e abafar sintomas para levar ao extremo os sindromas patológicos endémicos do nosso tempo?
- Sendo a própria ciência médica quem classifica essas endemias como «doenças da civilização» ou da sociedade, do ambiente, dos consumos e da violência, será possível tratar essas doenças com vacinas ou remédios de farmácia cada vez pretensamente mais sofisticados, sem alterar um milímetro aquela sociedade, aquele ambiente , aqueles consumos e aquela violência? Enfim, sem tocar no padrão civilizacional que temos e no paradigma que nos governa?

5 - O decreto-lei 32/171, de 2 de Julho de 1942, consagra um processo de perseguição que a Ordem dos Médicos, plenamente apoiada pela ditadura de Salazar, movia desde há muitos anos contra praticantes heterodoxos da medicina e que continua a mover até aos nossos dias, apoiada pela novas ditaduras da nova democracia.
Factos ocorridos em várias ocasiões, incluindo o célebre «debate televisivo» de 19 de Outubro de 1984, mostram que a posição da Ordem não se alterou um ápice, antes se tornou mais dura, na proporção em que o êxito das medicinas naturais se afirmava cada vez mais por todo o mundo.
O facto de alguns médicos terem optado predominantemente, na sua prática clínica, por métodos naturais de medicina, parece não ter comovido nada o imobilismo da Ordem que, aliás, representa a contento o papel de dinossauro na moderna ordem de coisas.

Pergunta-se:
- Será justa e racional a perseguição que a Ordem dos Médicos continua a praticar?
- Será que as práticas da naturoterapia e os seus técnicos de saúde não têm lugar na sociedade portuguesa?
- O futuro será pró ou contra as medicinas ecológicas, apesar da imagem que delas tem sido destilada na opinião pública pelas centrais de intoxicação do costume?

6 - O Congresso Luso-Galaico de curandeiros e bruxos, realizado em Vilar de Perdizes pelo padre António Lourenço Fontes, tem ajudado a reforçar a imagem que pretende ligar as artes naturais de curar às práticas de bruxaria, astrologia, ervanária, chás, poções mágicas, passes, truques de cartas, cabalas, enfim, o que se classifica de charlatanismo e que os órgãos mediáticos se entretêm a divulgar até ao vómito.

Pergunta-se:
- Será que irá continuar esta manobra de obscurantismo que se pretende impôr às mantalidades mal informadas ou pouco esclarecidas, manobra que vem exactamente em nome de um iluminismo que, já no tempo de Augusto Comte e do discurso sobre o espírito positivo, cheirava a mofo?
- Em suma, qual será, afinal, o sentido do progresso: o que enche o mundo até à asfixia de indústrias e tecnologias pesadas (incluindo a medicina) ou o que humaniza, liberta e democratiza as sociedades?

7 - Hipócrates, Paracelso, Claude Bernard, Alexis Carrel, Paul Carton, Freud, Hahnemann, Von Peczely, Messegué, Passebecq, Sutherland, Jayasuria, Jurasunas, Colucci, Bernard Jensen, Michio Kushi, Khrishnamurti, Lanza del Vasto, Maharishi, são nomes que marcam um profunda corrente do espírito humano, corrente que hoje explode na descoberta de novas terapêuticas ou no revivalismo das mais antigas artes e ciências de curar, que têm em comum a estrita observância e obediência do homem às leis ecológicas ou leis naturais da vida.

Pergunta-se:
- Que significado se deverá atribuir, no contexto do mundo industrial dominado pelo pesadelo químico, a essa viragem de métodos que pretendem respeitar a vida e as leis da vida?
- O que é que conta e deve contar numa política de saúde: as leis da vida ou as histerias da Ordem dos Médicos?

8 - Estima-se em 3600 o número de estabelecimentos que, em Portugal, se dedicam à venda de plantas medicinais e aromáticas, vulgarmente conhecidas por «ervanárias».

Pergunta-se:
- Serão essas ervanárias um perigo público ou um serviço de utilidade pública?
- Devem, como um serviço ao consumidor, ser incentivadas ou reprimidas?
- Devem os seus proprietários ser qualificados como técnicos de saúde ou marginalizados e atirados para a zona dos indesejáveis?
- Devem os fitoterapeutas ser dignificados como actividade e profissão ou continuar no limbo de indefinição que permite todas as indisciplinas e enganos?

9 - Os métodos alimentares de prevenção e cura popularizaram-se nas últimas décadas, levando as instituições do Poder a falar de «alimentação racional» à falta de melhor, para resistir à invasão e ao confronto das correntes vegetarianas ou de cunho mais radical como a macrobiótica, que pretende não só mudar a dieta mas o estilo de vida.

Pergunta-se:
- Será aceitável que em democracia pluralista a política alimentar conheça só a doutrina oficial da alimentação chamada racional, recusando-se perceber que a consciência de qualidade biológica propõe hoje uma subversão muito mais profunda nos hábitos alimentares que vai até à recusa de alimentos refinados, industrializados, quimificados, isto é, pré-cancerígenos?
-Que pensar da qualidade biológica e da subversão que ela significa na desordem da sociedade industrial e cancerígena?
- A opção ecológica é ou não o fundamento hoje de uma ética individual e política?
- Será possível fundar uma sociedade justa, onde a moral biológica foi completamente relegada e é mesmo considerada uma «utopia» de ecologistas?
- Será moralmente aceitável viver para a morte em vez de viver para a vida?

10 - Criticaram alguns o mercado dos produtos fitoterapêuticos e biológicos, os chamados suplementos alimentares e dietéticos, pelo negócio a que dá lugar e pela exploração que significa a «Natureza em frasquinhos».
Considerando que melhor seria criticar a sociedade industrial que tendo metido a Natureza num gueto obriga as pessoas a tomá-la em comprimidos e frasquinhos,

Pergunta-se:
- Num mundo de onde a química varreu a bioquímica, onde os metais pesados expulsaram de solos, água, ar e organismos vivos os oligoelementos essenciais à vida, num mundo efectiva e potencialmente cancerígeno, será possível falar de cura sem transformação do terreno orgânico que é consequência orgânica directa do terreno em sentido agrícola?
- Será possível fazer do Cancro uma doença localizada e circunscrita à agressão de um vírus?
- Quando a lógica de mercado leva a ciência médica a tais absurdos, será ou não de ouvir a proposta que as novas correntes da medicina metabólica, alimentar, ecológica e oligoterapêutica representam?
- Será a qualidade biológica da energia alimentar que nos sustenta um luxo e uma actividade clandestina que a Ordem dos Médicos persegue ou, antes pelo contrário, e face ao bloqueio químico da sociedade, o direito fundamental do homem à saúde e à vida?

11 - Embora contestado pelos industriais ligados ao fabrico de suplementos alimentares e produtos biológicos ou fitoterapêuticos, o decreto 315/70, definiu e enquadrou o comércio desses produtos.
Anulado posteriormente este decreto pelo Ministério[---], o sector encontra-se em vazio legal, embora muitos países europeus tenham em Portugal um dos melhores fornecedores desses produtos, dada a riqueza e qualidade da nossa flora medicinal e aromática.

Pergunta-se:
- Irá o poder continuar ignorando a força desta nova indústria?
- Que política deverá ser adoptada quanto a este mercado alternativo?
- Que medidas irão ser tomadas para evitar que se exporte a nossa riqueza em flora medicinal, importando a seguir essa mesma flora em frasquinhos milagrosos?
- Com a entrada na CEE e livre circulação de pessoas e bens, o que irá acontecer a este e outros mercados alternativos interessantes?
- Entrar na Europa continuará a significar ficar cada vez mais provinciano, culturalmente falando?

12 - Escolas como as que, há muitos anos, funcionam em países como Austrália, Canadá, Espanha, França, Holanda, Estados Unidos da América e República Federal da Alemanha, mostram até que ponto as eco-terapêuticas já conquistaram um estatuto de qualidade científica e técnica, em diversos pontos do Mundo, tendo encontrado o ponto de equilíbrio entre o empirismo da prática e o rigor dos fundamentos teóricos.
Esse equilíbrio é demonstrado também pelas tendências que, dentro do próprio sistema médico, apontam para a sua diversificação e abertura pluralista: Higiene e Saúde Pública, Ergonomia, Medicina do Trabalho, Dietética, Fisioterapia, Psicanálise, Psicosomática, Medicina Familiar (Clínica Geral), Medicina Social, Medicina Metabólica ou Medicina do terreno, Epidemiologia, são noções e ciências que, dentro do próprio sistema médico, apontam para a convergência de esforços entre ortodoxia e heterodoxia médicas.
Holística é a palavra que já começou a generalizar-se nos Estados Unidos para designar essa síntese e essa convergência.

Pergunta-se:
- Até quando continuará o poder a ignorar - ou a fingir que ignora - esta vaga de fundo do mundo moderno?

13 - Suficientemente consagrada por congressos e outras realizações de carácter científico, a corrente neo-hipocrática nasceu há cerca de 70 anos, em Londres, e teve a sua consagração pública no 1º Congresso em Paris, no ano de 1937.
Actualmente com sede em Montpellier, o movimento neo-hipocrático viu-se superado mas não ultrapassado por todas as tecnologias terapêuticas que entretanto foram sendo aperfeiçoadas, de acordo com os princípios básicos da doutrina hipocrática: faz do alimento teu medicamento, o terreno é tudo e o micróbio (quase) nada, tratar sem prejudicar, vale mais prevenir que remediar, diz-me que hábitos tens, dir-te-ei de que doenças sofres, etc.
Se ninguém até hoje negou que estes princípios fossem efectivamente as leis de conservação da saúde,

Pergunta-se:
- Porque continuam as autoridades ditas de saúde a ignorá-los e a privilegiar o que fica mais caro (o combate à doença) e não o que é substancialmente mais económico (a conservação da saúde)?
- Porque não se investe em Prevenção e Profilaxia, em vez de se gastar 50 ou cem vezes mais em tratamentos, hospitalizações, medicamentos, cirurgias, etc?
- Porque ignoram ou fingem ignorar as autoridades sanitárias a pujança de um movimento como o Neo-Hipocratismo, que galvanizou tantos médicos e que está na origem das mais interessantes terapêuticas de fundo que hoje se conhecem no campo holístico?

14 - Não é novidade, embora às vezes se finja ignorar, que muitos médicos se dedicam a terapias tradicionais como a Acupunctura, ou às muitas especialidades modernas como a reflexoterapia derivadas da antiga acupunctura.
Nomes como o de Yves Requena, médico francês, exemplificam de maneira notável a adopção que muitos médicos fizeram das mais antigas medicinas ou das mais recentes tecnologias holísticas.
Pergunta-se:
- Que esperam os responsáveis em Portugal por conhecer e reconhecer esta realidade?
- Porque aceita a classe que a sua organização representativa continue a manter posições públicas do mais puro trogloditismo relativamente às Medicinas Avançadas?
Pergunta-se:
- Quando, daqui a pouco tempo, a classe médica quiser recuperar em seu proveito as terapêuticas heterodoxas e avançadas, como vão explicar a hostilidade, a ignorância e a indiferença de hoje, de ontem e anteontem?

15 - O Estado, manietado pela pressão de altos interesses económicos, continua cego e surdo ao apelo dos consumidores para que os tratamentos «naturais» tenham o lógico reembolso da Segurança Social nos contribuintes que preferem esses meios em vez dos meios químicos.
Pergunta-se:
Será justo que o doente e beneficiário da Segurança Social não receba qualquer comparticipação nos tratamentos considerados naturais, descontando como todos para a mesma Segurança?
- Até que ponto é violado, no actual regime da Segurança Social e com esta «situação de excepção», o artigo 64 da Constituição da República Portuguesa, que determina que todos os cidadãos têm o direito e o dever de conservar a saúde?
- Quem quiser tratar-se por meios naturais, paga-os do seu bolso porque a Segurança Social não comparticipa: em que República das Bananas seria lícita semelhante anomalia anti-constitucional?

16 - Tem crescido em Portugal, como se pode ver pelas páginas amarelas da lista telefónica, o número de escolas de yoga tradicional, forma multisecular de terapêutica psicosomática que não precisa, para funcionar, do aval da ciência moderna.
Tal como a acupunctura e as artes marciais, o yoga apresenta-se como um discurso disponível de quem queira apropriar-se de si próprio.

Pergunta-se:
- Independentemente do carácter sectário e de opção confessional que assumem algumas dessas escolas místicas, tem ou não a Democracia que encontrar para essas actividades um lugar de respeito e atenção, como expressões que são de uma sensibilidade, sinal positivo de uma evolução da mentalidade das novas gerações?
- Será a vaga neo-mística uma vaga de fundo, um fenómeno de viragem cultural e civilizacional, ou apenas uma moda superficial e efémera, uma (mais uma) criação do marketing e da sociedade de consumo?
- Será a vaga neo-mística uma resposta não-violenta à violência institucionalizada, ou um forma ardilosa de encobrir essa violência com falsas artimanhas ditas espirituais?
- Desumanizadas pelo sistema e alienadas pela engrenagem do consumo, irão as pessoas encontrar o caminho de se reconhecerem de novo como seres humanos e de resisitirem, com êxito, à engrenagem tecnoburocrática inabitável, inviável e invivável?
- Será a nova vaga mística e neo-mística um fenómeno social de dimensões desprezáveis ou uma realidade a ser levada em conta, séria e responsavelmente, por uma política cultural que não seja estrábica como tem sido, comprovadamente, até agora, vendo só para um lado e mesmo para esse lado vendo mal?
- Será ou não o momento de os políticos e responsáveis pela educação, olharem este movimento de utentes e consumidores - a que, por comodidade, poderemos chamar movimento holístico - como um movimento social e ideológico que procura apenas não ser arrastado pela alienação industrial e massificada de engrenagem tecnoburocrática e do consumismo?
- Será ou não a vida um bom motivo de fazer política?

Estas 16 questões vão ser enviadas para algumas personalidades, ligadas a órgãos do poder, esperando que possam, como responsáveis, responder aos consumidores que assim se interrogam sobre o presente que têm e o futuro que os aguarda.

Estas 16 questões são a mão estendida ao diálogo e ao armistício, uma oportunidade - primeira e última - de os políticos poderem mostrar que, afinal, têm rosto humano.

Respondendo, nem que seja com um bilhete de três linhas, eles confirmam que existe, de facto, em Portugal, uma democracia pluralista, uma democracia a várias vozes.

Como, enquanto consumidores de medicinas, não somos atrasados mentais nem aberrações da natureza, esperamos que a classe dirigente deixe de nos continuar a considerar nessas duas piedosas categorias.

Já não nos serve o alibi, ocasionalmente alegado, de que não «estão informados». Sob pena de analfabetismo político, é impossível hoje aos cidadãos em geral e aos que ocupam cargos públicos em particular, ignorar os grandes movimentos sociais e culturais do nosso tempo, da ecologia humana à ecologia política, da holística às alternativas de vida, dos movimentos eco-alternativos aos grupos místicos e espirituais.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

ESCOLA 2012

1-1-1280 bytes sumar1>manual>adn>
11-11-1995

1ª fase

Sumário:
Alguns objectivos mais imediatos ......................2
Perder tempo para não ter tempo........................5
Como e por onde começar................................8
Recomendações de Jean Noel Kerviel....................11
Sinais subtis de subtis mudanças .....................13
Iniciação à Iniciação ................................16
Armadilhas e emboscadas ..............................22
Desculpas e alibis ...................................25
De 7 em 7 anos o nosso organismo muda.................27
Carta aos mais pacientes..............................32
Os grandes momentos e descobertas da RA...............34
Correspondências cósmicas ............................37
+

AC-ON-LINE 2012

sumáriogl-8
07.02.2002

Criado o ESCRIBA ACOCORADO - para receber o espólio indiscriminado do autor - reservo O GATO DAS LETRAS exclusivamente para  o que se relaciona com livros e bibliomania, ligados à Net.

GATO DAS LETRAS: LIVROS , LIVROS & LIVROS
Uma página pessoal para os que gostam tanto de livros como da Internet.

Sumário :
Alexandria 2012 - Projecto em Projecto = Bibliografias Temáticas
Atelier Yin-Yang
Autores do Gato
Pesquisa na Net e nos Livros
Bibliografias Temáticas
Biblioteca Essencial = Os 100 títulos
Biblioteca do Gato = Biblioteca para os Tempos Difíceis = Biblioteca 2012
Clássicos XXI -Big Bang
Fontes da Origem
Leituras de Estudo
News Letter - Novidades - Dia a Dia - Semana a Semana - Mês a mês
Notas de Leitura = Diário de um leitor Desatento
O Livro das Leituras = Antologia do Naif e do Kitsch
O Paradigma
Pesquisa Ortomolecular
Pistas do Maravilhoso = Caminhos do Maravilhoso = Ciências do Maravilhoso
Releituras Mágicas
Relendo Étienne Guillé = Diário de uma Descoberta
Remissas-Textos Longos
Renascimento de Hipócrates
SOS Copernic - Magic Links
Sublinhados
Tese Póstuma - Textos Longos c/ remissa para files

ITENS 2012

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terça-feira, 19 de Novembro de 2002

A DOENÇA DA MEDICINA: DIÁRIO DE UM CONSUMIDOR DE MEDICINAS

Títulos que foram ficando pelo caminho:
- A bolsa ou a vida: médicos e não médicos ao assalto da bolsa do consumidor
- O aleatório da medicina conduz ao desespero do doente
- Histórias que a medicina conta
- História de terror que a medicina não conta
- O romance da SIDA
- As Salmonelas que merecemos (8/9/1984)
- Um rio de ódio contra a medicina
- Carta do doente à distinta classe médica
- Enxerto de corações (1972)
- A medicina é incurável
- Memórias de um incurável inimigo da medicina
- Os Fios da Teia
- Tentáculos do Polvo

Reflexologia:
- Pele - Espelho dos Órgãos
- Órgãos - Espelho da Alma

PROJECTOS AC 2012

1-1-640 bytes - sumario2-manual-adn
11-11-1995

2ª fase

Sumário:
Trabalhar com os metais..................................1
Ajudar a mudar ..........................................11
Os embargos do ego mental ...............................14
Perfis vibratórios ......................................16
Armadilhas e emboscadas..................................17
Frequência: noção-chave..................................18
Metais e Minerais........................................23
+
1-1 95-04-12-av-alquimia da vida - 3030 caracteres sumario2
segunda-feira, 5 de Maio de 2003

12-4-1995

À LUZ DA HIPÓTESE VIBRATÓRIA/OS METAIS ALQUÍMICOS

Sumário:
Trabalhar com os metais................................. 1
Ajudar a mudar...........................................11
Os embargos do ego mental............................... 14
Perfis vibratórios...................................... 16
Armadilhas e emboscadas..................................17
+
3030 caracteres sumario1
12-4-1995

Sumário:
À Volta do Elemento Fogo: Hipótese de trabalho para discutir.. 0
Contributo ao diagnóstico por Observação ...................... 1
A importância humana das palavras (dos Símbolos em geral) na linguagem vibratória......................................................4
Engodos do Ego no esforço do ser humano ........................8

PROJECTOS AC 2012

1-1- aaa-gc-54 [Files Selectos-AQ-55-fi] [a-pastas-aq-36]
Sexta-feira, 25 de Março de 2005

FICÇÕES INVENTADAS
COLECTÂNEA DIVERSA

Agora mesmo acabo de rever 54 files de um grande e homogéneo conjunto: ficções ; ideias de ficção.
Este grande conjunto, que talvez integre num arquivador, servirá para escolhas parciais publicáveis.
São muitos os itens sob os quais tentei ordenar este grande conjunto, onde o Forum dos Aflitos significa a parte mais selecta e autonomizável.

Depois seguem-se outras 14 linhas de arrumação possível:
1. CENÁRIOS DE UM ROMANCE FALHADO
2. CONTINHOS (MUITO) BREVES
3. CONTOS - CONTARELOS
4. CONTOS DE ANTECIPAÇÃO
5. CONTOS DE EDIFICAÇÃO E PROVEITO
6. CONTOS FABULOSOS
7. CONTOS MORAES
8. ESBOÇOS DE ESBOÇOS
9. FRAGMENTOS DE FRAGMENTOS
10. HISTÓRIAS BREVES
11. HISTÓRIAS MACABRAS
12. IDEIAS AC PARA AC FICCIONAR
13. NARRATIVAS MEIO FANTÁSTICAS DO MEIO PORTUGUÊS
14. REPORTAGEM DE ANTECIPAÇÃO CIENTÍFICA

PROJECTOS AC 2012

11613 caracteres - 9 páginas - adtac-0 merge doc de 3 files wri da série adtac que significa lista aberta de títulos de ac - para o livro da chave - para o livro das cábulas de noologia
12544 bytes adtac-1 lista aberta de títulos de ac (Ver file tdac-1-em directório abertos)

18.02.1998

+ títulos possíveis para catálogo de obras AC:

- A descodificação do puzzle
- Sublinhados em Noologia
- Leituras de estudo e proveito
- Radiestesia Holística para a escola primária
- O grande Livro da Eternidade
- Tratado Elementar de Noologia
- Elementos de Noologia
- À procura de um novo paradigma em ciencias humanas
- Count Down
- Uma nova idade de ouro
- A Volta ao Mundo das Energias com o Pêndulo de Radiestesia
- Curso de radiestesia médica
- ABC das Energias - A Nova alfabetização para o Ano 2000
- Psicopedagogia curativa
- Biopedagogia curativa
- Medicina Vibratoria
- Manifesto fundamentalista
- Manifesto quantico
- mercado das energias
- Gnose vibratoria
- À luz da hipótese vibratória
- Diagnóstico holístico e Terapias vibratórias
- Pequeno Livro da Grande Obra
+
Textos produzidos, teclados e impressos:
- Manifesto quântico
- Manifesto fundamentalista
- O mercado das energias
- Bom Dia, Etienne
- Relendo Etienne Guillé
- Apontamentos sobre Gnose Vibratória
- Iniciação à Iniciação
- À Luz da Hipótese Vibratória
- Encontros - Diálogo com os participantes
- Química e Bioquímica: um casal feliz
+
meh-2>
Vida Natural/New Age: projecto de notícias
Gabinete de Ideias - Os Dossiês Malditos
Inéditos e Publicados: Chave para os Abrir
À procura de um interlocutor válido: Cartas com vários endereços
Diário de Apontamentos - Apontamentos de um Diário
Cartas que escrevi em 1996
Elementos de Noologia
À Procura de Um Novo Paradigma em Ciências Humanas
Count Down para o Terceiro Milénio - Uma Nova Idade de Ouro
O Ensino das Ciências Herméticas
A Letra Contra o Espírito
Continuum Energético
Glossário das Energias
O Labirinto da Eternidade

Conjuntos coerentes e/ ou lógicos de ideias AC (avulsos) :
- Gulag histórico para ficções
- Universo penitenciário
- Universo concentracionário
- Universo Totalitário
- Adiantar «Histórias Fantásticas e de Horror»
- Adianter «Leituras Moraes»

1985:
- Somos uma imensa central de energia: porque não (re)tomamos conta de nós próprios?
- acupunctura : arte, técnica e ciência iniciática
- ensaio polémico de ecologia humana
- dificilmente publicável pela nomenclatura malcriada

Ficções Científicas:
- Carta de uma vítima do biocídio aos cientistas (eminentes) da biocracia
- Forum dos Aflitos
- Epístolas imaginárias
- A Doença das Doenças
- Neurose & Neuróticos

Ainda a Noologia:
- Introdução Filosófica à Terapia de Bach
- Curso de Radiestesia Médica
- ABC das Energias - A nova alfabetização para o Ano 2000
- Psico-pedagogia curativa

Capas de manuscritos inéditos e puiblicados:
- Para ecomemórias AC
- Intuições EH
- Eco-antologia AC
- Memórias da «Frente Ecológica»
- Inéditos 1975
- Defesa Estratégica do Quotidiano
- Antologia do Naif
- 3º Milénio - Calendário de Actividades

MISCELÂNEA - Antes de rasgar papéis de apontamentos, alguns títulos de arrumação:
- Os meus plagiadores (ideias e projectos de edição, roubados sem receber direitos)
- Holodiagnóstico (5 elementos/yin-yang/reflexoterapia)
- Metais -> Caixa dos Correios
- A Mesa Através dos Tempos -> Iconografia (projecto editorial)
- Documentos AC para AC memoriar
- Edições minhas contra Medicina
- Inéditos AC mais evocativos dos anos remotos (1946-1960)
- Notas de Leitura
- Cadernos escolares (1946-48)
- Diário Íntimo (1953)
- Cadernos de um Aprendiz (1955)
- Escola do Magistério (1953-55)
- Actividade radiofónica (1950)
- Tentativas teatrais
- Vários inéditos sem data, anexos ao diário geral de AC, arrumados por tipos de máquinas de escrever: «Triumph», «mbassador», Hermes e outros tipos de máquina
- Diário Íntimo de 1988, 1989 e 1990 - Para AC ficcionar quanto antes

Terceiro Milénio - Recortes de Imprensa:
- Livros para o Ano 2000
- Linguagens, Símbolos, Alfabetos
- Metabolic Medecine
- Temas de grande reportagem para o Ano 2000
- Alfa & Ómega
- Notícias do Velho Mundo
- Textos em Antologia
- Temas de fundo
- Recortes recentes
- Recortes interessantes
- Anúncios para o Ano 2000 (Eco-roteiro)
- Dossiês para o Ano 2000
- Artigos publicáveis sem direitos
- Know-how AC de Holística
- Medicina Vibratória

MISCELÂNEA - Inéditos e Publicados: linhas de arrumação
- O Naif através dos tempos
- Memórias de um Pesadelo
- Forum dos Aflitos
- Vozes sem Voz
- Ficções
- Leituras Moraes
- Perspectivas de Escala
- Rótulos alimentares (e nem só)
- Magia das Formas - Formas Mágicas
- Urgências pessoais
- O ódio incurável - Meu manifesto pessoal contra a medicina
- Está cientificamente procado - a felicidade não existe
- Elas afinal existem e a grande imprensa - a cores! - de vez em quando dá por elas -«Underground» precisa de padrinhos(9/5/1989)
- Holística: Ecos inéditos

À volta da sida:
- Crónica de um Boato
- Notícias da Clandestinidade
- Puras Ficções
- sidapara lá do (dogma) vírus
- Iatrogénese
- Vacinas
- Antibióticos
- Contraceptivos
- Alergias
- Tráfico de sangue

Mistérios do Mistério:
- Limites ecológicos da Natureza Humana
- Da Morte
- Do Cosmos
- Folhetos para Romance AC
- O Mistério do Ki
- Ameaças
- Antevisões do Apocalipse
- Antevisões do Holocausto
- Futuristas e Futuríveis
- Quotidiano português


Documentos pessoais AC - Linhas de arrumação:
- Para curriculum AC em A4
- Fase do nuclearismo cultural
- Provas documentais de algumas fases para portfólio
- Ser escritor
- AC citado em jornais
- Intuições AC - Ideias-força
- Surrealismo
- Entrevistas sobre MEP
- Inéditos AC - Linhas de arrumação
- Súmula ecológica
- Carta a um Consumidor de Medicinas
- Discurso médico Mente
- Manifesto Holístico contra a medicina
- Cuidados Primários contra a medicina
- Clube do fantástico -> Um projecto de 1984 para 1985
- Várias Vicissitudes em dez anos: um único objectivo, informar
- Pontos Fracos AC
- Livrinhos de Apontamentos
- Para AC antologiar

Títulos de urgências:
- Dia a Dia alimentar
- Manual Prático de Alquimia
- Manuel de Alquimia Prática

Dossiês malditos:
- Antinuclear e sindroma sísmico-nuclear
- Contra a manipulação climática - Seca: a outra face das inundações - Inundações: a outra face da seca - Os gangsters do Clima
- Eucaliptomania - A piromania nas matas portuguesas - O discurso eucaliptomaníaco
- Unideologia - Os Guardas do Gulag - Ele e os Partidos - O cancro totalitário - Os silêncios da democracia - Manipulação psíquico-publicitária - Como os jornalistas nos Lavam o Cérebro
- O pesadelo luminoso - Écrãs catódicos
- Contra cães e Ruído
- Métodos naturais de controle dos nascimentos - Contra o aborto
- Cultura morta e cultura fascinante

Títulos de projectos informativos 1984, 1985 e 1987 (que ficaram inéditos):

Vários projectos AC de Actualidade Holística e ecológica:
- Uma revista de actualidades terapêuticas
- Colecção de cadernos «Prontuários de Saúde»
- Alternativas de Vida para o Ano 2000
- Clube do Fantástico
- «Saúde Actual» - Uma experiência de 1985
- Guia do Consumidor - uma experiência de 1984
- Serviços de Imprensa - Um projecto de 1987
- Prontuários de Saúde
- Quadros de Qualidade
- Revista Holística
- Forum Holístico
- Série Televisiva
- Clube do Livro Saudável

(desde 1982 que tento «vender» a ideia de um projecto informativo de notícias em 1ª mão sobre actualidade ecologista e holística, projecto que até agora (Maio de 1994) ninguém quis aceitar e que alguns, para não dizer todos, nem sequer ouviram

Ainda ecologismos:
- A esquerda face ao eco-realismo
- Eco-realismo e eco-equívocos
- Agir Já (projecto de Manifesto de Acção)
- Partido dos Cidadãos no Horizonte de 1992
- Caderno Reivindicativo

Sugestão de títulos para tele-Consumidor:
- A Voz da Experiência
- (O que a) Experiência Ensina
- O Livro da Experiência
- Experiência Mestra de Engenho

Projectos em stand by:
- À Moda Antiga
- Súmula Teológica
- Alfabeto do Maravilhoso
- Folhetos marcantes para AC (trabalho pessoal)
- Evocativos infância AC
- A Magia do Conto - Antologia AC do Maravilhoso
- Naif juvenil - Vozes para ficções
- Notícias da Clandestinidade
- Em Louvor da Ciência que o Povo Criou
- Manifesto Holístico do Consumidor aos doutores em Medicina
- Portugal Misterioso
- Léxico (Sagrado) de Dicionários
- Léxico do Sagrado
- Cronologias
- Naif -> Ideias para AC ficcionar
- Para AC antologiar

Linhas de livros que foram linhas de projectos:
- Memórias e diários
- Contos
- Como funciona a imaginação
- Audiocassetes
- Obras completas em papel bíblia

Conjuntos temáticos qe são simultaneamente conjuntos de livros e projectos de trabalho mais ou menos literários de AC:
- Antologia AC da subversão: Interface niilista
- Antologia AC da Subversão: Interfaces do Futuro - Profetas da esperança
- Antologia AC do Naif -; Futurologia Naif -; Naif científico -; Vozes do Kitsch científico
- A Ponte Leste-Oeste
- Antologia AC do Maravilhoso - Lendas - Contos -
- A Magia do Conto (Fantástico) para Antologia AC do maravilhoso
-
Publicados 1973, 74, 75, 81, 82:
- Na Pista do Urânio ( Arqueologia industrial)
- Na Pista do Ferro ( " ")
- Os Meus Passeios na Cucolândia
- Portugal , uma espécie em Vias de Extinção
- Ecologia Humana e Ambiente in «Portugal Hoje» (8/1/(1981-24/5/1982)
- Recursos Hídricos em Portugal: um dossiê maldito , de novo na berra!

1920 bytes - adtac-1 lista aberta de títulos AC
- Curso de Noologia Terapêutica
- Introdução Filosófica às Medicinas Energéticas

+ Cérebro:
- Bioquímica do Cérebro
- Transformadores de Consciência
- Terapias das neuroses
- A fronteira do sistema endócrino
- Drogas naturais e drogas sintéticas
- Psicoactivos/Psicoestimulantes

+ Continuum Energético:
- Física das Energias
- Energias da Física
- Ruído
- Poluição Vibratória
- Bioacústica
- Som
- Ultrasons
- Infra-sons
- Mantras
- Áreas energéticas

+ Na mesa do terapeuta:
- Gravuras seleccionadas de Anatomia
- Gravuras seleccionadas de zonas reflexas
- Gravuras seleccionadas de Pontos de Acupunctura
- Gravuras seleccionadas de Meridianos de Acupunctura

(Ver adtac-3):

- Diário do Ódio
- SIDA: mais um dossier maldito, mais um maldito tabu
- SIDA/AIDS : Crónica de um Boato
+
1792 bytes - adtac-3
A DOENÇA DA MEDICINA/DIÁRIO DE UM CONSUMIDOR DE MEDICINAS
Títulos que foram ficando pelo caminho:
- A bolsa ou a vida: médicos e não médicos ao assalto da bolsa do consumidor
- O aleatório da medicina conduz ao desespero do doente
- Histórias que a medicina conta
- História de terror que a medicina não conta
- O romance da sida
- As Salmonelas que merecemos (8/9/1984)
- Um rio de ódio contra a medicina
- Carta do doente à distinta classe médica
- Enxerto de coraçãos (1972)
- A medicina é incurável
- Memórias de um incurável inimigo da medicina
- Os Fios da Teia (Diário de um Seropositivo)
- Tentáculos do Polvo (Diário de um Seropositivo)

Reflexologia:
- Pele - Espelho dos Órgãos
- Órgãos - Espelho da Alma

PROJECTOS AC 2012

2965 caracteres - 4 páginas - ladt-1 -transcrição pura e simples em doc do file wri do mesmo nome 2951
caracteres ladt-1

09.01.98

CATÁLOGO DE OBRAS 
POR ORDEM ALFABÉTICA DE TÍTULOS 
A SERVIR EM OBRAS AC S/ RADIESTESIA
ALQUIMIA ALIMENTAR, À LUZ DA ALQUIMIA ALIMENTAR

À LUZ DA HIPÓTESE VIBRATÓRIA
A) LIVROS COMENTADOS
B) OS METAIS AQUÍMICOS
C) MANIFESTO FUNDAMENTALISTA
I - O MERCADO DAS ENERGIAS
II -
D) MANIFESTO QUÂNTICO
E) MANIFESTO DOIS MIL
F) INTERLOCUTOR VÁLIDO, PROCURA-SE - O CAMINHO DO DESERTO
G) A IDEIA QUÂNTICA - DIÁRIO DE UM LEITOR
H) PISTAS PARA INVESTIGAÇÃO -DIÁRIO DE UM LEITOR
I) DIÁRIO DE UM LEITOR

ANTES E DEPOIS DE ETIENNE GUILLÉ
I - DIÁRIO DE UMA DESCOBERTA NO CAMINHO DA RADIESTESIA
II - DIÁRIO DE UM LEITOR EM 1992, 93, 94,95 E96

AUXILIARES DE TELEDIAGNÓSTICO - GRELHA PARA USO DO TERAPEUTA VIBRATÓRIO - AUXILIARES DE MEMÓRIA

COMO TRATAR O FÍGADO PARA CURAR ALERGIAS
# UMA LUTA EM VÁRIAS FRENTES

DIÁLOGO COM O PÊNDULO - CADERNO DE EXERCÍCIOS

DICIONÁRIO DOS DICIONÁRIOS
I - ESBOÇO DE UM PROJECTO PARA A ETERNIDADE
II - AFLUENTES DA SABEDORIA UNIVERSAL RECOLHIDOS SOB A FORMA DE FICHAS DE DICIONÁRIO

AS ENERGIAS À LUZ DA HIPÓTESE VIBRATÓRIA

ETIENNE GUILLÉ EM ANTOLOGIA - TEXTOS ESCOLHIDOS E TRADUZIDOS POR AFONSO CAUTELA - PARA USO EXCLUSIVO DO CÍRCULO DE ESTUDO DA OBRA DE ETIENNE GUILLÉ

O FIO DA MEADA - BANALIDADES DE BASE

GNOSE VIBRATÓRIA - DIARIO CONFIDENCIAL

JORNAL DO GATO FÉLIX

LÉXICO DE ENTROPIA
LÉXICO OCORRENTE NOS LIVROS DE ETIENNE GUILLÉ
I - NOMEAÇÃO DAS ENERGIAS
II - LÉXICO DO SAGRADO

ÍNDICE REMISSIVO DA OBRA DE ETIENNE GUILLÉ

LÉXICO TRADICIONAL DO SAGRADO



MUNDO VIBRATÓRIO - NOTÍCIAS DA RESSONÂNCIA - RECORTES DE JORNAIS

O MISTÉRIO DA IMUNODEPRESSÃO

NOTÍCIA DE ETIENNE GUILLÉ - A

O PÊNDULO DE TRABALHO - IDEIAS PARA A PRÁTICA DIÁRIA

PROFILAXIA ALIMENTAR DO CANCRO

RADIESTESIA & ADN NO HOTEL DA LAPA
I - BILAN TRÈS CRITIQUE DE 2 ANNÉS DE SÉMINAIRES INTERCALAIRES (1993-1994)
II - DÚVIDAS DE UM SEMINARISTA POUCO DOTADO
III - DADOS DE BASE
IV - LISTA DE ITENS DOS SEMINÁRIOS
V - PROPOSTA DE TRABALHO PARA ACABAR COM A CONVERSA DE SURDOS

RELENDO ETIENNE GUILLÉ
I -DIÁRIO DE UMA DESCOBERTA
II - GRANDES MOMENTOS DA RADIESTESIA

SAL E SAIS MINERAIS : A QUESTÃO DA ALQUIMIA ALIMENTAR

TRABALHAR COM O PÊNDULO SEGUNDO O MÉTODO DE ETIENNE GUILLÉ
I - DIÁLOGO COM OS COLEGAS DE GRUPO
II - INICIAÇÃO À INICIAÇÃO
III - RECAPITULAÇÃO DA MATÉRIA DADA

VIAGEM AO MUNDO DAS ENERGIAS COM A DE ETIENNE GUILLÉ
# DIAGRAMA A DIAGRAMA ENCHE A RADIESTESIA O PAPO
----------------
SUGESTÃO DE PARA ESCOLHER UMA QUE SIRVA DE

1)
ELIXIRES FLORAIS DE BACH COM AJUDA DO PÊNDULO
REMÉDIOS FLORAIS DE BACH À LUZ DA RADIESTESIA
TERAPÊUTICA DA ALMA E RADIESTESIA
2)
MEDICINA ENERGÉTICA COM AJUDA DO PÊNDULO
3)
INTRODUÇÃO À MEDICINA ENERGÉTICA - GRAU 1

PRIORIDADES 2012

areaholi> - de ou rt
02.01.2004

ÁREA HOLÍSTICA OU ÁREA UNIFICADA: AFLUENTES DO MESMO RIO

Um adepto do realismo ecologista deverá estar atento às macro e micromovimentações sociais, nas mais variadas áreas com fronteiras para a ecologia:

Análise energética da produção e crítica dos padrões de consumo
Acção não-violenta, objecção de consciência e resistentes à guerra
Acções de higiene, limpeza e saneamento municipal
Alimentação biológica e terapêuticas naturais
Antinuclear civil
Animação sócio-cultural, extensão rural, educação permanente
Associações de vizinhos e moradores
Autarcia e autonomia de grupos, tecnologias doces, energias limpas, self-government,«small is beautiful»
Autogestão de empresas, vizinhos, moradores, desempregados
Autodefesa dos desempregados
Agremiações culturais, recreativas
Combate contra instalação de centrais nucleares
Cooperativistas e cooperativismo
Defesa Civil do Território
Defesa do Consumidor e ecotácticas
Defesa da floresta e luta contra arboricídio
Defesa dos solos e luta contra erosão/deserto, alterações climáticas e do ciclo hídrico
Defesa do património tradicional (arqueológico, histórico, cultural)
Defesa do Peão, do Contribuinte, do Eleitor, do Munícipe, do Morador e seus direitos
Desempregados e não ocupados em luta pelos seus direitos
Ecologia universitária, escolar, académica, laboratorial
Ecologismo e ecologistas, realismo ecológico, illich e bosquet
Emancipação feminista
Experiência de autogestão e autarcia em comunidades rurais
Grupos juvenis de escutismo, coleccionismo científico, exploração da natureza, montanhismo
Minorias étnicas ou idades mais desfavorecidas
Movimento antinuclear, pacifista e objecção de consciência
Movimento das medicinas naturais
Movimento das energias seguras, limpas, infinitas, nacionais
Movimento sindical independente
Movimento estudantil
Movimentos cristãos de emancipação rural
Movimentos escutistas e juvenis de protecção à natureza
Movimentos de moradores contra casos pontuais de poluição e degradação do ambiente
Movimentos de não-violência e objecção de consciência
Movimentos e grupos acratas
Movimentos internacionalistas e terceiro-mundistas
Naturo-vegetarianos, campistas, caravanistas, amigos da Natureza em geral
Não-violência gandhiana e pacifismo
Objecção de consciência
Pequenos agricultores, artesãos e artífices que querem sobreviver à repressão do imperialismo industrial galopante
Populações em luta contra focos de poluição, autoestradas, pipelines, complexos turísticos, selvas de betão, etc.
Praticantes de macrobiótica, ioga, budismo zen, karate, ju-do, jiu-jutso
Protecção de aves e outras espécies em vias de extinção
Protecção civil, bombeiros, cruz vermelha
Prevenção, higiene e segurança no trabalho
Reformados e pensionistas em luta pelos seus direitos
Tecnologias apropriadas (tecnologia intermédia, tecnologias libertadoras)para o ecodesenvolvimento
Tecnologias artesanais de aldeia
Renascimento Rural, agricultura biológica■

domingo, 9 de novembro de 2008

CONSTANTES 2012

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sábado, 14 de Dezembro de 2002-scan

O SISTEMA E OS FUNCIONÁRIOS DO SISTEMA:CIENTISTA, TÉCNICO, POLÍTICO

Fala-se de "cultura ocidental" e, embora a expressão não tenha grande rigor terminológico, entende-se muito bem o que significa. Qualquer coisa de vasto mas também de preciso, de complexo mas também de limitado, coeso, uno, se estende e entende sob a referida designação.
Uma cultura é uma ordem hierárquica, com elementos componenciais constantes, factores específicos, ingredientes necessários que lhe dão corpo e gosto (sal) e unidade, lhe recortam o perfil e marcam ao fronteiras. Mas, principalmente com uma mitologia própria. Isto - o sistema de mitos – marca, define, fundamenta uma cultura.
Quando se fala de "cultura ocidental" sabemos do que se fala: trata-se de um território com leis e fronteiras "alfandegárias" estabelecidas. Trata-se de um "país" com os seus costumes, a sua história, a sua geografia, e, também, com seus funcionários e sua Burocracia. Dentro deste "país" é certo que várias ordens nacionais se contêm; várias línguas se falam; vários regimes políticos se adoptam; e até, imprecisamente, diríamos que várias "culturas" se desenvolvem, culturas que são antes sub-culturas subordinadas a pontos capitais comuns - em que estão de acordo, em que têm de estar de acordo - por muito que discordem dos secundários, aqueles onde não é posta em risco e em questão a sobrevivência do regime cultural, a ordem da própria Ordem, regime, ordem ou espaço cultural onde:
1º - a guerra ao mito é a primeira palavra de ordem
2º - o princípio da não-contradição é "universalmente” aceite, adoptado e respeitado, desde o mais alto funcionalismo cultural - profissionais da filosofia, da ciência, da técnica, etc. - até aos que se limitam a viver no caldo cultural que lhes preparam
3º - a primeira e máxima contradição de um regime baseado na não-contradição é a existência de um sistema de mitos todo ele baseado na guerra aberta e perpétua ao mito
Supunhamos um observador (1) que faça com a cultura ocidental o que os representantes ou altos funcionários desta têm feito com as culturas não ocidentais.
Que veria ele? Que concluiria? Que diferenças e semelhanças encontraria entre a sociedade dita civilizada e as sociedades ditas primitivas?
Veria ele na cultura ocidental uma cultura sem mitos ou uma cultura onde os mitos grassam de maneira devastadora?
E não concluiria ele que a história do homem ocidental é a história das suas mitologias tanto quanto a história dos Bochimanes é a história dos mitos próprios dos Bochimanes?
E não concluiria ele que a questão é menos a de ser defeso ou indefeso aos mitos - como pretendem os esclarecidos funcionários da razão - do que a de quem terá mitos mais belos, mais profundos, mais evoluídos, mais humanos: se os fabricantes de sputniks-deuses, se os adoradores da serpente emplumada?
É claro que os profissionais da razão, os funcionários encarregados de zelar pela ordem da cultura ou regime ocidental, dizem que tais contradições são aparentes umas e inexistentes
outras; e que se explicam porque são sempre homens de acção a corromper as ideias puras dos puros filósofos e dos puros cientistas
Mas aqui reside outra contradição da tal cultura baseada na não-contradição, aquela de onde todas as outras dimanam e com a qual formam um todo inextricável
Os profissionais da razão não se podem desculpar com os da acção porque razão e acção são indesligáveis. Alguns filósofos - os pragmatistas - o afirmam e todos conhecem os famosos axiomas de Paul Langevin - la pensée née de l’action , retourne à l’action -, de Augusto Comte – Science, d’où prévoyance ; d’où action - , de Francisco Bacon.
Com ou sem protesto dos puros filósofos e dos cientistas puros, a obra deles é sempre, directa e indirectamente, comprometida na acção e cúmplice da obra do político. A razão poderá dar, individualmente, origem a obras isentas de contaminação política: mas quando se diz que a razão é indesligável da acção, compreende-se a razão ao longo do processo histórico e não a razão deste filósofo ou daquele cientista. A razão aqui significa "logos", palavra que, como se sabe, se opõe historicamente a "mythos".
Não colhe, pois, o argumento do filósofo especulando no seu gabinete (mas escrevendo livros para fora do gabinete...), ou do sábio investigando no seu laboratório (mas enviando relatórios para fora do laboratório... )
Importa mostrar é que está na lógica do saber aliar-se ao poder, na lógica e dinâmica da ideia prolongar-se e "incarnar" na acção.
Importa mostrar é que a cultura à qual a ciência, o hiper-cultivo da ciência, imprimiu uma directriz, uma lógica e uma dinâmica internas, terá de processar-se segundo leis que, mesmo por serem leis, não admitem excepções; (o facto de não se conhecerem ainda essas leis e de que o términus do processo não possa delinear-se ainda em linhas nítidas, não impede que tenhamos de crer nesse términus e na inevitabilidade das leis que levam lá. (2) .
Importa mostrar é que a ordem de coisas ocidental, se não tem fatalmente que conduzir ao aviltamento do homem, aos paraísos nacionais socialistas e internacionais socialistas e arredores concentracionários e à guerra, - em 99% dos casos assim tem acontecido, assim está acontecendo e tudo leva a crer que assim continuará a acontecer.
Se acaso há uma probalidade em cem de assim não suce-der, não seremos nós que deixaremos de apostar desde já nessa probabilidade, nessa saída. Muitos factos nos obrigam a crer, porém, que essa é uma saída falsa, apenas uma entrada para o último e definitivo abismo.
Separadamente, o filósofo e o cientista, o técnico e o político querem e talvez possam considerar-se inocentes.
Mas considerá-los em separado já é um artifício tipicamente racionalista: Real e efectivamente eles são consequência uns dos outros, condicionam-se e determinam-se reciprocamente. São aspectos do mesmo corpo uno e indivisível (do mesmo "corpo místico"...): o Sistema.

O filósofo abstraindo justifica-se com o cientista; este abstraindo justifica-se com o técnico; este abstraindo justifica-se com o político; e este abstraindo justifica-se com qualquer dos outros ou com todos ao mesmo tempo: mas porquê este complexo de culpa? Porquê esta eminente necessidade de auto-justificação?
É que talvez este “passar de culpas" de uns para outros, este “lavar daí as mãos", esta proclamação geral da inocência particular, não tenha apenas uma finalidade platónica e moral - a finalidade de nenhum querer ficar com a fama, embora todos queiram o proveito -, talvez que a guerra fria entre os profissionais das ideias e os da acção e entre cada um destes entre si, tendo por principal finalidade ocultar uma profunda e íntima aliança (que não convém desvelar aos olhos profanos) aliança que é cumplicidade quando se trata de fazer deflagrar a guerra quente, a dos canhões, oculte ainda os verdadeiros termos da verdadeira e
grande guerra: a guerra, cisão ou polémica inicial do logos agressor do mythos.
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(1) As contradições da cultura ocidental só poderão ser denunciadas capazmente por alguém quer fora da ordem, do regime, ditadura ou mitologia racionalista, a observe de fora, cientifica, objectivamente... Alguém que se exponha a todos os riscos da Desobediência: Alguém que pratique o Salto Mortal e a Conversão - Alguém que seja por definição o homem subterrâneo ou obsceno.

(2) O positivismo viu o terceiro estado, estado positivo ou da ciência; faltou-lhe ver o quarto, o da técnica; e o quinto, o termo-nuclear.
Segundo a ordem de ideias positivista, a metafísica chegou onde não chegara a mitologia, a ciência chegou onde não chegara a metafísica; faltou ao profeta Comte profetizar que a técnica há-de chegar onde não chegou a ciência.
Se a metafísica destruiu a teologia (estou certo que o Comte queria dizer mitologia), se a ciência destruiu a metafisica, poderemos concluir o raciocínio positivista dizendo que a técnica se está esforçando por destruir a ciência e, graças aos deuses, nem só a ciência: o que existe à superfície do planeta e o próprio planeta.
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sábado, 14 de Dezembro de 2002-scan

CARTA SOBRE A INEVITABILIDADE DO MITO:DA CIÊNCIA E SEUS MITOS(*)

[(*) Este texto de Afonso Cautela terá sido parcialmente publicado no jornal «República», a fazer fé na prova de censura que cortou parte do texto ]

[26-5-1965, data da prova de censura ] - "Em que consiste a tão apregoada necessidade mítica do homem"? - perguntas tu. E com essa pergunta parece que sou eu o principal interessado em defender o mito ou em proclamar a sua desejabilidade.
Ora o que eu faço é reconhecer a inevitabilidade e não a desejabilidade do mito, inevitabilidade que não inventei mas que ficará demonstrada por uma vista de olhos à história da cultura e das instituições ocidentais, principalmente das instituições políticas.
Eu concordo contigo e com todos os que vêm no mito algo que seria desejável extirpar. Mas não se infere daí que o mito seja extirpável.
À desmontagem e análise de alguns mitos dediquei um ensaio – “O Logro dos Humanismos" ou "Análise de Alguns Mitos" - detendo-me particularmente no mito ou ideia "futuro" e os que dele dependem.
E porque, sujeito embora a rectificações, julgo dar nesse ensaio o contributo que sei e posso para demonstrar a inevitabilidade do mito , dedico-me nestas páginas preliminares a uma espécie de apologia do mito, ou resignada aceitação de uma fatalidade. Já que temos de o aceitar, preparemo-nos para saber aceitar os menos maus.
O mito volta sempre, e a pior atitude que podemos assumir para com ele é a de nos supormos imunizados. São esses, segundo creio, os que mais depressa caem nos mitos mais grosseiros e primários.
Quanto à necessidade mítica, mágica, mística e metafísica do homem, estou convencido de que, sempre, por aqui ou por ali, os homens, principalmente os que se julgam imunizados contra ela, acabam por ser dela as primeiras e mais desastradas vítimas. A atitude mais sensata será uma atitude de vigília e desconfiança sistemática. Não sou pelos mitos antigos mas também não sou pelos modernos. Não sou pelos mitos da ignorância mas também não sou pelos da ciência. Esforço-me para estar além de uns e de outros, mas na medida em que sei não poder dispensá-los, quero saber, entre uns e outros, ou fora de uns e outros, os menos maus.
Tal como tu, sei e afirmo que o mito é indesejável, especial mente quando manobrado pelos profissionais da política ao serviço das suas sardinhas ideológico-propagandísticas. O mito de Hitler permitiu a última grande guerra.
Mas não é com. um abanar de ancas que os do anti-mito conse-guem livrar-se daquilo que no presente estádio da evolução humana é inevitável. Mais vale então que reconheçamos, ao lado dos mitos de ontem e de ante-ontem, os que assolam a mentalidade contemporânea. Mais vale aprender a ver que há mitos "maus" e mitos "menos maus", mitos ao serviço de qualquer ideologia ou política e mitos de criação livre (poéticos, digamos). Mais vale reconhecer que o problema não está em rejeitar pura e simplesmente o mito mas em saber escolher os piores dos menos maus:
Falar em nome da ciência contra o mito, não isenta ninguém de estar impregnado de mentalidade mítica. A ciência, só por si, e teoricamente proclamada, não é suficiente para eliminar o mito.
Os que falam em nome da ciência contra o mito, a magia, a mística e a metafísica. É ver a incoerência com que o fazem, e ver o mito, a magia, a mística e a metafísica da ciência com os nomes de anti-mito, anti-magia, anti-mística e anti-metafísica pelos que substituiram uma adoração por outra adoração, um deus por outros deus,- um dogma por outro dogma, um absoluto por outro absoluto, uma estupidez por outra estupidez, um fanatismo por outro fanatismo, uma superstição por outra superstição..
Não estou contra a ciência, como não estou a favor. Posso dizer pura e simplesmente que não me interessa. Mas estou contra as abstracções, venham elas dos que se confessam idealistas, venham elas dos que bombasticamente se proclamam materialistas. Porque não são uns nem outros, idealistas ou materialistas, o que me importa, porque não me importa uma nem outra mistificação, ume e outra teoria.
Afirmar, teoricamente, uma estrita racionalidade, uma exigente positividade, uma atitude veramente materialista e dialéctica -sim senhor. Mas importa, mais do que afirmar em teoria, ser tudo isso na prática.. Importa o que se é, e não o que se diz que é.
Há que mostrar onde, como e porque subsiste a metafísica de sempre nas anti-metafísicas de hoje, aquelas que se ergueram, no papel sempre e unicamente no papel, no vão propósito de extirpar o remanescente mítico, mágico, místico e metafísico que se julgou ser o da cultura por si própria considerada racionalista.
Não sou contra nem a favor da ciência, como não estou contra nem a favor do mito. Mas verifico que à metafísica, à magia, à mística e ao mito de outros tempos, outra metafísica, outra magia, outra mística e outros mitos (mitologia) se tenta acrescentar, precisamente pelos que combatem o mito, a magia, a mística e a metafísica em nome da ciência. Existe uma mitologia contemporânea cuja principal característica é não querer passar por mitologia.
Pois o que dizer das ideias de Pátria, Estado, Revolução, Classe? Não serão mitos?
E os ismos? O que dizer dos ismos, da ismo-mania ou ismo-latrio? Que dizer de um "ismo" que se professa, que se idolatra, que cegamente se segue? Que dizer dos grupos aglutinados em torno de um ismo? Da mística de grupo? Da mística de tribu? Da mistica de partido?
E da Ciência, da Técnica, da Razão, que dizer? Não serão deuses, absolutos, místicas e mágicas?
E das ideias? Que dizer das ideias? E dos ideais? Do ideal de Belo, de Bom, de Verdade - dos ideais ou valores que dizer? Não serão mitos, não serão ídolos?
E da Máquina, da Vedeta, do Chefe - não serão ídolos?
Que dizer dos adoradores do ideal? E dos adoradores da ideologia? E dos adoradores de um ismo? O que dizer dos maníacos de tantos ismos? E dos maníacos de tantas teorias, de tantas abstracções? O que dizer do homem das quinquenaïs, do Plano, da Solução Maior contra as soluções?
E dos mitos pessoais que dizer? Que dizer da Vedeta? O que dizer do "culto da personalidade"?
E das ideias de Futuro, Progresso, Felicidade - que dizer? Não serão mitos, ídolos, ideais?
E da Acção, que dizer da Acção? Para agir não será necessário e indispensável uma "mística da acção", uma crença ou fé em algo? Uma crença ou f é num absoluto, num relativo que funciona de absoluto?
Para agir, não será necessário forjar ainda as psicoses colectivas, as místicas ou mitologias sociais, as molas da acção que são os optimismos humanistas e os humanismos optimistas? Que dizer destes, dos humanismos? Não serão místicas? Não têm necessariamente que ser místicas? E da política, que dizer da política? Não terá ela que forjar sempre um Olimpo de mitos para uso de todo, já que sem mitos perderia força e prestígio?
E se a razão é indesligável da acção, como pode haver razão sem mitos? Se são os mitos que não deixam arrefecer a acção e se é a acção que por sua vez não deixa arrefecer a razão, não serão os mitos inerentes à razão? Não serão esses mitos ou que o velho Francisco Bacon, Buffon da zoologia humana, classificou de "ídola tribu"?
E da propaganda políticea? Que dizer da propaganda política? Não se baseia toda ela em mitos? A ideologia que se propagandeia- não é sempre uma mitologia? Uma mística? E até uma mágica?
E prometer o paraíso na terra não será o equivalente do mito edénico que põe o paraíso no céu? O que dizer dos amanhãs que cantam? E dos radiosos futuros? E da felicidade objectiva para todos?
E de outras harpas que os integérrimos defensores da ciência, da técnica, do progresso nos tocam? Eles que tocam sempre contra o mito, a magia, a mística, a metafisica?
E todos estes mitos não virão sempre em nome de anti-mito?
Todas estas místicas em nome da anti-mística? Todas estas magias e metafísicas em nome da anti-magia e da anti-metafísica?
Dado que o homem socialmente enquadrado aspira ao absoluto e só realiza (ou nem isso) o relativo, o mito de sinal +, quando existe, serve para representar o que não tem nem pode ter existência concreta, realidade histórica; quando o teatro (ou o cinema) o utiliza, formulam-se problemas que dizem respeito ao homem total e não apenas ao homem social, às relações entre o absoluto e o relativo.
A imaginação do poeta cria o mito que depois outros alimentam e a que dão vida, reconhecendo nele a sua imagem não diminuída nem aviltada, não finita nem mortal, não abjecta.
Mas contra estes mitos de sinal +, levantam-se os mitos feitos para envilecer e aviltar, para adiar e distrair, para entorpecer e adormecer o homem. Para cada Vautrin há 30 bonanzas na televisão, para um D. Ardito, meia dúzia de Bonds. E nem se fala de Édipo, ou de Jean Chrïstophe, ou de Fausto e Zaratustra, Salavin e Peer Gynt, Godot e Cabíria, Raskolnikoff e Prometeu, Pelágia e Zorba.
A imaginação do poeta cria o mito que depois os outros alimentam e ao qual dão vida, reconhecendo nele a sua imagem não diminuida nem aviltada, não finita nem mortal, não abjecta.,
No mito de Joana d'Arc, gerações de dramaturgos têm encontrado o complexo capaz de exprimir a tragédia vivida pela independência individual em face do poderio despótico, do direito em face da força, da ética em face da política, das razões de consciênc contra as razões de Estado.
No mito de Texas Jack, ou do capitão Morgan, ou de Sherlock Holmes encontra a imaginação juvenil a síntese de um espírita aventureiro e investigador... No mito de Alice (e no Orlando de Virgínia Wolf) encontra-se simbolizada a ambição humana de transpor limites, metamorfosear-se, viajar no tempo e no espaço.
No mito de Dom Quixote, a síntese (algo longa) do espírito -idealista contra o barriguismo conformista.
No mito de Sisifo, a eterna escalada do relativo para o absoluto... e a inevitável queda. Camus resumiu nele a sua filosofia.
Os mitos permanecem (e temos de saber como permanecem):
Édipo, Peer Gynt, Zaratustra, Pelágia, Mersault, Erostrate, Jean Christophe, Antígona, Cabíria.
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[(*) Este texto de Afonso Cautela terá sido parcialmente publicado no jornal «República», a fazer fé na prova de censura que cortou parte do texto ]
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sábado, 14 de Dezembro de 2002-scan

O MITO, INVENÇÃO DO LOGOS: OU SOBRE A ORIGEM DE TODAS AS VIOLÊNCIAS

Em oposição à vivência ou experiência mágica e mítica, una e indivisível, inconsciente ou insciente de si mesma, limitando-se a ser sem se pensar, o pensamento abstracto abre a Cisão na Unidade Original, cisão desde logo traduzida verbalmente numa antinomia: experiência & pensamento.
O pensamento, por sua vez, abrir-se-ia em sucessivas e consecutivas cisões, traduzidas em novas antinomias:
pensamento lógico ou abstracto & pensamento analógico ou simbólico
logos & mythos.
É então o pensamento 1ógico que, tomando a palavra, revelará as características do pensamento analógico. E dirá que:
O analógico ou mágico ou mítico ignora o tempo.
E ignora o tempo porque ignora qualquer ideia, qualquer abstracção: Tempo e espaço, por exemplo, não existem em ideia para o mágico.
Pensando por analogias e não por abstracções, não existem para ele as abstracções que são as ideias de tempo e de espaço, depois as de passado, presente e futuro, depois as de Civilização e Progresso, depois as de História, e assim por diante.
O pensamento abstracto aponta, naquilo a que chama pensamento analógico, aquilo a que chama mentalidade mágica, aquilo a que chama mitos. O mito, no entanto, enquanto ideia (e isto é fundamental ), não existe para o mágico. Existe sim como vivência ou experiência. O mito existe, isso sim, desde que existam abstracções, desde que exista pensamento abstracto.

CIVILIZAÇÃO PRODUTORA DE MITOS POR EXCELÊNCIA
E assim é lícito perguntar se as ideias mais abstractas (espaço e tempo; passado, presente e futuro; história, civilização e progresso) não são também os mitos maiores da civilização que a si própria se designa de Civilização, por antonomásia, e se toda ela - Civilização - não é um sistema intrincado de mitos, ou até a civilização produtora de mitos por excelência.
Não esqueçamos que a própria ideia de mito, sendo uma ideia é ainda uma abstracção e pode ser um mito.
Repare-se, num breve parêntesis, que não pretendo fazer a apologia de uma ou outra das realidades - da Unidade Original & da Cisão Posterior, - nem discutir a validade de uma e outra, o que foi ou devia ter sido: Para bem ou para mal (palavras que ainda correspondem a ideias e que podem não passar de mitos) os factos são factos e a evolução deu-se no sentido que se deu.
Importa sim é proceder a uma análise ou desmontagem da mitologia que constitui toda uma civilização que pretende precisamente não ter mitos. E que pretende não se contradizer, sendo precisamente a Contradição, o espírito incarnado da própria contradição, visto que foi o pensamento e nada mais quem abriu guerra contra o que antes dele havia: Sem "torcer" por um ou outro campo, sem participar no baile dos antis, tanto quanto possível, recusamo-nos a estar com um ou outro dos termos, seja de que dualidade e antinomia for.

LOGOS AGRESSOR DO MYTHOS

À cisão, polémica ou guerra inicial – logos agressor do mythos, exotérico contra esotérico, ciência contra sabedoria, amor da sabedoria contra sabedoria do amor - veio a filosofia e o seu acervo de sub-polémicas, com as quais se tem entretido e divertido bastante, supondo e às vezes conseguindo com isso entreter, divertir, distrair também e bastante o comum dos mortais. As polémicas da história (1) - a história das ideias e a outra, a dos eventos - nada significam, são apenas escaramuças aparentes a fim de manter as atenções convenientemente afastadas do problema capital: a dissidência, cisão ou divisão imposta aos homens pele poder racional, a guerra civil dos homens contra os homens, ou, talvez melhor: dos humanismos contra os homens.
Não se discute agora se para bem se para mal, ou se para ambas as coisas e ao mesmo tempo; o que convém por em evidência é que a divisão é posterior à unidade, a guerra foi declarada e não sofrida pela ordem racional, o logos é que se opôs ao mythos, e o caos é que sucedeu ao cosmos, isto é, a ordem inicial deu a desordem subsequente; (2) o que importa frisar é que à noite mítica se sucedeu a alvorada lógica, (3) ao pensamento nocturno o diurno, à voz subterrânea a voz solar e à dicção a contradição:
Ao reconhecer isto, ninguém pretende voltar ao princípio, ou a antes do princípio, mas vai sendo tempo de ver colocado o problema em termos mais justos para ambos os contendores, sem arrogância da parte do poder racional, que julga, ele só, ter direitos e zelos sobre o homem, reinando despótica, descricionariamente
Se há divisão e guerra foi a ordem racionalista que a criou e declarou; se confusão existe, ela sucedeu à fusão ou silêncio original; se o processo histórico é todo ele um processo divisionista e polémico e contraditório, aos princípios lógicos do pensamento se deve essa contraditoriedade fundamental; e se desordem há, só pode ser a racionalista.
Que a confusão racionalista - teorias, sistemas, ismos, logias, sofias, numa infernal barafunda - e a desordem lógica ou científica se queira dar precisamente como o cosmos sucedendo ao caos, a fusão sucedendo á confusão e a ordem sucedendo à desordem, isso não admira, porque saber é poder e é o poder, o político ou outro qualquer, quem legisla: inclusive quem decreta o que se há-de pensar e os nomes que se hão-de chamar às coisas; nada admira que tudo esteja trocado, pois assim convinha à ordem instaurada pela força e que pela força mantém o poder, o poder de legislar e decidir o que é ordem e desordem, fusão e confusão, caos e cosmos.
É a ordem estabelecida, o poder vigente, o estado de coisas vitorioso que inventou para a Polémica-Base os nomes em que se processa: mito e lógica, magia e ciência, exoterismo e esoterismo - eis alguns exemplos de antinomias decorrentes de uma ordem estabelecida estruturalmente antinómica, fomentadora de cisões e que só progride por antis, por agressões sucessivas e violentas, por negação sistemática, por guerra perpétua (4).

RACIONALISTAS CONTRA OS IRRACIONALISTAS.
Exemplo de esportiva e divertida sub-polémica é a dos racionalistas contra os irracionalistas.
Mas acontece que os irracionalistas são uma invenção dos racionalistas e a maior parte tem uma existência virtual, produto do seguinte expediente: tudo o que incomoda o racionalista, venha de onde vier, vai para um saco sem fundo chamado "irracionalismo”. Mas no fundo, porque o saco não tem fundo, nada lá está, nada lá fica. Fica apenas, isso sim, o cenário armado e em cena o conflito dramático, gravíssimo dos esclarecidos obreiros racionalistas contra os obscurantistas e filhos das trevas irracionalistas.
O racionalista, que tão subtil é nas distinções, que tanto exige (dos outros) coerência e ideias claras, que tão cartesiano se diz, não perde tempo, não hesita: para facilitar a posterior tosquia, enfia no saco do irracionalismo o Poeta também. Invariavelmente o bom racionalista resolve assim as dificuldades postas pelo Poeta e pela Poesia, porque ele sabe que a batalha está ganha e os assobios da geral garantidos se confundir nas polémicazinhas caseiras a única questão, a única polémica, a única guerra verdadeira.
Nenhuns, porém, nem racionalistas de facto nem irracionalistas de fama, querem, ao fim e ao cabo, desacreditar e desarticular o sistema, a ordem, a cultura vigente. Essa, para uns e para outros, é intocável. Porque dele, sistema, é que eles vivem e se governam. Nenhum afinal quer desacreditar o saber porque saber é poder e é dele (saber) que eles vivem (podem, querem, mandam).
Uns e outros precisam de massas (,assas humanas e das outras) para viver e sabem que a faculdade da "omnitude" (Dostoievski-Chestov) por excelência é a razão.
Para o cientista puro, para o puro filósofo - necessariamente racionalistas - os políticos são, regra geral, impuros racionalistas. (5)
Além de irracionalistas e por isso mesmo, acusam-nos então (ao abrigo do acordo ou tratado de mútua agressão fraternal) de forjarem as psicoses colectivas, as místicas e ideologias sociais, a mitologia ou propaganda política, a
chacina maciça, em suma, a Guerra - finalidade última e suprema de todo o fazedor de civilização que se preza e gosta de ficar na história.

DEPOIS DOS FACTOS CONSUMADOS
Acusam e não deixam de lavar daí também as suas mãos. Insurgem-se até em belos discursos (alguns televisados por grandes cadeias!), acusam os políticos e a sua ausência de espírito científico, a sua inabilidade para resolver positivisticamente e racionalisticamente os problemas, deixando tudo à improvisação e ao sentimentalismo. Tudo isto, é claro, depois dos factos consumados, depois de contra factos os argumentos serem já sopas depois do almoço.
Os puros isto, os puros aquilo insurgem-se e acusam, mas não fazem mais do que insurgir-se e acusar. O papel do racionalista é mais uma vez aleatório por muito simpático que seja o mister de pôr água na fervura militarista.
No derradeiro instante, no minuto decisivo, o filósofo puro recorre ao escapanço clássico: "sim, de facto os mitos do político são uma coisa horrível, mas neste estado de emergência são um mal necessário. Transijamos, pois".
E transigem. De modo que, no fundo e no fim, o filósofo acaba por considerá-los - aos mitos do político e ao político - um mal necessário, acaba por ratificar uma aliança que aliás já estava firmada desde sempre, desde que o estado de emergência, ou estado de crise, ou estado de sítio é o estado crónico das sociedades ditas civilizadas

ESTAS E OUTRAS ESCARAMUÇAS
Estas e outras escaramuças não devem iludir ninguém. E não iludem o observador imparcial. O que o observador vê e sabe é que a ciência conduz inevitavelmente à política e que, inevitavelmente, as puras ideias têm de se fazer impura acção, o puro racionalismo tem que transmudar-se em grosseiro irracionalismo. (6)
Os pacifico-racionalistas, se bem atentarmos, estão colaborando com aquilo que acusam. O humanista ou nacionalista vem, vestido de branco, com mais um humanismo debaixo do braço, justificando apenas o presente, as chacinas de um presente que se eterniza há séculos, com as promessas de um Futuro que nem ele nem ninguém sabe verdadeiramente qual seja mas que é indispensável e vital alimentar na esperança dos homens; enquanto o político manobra, trucida, cilindra, fuzila, chacina e faz explodir bombas termo-nucleares, vai o filósofo humanista, na cauda do cortejo, explicando com falinhas mansas que aquilo - o Terror – é no presente e por culpa dos homens, porque no futuro e graças aos homens superiores e cultos - os supremos representantes da cultura mais "civilizada" da terra - não será assim, será o Paraíso (e eis inseminado, artificialmente, mais um - o edénico - mito, numa cultura sem mitos!) . _
A partir do mito maior - o mito do progresso, do Futuro, do Paraíso - uma legião de mitos médios e menores trabalha assim ao serviço do Sistema, no sentido de iludir os que precisam de ser iludidos, de modo a não abrir a mais fina brecha na grande, impenetrável muralha que defende a cidade. Porque a cidade - a Civilização - não quer, por nenhum preço, revelar o fiasco, o fracasso, o malogro que foi.
Depois disto, será que os "pacíficos" racionalistas têm descaramento de acusar os que falam em nome do mito, de gente agressiva? De gente polémica, intratável, inconveniente? Será que estes e outros ensaios polémicos, polémicos
porque não podem ser outra coisa, ainda serão acusados de gosto da hostilidade perante as falas e mãozinhas mansas dos mansos racionalistas?

OS DA RAZÃO SEM RAZÃO
Não queremos ter razão, os da razão sem razão. A razão aos funcionários e profissionais dela pertence. Mas não queremos que eles, só porque podem, querem e mandam, nos tomem por parvos e invertam a ordem lógica das coisas sempre que isso convenha aos múltiplos e muitos interesses nada lógicos da dita ordem.
A ciência e quem a faz não tem as mãos tão limpas como pretende, no processo de Abjecção que tem sido a história da civilização ocidental. Detrás da ciência há sempre o móbil agressor. Escamoteiam-se evidências que não convêm, e impõem-se, propagandeiam-se as convenientes; e quem pode levar a efeito esta propaganda senão os órgãos competentes, dirigidos certamente por ideólogos e não por poetas?
Quem tem voz activa no mercado das ideias são os homens do saber e do poder. Porque os poderes, afinal, acabam sempre por estar de acordo, embora aparentem por vezes desacordo a fim de enganar o comum contribuinte As instituições afinal dão-se bem, mau grado as aparências. Estado e Igreja, Estado e Exército, Estado e Academias, Estada e - Universidade - acabam sempre por aliar-se.
Ora é através desta última aliança, que, através da infiltração universitária, os profissionais da inteligência comandam a cultura instituída, governam o homem, decidem do planeta.

RESUMINDO E CONCLUINDO:

Resumindo e concluindo:
embora difiram em questão de pormenor, embora a farsa das sub-polémicas e batalhas menores concorra, genialmente representada, para manter o estado de sitio indispensável às manobras de uns e de outros, forçoso é que o observador imparcial - o homem subterrâneo – conclua:
1º - As guerrazinhas ideológicas, as sub-polémicas esportivas têm servido apenas para:
a) - ocultar uma aliança e cumplicidade de fundo
b) - ocultar a verdadeira e grande guerra, os termos básicos em que assenta: logos contra mythos
c) - entreter as massas
d) - garantir a sobrevivência dos respectivos funcionários, uma vez que sem um jogo de razões e contra-razões, de prós e antis, de toma-lá dá-cá, os profissionais destas mesmas coisas não fazem negócio
2°- Filósofos puros e políticos impuros equivalem--se; mais, completam-se; mais ainda, aliam-se e lutam por uma finalidade comum.
Uns e outros são para uso de todos, de todos se servindo e governando.
Uns e outros usam a Propaganda, fábrica de mitos de uma cultura que pretende não os ter:
Uns e outros, profissionais da ideia e profissionais da acção, precisam de multidões para viver e por isso as tratam cerebralmente de comum acordo, promovendo a necessária mitologia ou caldo cultural onde miguem as sopas.
A uns e outros o que importa é ir aproveitando a margem de desfazamento entre o hoje e o amanhã – o futuro -, porque sabem ser a esperança ou esperação dos homens, o mais valioso capital a ter em depósito à ordem, no Banco de Família.
O que importa a uns e a outros é ir navegando nas águas turvas de um mito - o Progresso -, nelas levando a agua ao moinho que mais lhes convier.
Uns e outros têm mais amor à pele que às ideias, por isso o que importa, a uns e outros, é, invocando a grandeza, a dignidade, a elevação do destino humano (ou qualquer abstracção destas, muito gordas e luzidias) ir servindo a própria pele porque nenhum deles acredita verdadeiramente na humana dignidade que é a humana liberdade, mas tão só na vil, pessoalíssima e abjecta necessidade.
O que importa, a uns e a outros, é ir prometendo, indefinidamente prometendo, porque de promessas têm vivido e hão-de ir vivendo os homens, o que lhes evita pão, justiça e liberdade.
O que importa, a uns e a outros, é ir cultivando, a partir do mito maior - o Progresso – a macabra mitolatria que permita nos instantes críticos mobilizar a humanidade para uma guerra onde as únicas vítimas serão os homens e os únicos a ficarem de fora os salvadores dos homens.
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(1) a (3) Destas polémicas marginais é exemplo histórico a dos sofistas e socráticos, que Ernst Cassirer retrata assim:
"No evoluir da cultura intelectual grega não se encontra talvez maior tensão, conflito mais profundo, do que aquele que opôs o pensamento socrático ao pensamento sofístico. Contudo, a despeito deste conflito, os sofistas e Sócrates estavam de acordo." (In O Mito do Estado, pg: 79 da tradução portuguesa, Lisboa, 1961) .
"A despeito deste conflito" - sublinha Cassirer - "os sofistas e Sócrates estavam de acordo sobre um postulado fundamental", postulado que - não diz Cassirer mas conclui-se, seria a "morte ao mito":
Depois desta, a filosofia inventou outras polémicas ( a da fé e da razão que entreteve os ócios de muita gente) , polémicas ou desacordos, porém, que logo cessavam uma vez que o inimigo comum estivesse à vista e fosse necessário enfrentá-lo.
Note-se que se a Inquisição perseguiu homens de ciência, não deixou principalmente de queimar mágicos e outra gente de ciência nada oficial nem ortodoxa.

(4) Não há nenhuma ditadura, porém, que não aninhe e não alimente no seu seio a serpente da subversão, os descrentes e descontentes, os hereges, os desertores, os protestantes e opositores ao Regime. E não há nenhuma também que não organize a repressão o melhor que pode.
Contra as vozes individuais - as vozes subterrâneas - que viriam em todos os tempos denunciar a crise - críticos? -, a Crise crónica que tem sido a história ocidental e a crónica da Crise que tem sido a história dessa história, sempre a ordem racional soube manter seus pergaminhos, nunca deixando seus méritos por mãos alheias: calando, punindo, reprimindo - o ostracismo, a prisão, a fogueira, o manicómio, o cemitério, etc - quantos se opunham ao Poder do Saber.
Lembre-se aqui que Poeta é assim sinónimo de Crítico, ambos denunciantes da Crise, embora vulgarmente se chame críticos aos autores de folhetins semanais.

(5) Curioso notar que os puros racionalistas são autores de uma longa, balofa, retórica conversa contra a "mitologia política" de certas ditaduras e de certas democracias. Aquilo que a Máquina de Propaganda, comandada pelos políticos, conseguiu, consegue e conseguirá no sentido de aviltar o homem, tem sido anunciado por filósofos de várias tendências, armados em defensores da humanidade e arredores;
os mitos do "irracionalismo" político têm sido denunciados, não há dúvida, com suficiente irritação e assiduidade.
Mas dos mitos do racionalismo quem poderá falar? Quem quererá falar?

(6) Indirecta e anteriormente, os cientistas já deram aos políticos de má morte poderes técnicos que este usará como entender, segundo os seus mais ou menos irracionalísticos impulsos. ■