segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

DIXIT GIORDANO BRUNO

«A ÁGUIA DA ARROGÂNCIA» – FREI GIORDANO BRUNO, DOMINICANO DE NOLA
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«VÓS TENDES MAIS MEDO» - FREI GIORDANO BRUNO, DOMINICANO DE NOLA
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«A MINHA FILOSOFIA É A INVESTIGAÇÃO LIVRE E NÃO O DOGMA» - FREI GIORDANO BRUNO, DOMINICANO DE NOLA

IMPERATIVO CÓSMICO

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quarta-feira, 27 de Setembro de 2006

# O CÓDIGO DE DEUS
# ED. ESTRELA POLAR
# GREG BRADDEN

Comecei já a leitura e optei pelos últimos capítulos: ou seja, ler do fim para o princípio.
O resumo de cada capítulo, que o autor nos faculta, é outro factor da seriedade e qualidade da obra. A bibliografia já inclui sites, inovação que me parece bastante interessante.
Os dois capítulos finais ainda pouco me disseram sobre a função divina do tal ADN. Mas uma coisa é certa (e registo mais uma coincidência ou sincronia!): O ADN funciona neste autor – presumo – como o tal microcosmos de que a obra de Etienne é a Gnose absoluta e total!
Ou seja, quando falo de «imperativo cósmico» vejo agora que devo precisar acrescentando: imperativo macro e microcósmico à procura da sincronia que desencadeia o milagre.
Ou seja: o imperativo cósmico não só nos impele (obriga?) a fazer alguma coisa para ajudar o Macrocosmos (a força e energia de Aquário) como nos vem ajudar na tarefa( inter-activa?...) de activar o nosso código vibratório (o tal segundo código genético descoberto pelo Etienne na heterocromatina constitutiva do ADN).
Ou seja: haja ou não haja apocalipse, haja ou não haja um fim para o planeta e etc, o único dever a que me sinto moralmente constrangido é não atrasar esta via (neguentropia) que consiste em ajudar o macrocosmos a realizar o microcosmos (ADN) e vice-versa.
Mesmo com os epígonos do apocalipse (as carpideiras da New Age e da Ecologia!!!) todos a jogarem no tabuleiro da Entropia, o imperativo ético deverá ser o de jogar no tabuleiro da Neguentropia. É simples e está ao alcance de todos.
Relativamente ao nosso autor Gregg Braden ainda estou para perceber se ele preconiza a receita semelhante à da meditação transcendental: marcar um minuto preciso em que toda a humanidade é convocada para pensar a mesma mensagem, o mesmo mantra (OM?) ou algo assim semelhante. Experiências do género acho que têm demonstrado uma melhoria na diminuição da criminalidade e nos internamentos hospitalares e casos de polícia...Nos EUA , claro, paraíso das estatísticas. Mas, a meu ver, a desejada sincronia entre macro e microcosmos (ADN) para vencer a entropia com o aumento deliberado da neguentropia (em todos os minutos da vida e do mundo), deverá não só ser mais consistente e duradoura mas também a um nível mais subtil.
De qualquer maneira e seja qual for o «grão» que vou encontrar no livro de Gragg Braden, agradeço a preciosa informação que ele me deixa.
Nada do que nos acontece é por acaso, não é verdade?

TU CÁ TU LÁ

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#CONVERSAS COM DEUS
#NEATLE DONALD WALSCH
#SINAIS DE FOGO, LISBOA, 1995

Este texto incrível torna irrecusável tudo o que diz, especialmente com palavras tão difíceis e problemáticas e gastas de sentido como deus, alma, espírito ou iluminação.
Mais do que um texto iluminado é um texto iluminado que ilumina: e de maneira directa, sem intermediários. Sem a mediação sequer da palavra que utiliza.
O livro de Neale Donald Walsch está para lá do livro e de tudo o que materialmente veicula a sua mensagem: porque nem sequer de doutrina ou teoria se pode designar este livro, este texto, este autor.
Poderia apelar-se para a palavra gnose mas é ainda pouco.
É mais do que gnose e mais do que conhecimento e mais do que filosofia.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

NOOLOGIA BÁSICA

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segunda-feira, 18 de Setembro de 2006

AFORISMOS DE NOOLOGIA:

«SÓ A ÁGUA PODE TRANSMITIR VIBRAÇÃO/AUSÊNCIA DE VIBRAÇÃO SIGNIFICA MORTE» (MASARU EMOTO)

«QUALQUER FORÇA, PASSANDO POR UM ZERO, MUDA A POLARIDADE»

«UMA SEMENTE É MAIS DO QUE O REINO DOS CÉUS»- EVANGELHOS

«BENVINDO AO REINO DOS CÉUS» - EVANGELHOS

«ESSA INTELIGÊNCIA A QUE CHAMAMOS DEUS»

«O ADN É UMA FORMA DE CONHECER A MENTE DE DEUS»

«ALMA É ALGO QUE SÓ DEUS PODE DAR» (KABBALLAH?)

«DEUS É MISTÉRIO» (KABBALLAH?)

«PODE PENSAR-SE O QUE NÃO É DEUS, MAS NÃO O QUE É » (MAIMÓNIDES?)

«O COMEÇO DO PRINCÍPIO» (I-CHING?) «A MAIOR PARTE DOS ESPECIALISTAS DA VARINHA E DO PÊNDULO IGNORAM AS LEIS FUNDAMENTAIS QUE PERMITEM DISSECAR, E DEPOIS, «ÉTALLONER», TODAS AS VIBRAÇÕES DO ESPECTRO VISÍVEL E INVISÍVEL. DESDE AS MAIS LONGAS – O INFRA-NEGRO – ATÉ ÀS MAIS CURTAS: O ULTRABRANCO.» (A.DE BELIZEL, «PHYSIQUE MICRO-VIBRATOIRE ET FORCES INVISIBLES)

SUBLINHADOS 2012

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segunda-feira, 18 de Setembro de 2006

FRASES DE NOOLOGIA:

«SÓ A ÁGUA PODE TRANSMITIR VIBRAÇÃO/AUSÊNCIA DE VIBRAÇÃO SIGNIFICA MORTE» (MASARU EMOTO)

«QUALQUER FORÇA, PASSANDO POR UM ZERO, MUDA A POLARIDADE»

«UMA SEMENTE É MAIS DO QUE O REINO DOS CÉUS»- EVANGELHOS

«BENVINDO AO REINO DOS CÉUS» - EVANGELHOS

«ESSA INTELIGÊNCIA A QUE CHAMAMOS DEUS»

«O ADN É UMA FORMA DE CONHECER A MENTE DE DEUS»

«ALMA É ALGO QUE SÓ DEUS PODE DAR» (KABBALLAH?)

«DEUS É MISTÉRIO» (KABBALLAH?)

«PODE PENSAR-SE O QUE NÃO É DEUS, NAS NÃO O QUE É » (MAIMÓNIDES?)

«O COMEÇO DO PRINCÍPIO» (I-CHING?)

«A MAIOR PARTE DOS ESPECIALISTAS DA VARINHA E DO PÊNDULO IGNORAM AS LEIS FUNDAMENTAIS QUE PERMITEM DISSECAR , E DEPOIS, «ÉTALLONER», TODAS AS VIBRAÇÕES DO ESPECTRO VISÍVEL E INVISÍVEL. DESDE AS MAIS LONGAS – O INFRA-NEGRO – ATÉ ÀS MAIS CURTAS: O ULTRABRANCO.» (A .DE BELIZEL, «PHYSIQUE MICRO-VIBRATOIRE ET FORCES INVISIBLES)

LUGARES COMUNS 2002

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+ FRASES OUVIDAS EM FILMES

«Ele não morria sem me avisar»
«Se quisesse saber a verdade a seu respeito, tinha chamado a televisão»
«Se nos safarmos vivos, mato-te»
«A Jóia do Nilo», de Lewis Teague

*
«A raposa vai investigar no galinheiro»
«Salvador», de Oliver Stone

*
«A função dele é desconfiar. Ele não confia em ninguém»
«Os 3 Dias do Condor»

*
«Quando encontrares uma coisa em que acreditas, não a largues»
«Os 3 Dias do Condor»

sábado, 23 de fevereiro de 2008

ANTES DA SERRA MECÂNICA

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[2-12-2005]

ANTES DA SERRA MECÂNICA

Agradeço ao Canal Odisseia que, num pequeno intervalo, me deu quase uma hora sobre os carvalhos de uma região da Alemanha que nos dizem estar «protegida». Ainda bem. Agradeço aos esquilos e outras criaturas visíveis que apareceram no documentário, felizes no seu habitat e antes que chegue a serra mecânica. Agradeço a todos os que, mais do que sobreviver, ainda conseguem descobrir o maravilhoso que apesar de tudo persiste em existir neste mundo de tsunamis provocados por rebentamentos nucleares subterrâneos. Ou de pandemias virais provocadas por uso e abuso de antibióticos.
Para que conste, deixo a notícia do «Diário de Notícias», pela qual soube do referido documentário:
«« A história do carvalho no Canal Odisseia
«O carvalho é considerado como a árvore entre as árvores, símbolo de força, sabedoria, perseverança e resistência. Um documentário que o Canal Odisseia apresenta em estreia em Portugal, vai dar a conhecer melhor esta espécie.
«O ciclo vital do carvalho corresponde ao de dez vidas humanas e a abertura do seu tronco serve de casa a mais de 500 espécies diferentes de animais e plantas.
«O documentário do Canal Odisseia, que pode ser sintonizado no cabo, intitulado «A Árvore Entre as Árvores», foi realizado por Yves Riou e Philippe Pouchain e produzido pela Cinétévé, de França, em 2005.
«Este documentário acompanha a vida destes gigantes naturais, através de cada uma das estações do ano.
«O carvalho vai ter de superar as altas temperaturas do Verão, as tempestades de Outono e as quedas de neve do Inverno, antes de chegar à Primavera.
«Esta história natural é contada do ponto de vista biológico, cultural, histórico e até mitológico.
«A Árvore Entre as Árvores estreia-se às 21.00, voltando a ser exibido amanhã em duas sessões: 05.00 e 12.00.»»

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

PARE, ESCUTE E OLHE

1-1 - cega-rega-2> quinta-feira, 28 de Setembro de 2006

+ 15 MANTRAS (LUGARES-COMUNS) PARA MEDITAR (A-Z)

PARE, RESPIRE E MEDITE

a água, mãe da vida
abre-te sésamo
depois de mim, o dilúvio
devemos amar os nossos amigos
escada de jacob vai do homem a deus e ainda além
fiat lux (faça-se luz)
gato escaldado, de água fria tem medo
mais vale tarde do que nunca
no princípio era o verbo
no tempo em que os animais falavam
que o homem semear, assim colherá
verbo se fez carne
ou vai ou racha
pelos frutos conhecereis a árvore
tudo se paga

HÁ JÁ 13 ANOS

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1/11/1995

ELE E AS IDEOLOGIAS DOMINANTES: PORTUGAL NÃO É SÓ LISBOA (*)

Pistas para 80 reportagens no «país em vias de extinção» e antes que se extinga
- 20 sítios da Geografia Sagrada de Portugal -> Série de reportagens com base na informação confidencial e pistas fornecidas por organizações discretas e secretas existentes em Portugal
- 20 sítios da Arqueologia Industrial -> Série de reportagens com base em informações e pistas da Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial (esta série pode incluir um subtema, «Artes e Ofícios que Ainda Vivem»)
- 40 sítios - rios, serras, aldeias - a revisitar, 20 anos depois -> Série de reportagens s/ ecologia e ambiente que fiz para «O Século», em 1975 , e que dariam ponto de partida e pistas para saber, nos mesmos sítios, o que mudou ou não mudou nesses lugares ao longo de 20 anos -: Série de reportagens com base no meu «know-how» sobre regiões e no arquivo pessoal que ainda não foi destruído.
+
Agora descobre-se que na paisagem - e na paisagem pré-histórica, com (dizem os arqueólogos) mais de 30 mil anos - está o nosso futuro. Não deixa de ser bizarro, mas ao mesmo tempo é consolador esta súbita ternura pelo antigo, o velho, o arqueológico: especialmente para dinossauros e múmias como eu, que pensavam que o antigo, o velho e o terceiro idoso estavam irremediavelmente condenados às galés, trocar os cavalinhos de Foz Côa por 50 milhões, é consolador e indicativo de que alguma coisa vai mudar até ao Terceiro Milénio e por força da própria precessão dos equinócios.
Quase trinta anos depois de o país me ter convencido de que eu não tinha razão, o país vem dar razão ao meu ecologismo precoce e ao meu milenarismo serôdio. Mais vale tarde do que nunca.
A próxima alegria vou tê-la quando Guterres anunciar o cancelamento da barragem de Alqueva, para salvar os mais de 200 sítios arqueológicos que iriam ser submersos pela albufeira, incluindo o cromeleque do Xerez, que, como os arqueólogos não vão nunca saber, é sagrado alquimicamente puro, tal como os 20 quilómetros de sagrado do Coa.
+
[ 1/Novembro/1995] - 1 - Com as figuras rupestres de Foz Côa , numa remota região transmontana, Portugal saltou, de repente, para a celebridade internacional.
Nunca o local e o universal estiveram tão perto e nunca foi tão claro que são as duas faces da mesma moeda, da mesma realidade: com as figuras rupestres de Foz Côa e a Expo98, Portugal entra portanto, com os dois pés, e não ao pé cochinho, na vanguarda da civilização do futuro, a tão falada mas pouco compreendida Era do Aquário.
Se, como alguns pensam, para construir o próximo 3º Milénio, o passado mais remoto é tão necessário como a ciência e a tecnologia de ponta mais recente, as figuras do Côa e a Expo 98 são, de facto, os dois grandes símbolos orientadores desse rumo.
O signatário deste projecto «New Age» sabe que, para se ter razão sobre este planeta Terra, não basta ter razão. É preciso também ter o poder. Ou o apoio de quem tem o poder.
Mas, tal como em 1969, defendi totalmente sozinho o projecto ecologista - que ninguém, das ideologias em presença, aceitava, encontro-me hoje, em Novembro de 1995, na situação de defender (quase) sozinho, um projecto milenarista de primado do espírito sobre a matéria, quando a humanidade parece totalmente dominada pela sociedade de consumo e seu lógico totalitarismo.
2 - Ontem como hoje, o signatário está consciente do seu principal handicap: não tem, no seu curriculum, um curso universitário. Por isso sabe que não pode aspirar a cargos. Pensa, no entanto, que os nossos antepassados de há 40 mil anos - os que gravaram no xisto as figurinhas onde temos hoje preservado o Sagrado em estado alquimicamente puro - também não. Sei que pertenço à raça desses primitivos.
3 - Quando entrou para a redacção de «A Capital» - onde foi colaborador regular de cinema e literatura, desde os anos 60 - o primeiro trabalho de fundo que propôs ao então director Rudolfo Iriarte foi um circuito de reportagens sobre «geografia sagrada de Portugal». Ainda o património cultural não estava na berra. Ainda não subira a Conselho de Ministros. Ainda não ocupava plenários da AR. Ainda a ecologia era vista com desconfiança. Ainda o nosso querido presidente Soares não tinha feito a sua presidência aberta sobre ambiente, dizendo NIM a Alqueva.
Ainda as grandes organizações de inspiração maçónica, ocultista e esotérica viviam uma forçada clandestinidade, face ao poder do materialismo e do positivismo.
Não era possível, portanto, mostrar à luz do dia o «outro Portugal», o Portugal secreto e escondido. Em outros países vizinhos da UE, trabalhos sobre os segredos do sagrado de cada país foram entretanto efectuados. No caso da Espanha, por exemplo, por um jornalista - Juan Atienza -, que tem feito em Espanha o que eu gostaria de ter feito, quando propus ao Rudolfo Iriarte uma série de reportagens sobre a nossa geografia sagrada, uma das mais ricas do mundo como só agora (!!!) , com as figuras do Côa, se mostra e demonstra.
4 - Entretanto, e sem que haja uma voz - nacional ou internacional - a defendê-lo, todo o núcleo representativo do puro sagrado no Alto e no Baixo Alentejo, com a capital mundial em Monsaraz - irá ser submerso pela albufeira de Alqueva, o maior crime jamais cometido contra este tesouro de um país de tesouros: mais de 100 sítios arqueológicos de alta antiguidade, vão ser submersos.
Neste sentido, a batalha do futuro mundial do mais antigo e precioso passado, trava-se em Portugal e exactamente nestes dois pólos da contradição: em Côa e em Alqueva. O Sagrado contra o Cimento armado das barragens.
5 - O que encoraja o signatário a viver tudo de novo - a partir de zero - e a refazer todos os projectos alternativos de vida que teve de meter na gaveta - desde 1969, trabalhava ele no jornal «O Século» - o que o encoraja é ter a certeza , a absoluta certeza, de que, ontem, como hoje, tem razão.
Ainda que não tenha qualquer ilusão de que alguém lha dê ou venha a dar.
6 - Um projecto editorial capaz de transmitir e levar esta informação - esta dialéctica e esta lógica do «regional-universal» - a um público mais ou menos distraído com as atracções do imediatismo político e económico, talvez seja rentável - economica, editorial e culturalmente.
No novo espírito - a que alguns, em língua anglo-saxónica, chamam «new age» mas que o signatário prefere designar por Nova Idade de Ouro, porque matematica e geometricamente o é, - cabem todas as correntes alternativas que, desde 1969, o signatário deste projecto tem procurado detectar e, quando possível, fazer-se eco no seu trabalho de jornalista.
Se a ciência e tecnologia de ponta (fim da Idade do Ferro), têm algum lugar, no próximo Milénio, como «meios benévolos», a verdade é que o verdadeiro conteúdo do próximo Milénio será, obvia e evidentemente, espiritual - desde que esta palavra contenha todo o rigor de significação que vários milénios de tradição primordial viva lhe podem dar.
A ciência e a tecnologia de ponta (só) servem de ponte, de meio para que a grande mensagem do terceiro Milénio possa passar, até às novas gerações que dela vão precisar como de pão para a boca.
Os jornais e telejornais vivem do imediatismo quotidiano - e com esse imediatismo se pretende, quase sempre, justificar muita concessão (ao acessório) e muita omissão (do essencial).
Houve tempo em que a «Grande Reportagem» era o pivô do jornalismo: deixou de o ser quando o grande argumento contra a «grande reportagem» passou a ser as «despesas ... de deslocação», «os custos que implica para o jornal... », etc.
Hoje, a «Grande Reportagem» é nome de revista a que, pelos vistos, está confinada. E o (grande) repórter tem que ir para a reforma.
A Proposta
6 - Resumindo as linhas essenciais do projecto «New Age - 3º Milénio», proponho:
- Um destacável in «A Capital», que ligue o regional-e-local ao mundial, o passado mais remoto ao presente mais avançado e ao futuro mais arrojado
- Além de um noticiário seleccionado em função das «alternativas de vida» e da «vida alternativa» que a nova idade de Ouro pressupõe (noticiário escasso, neste momento, pelo óbvio círculo vicioso que a própria situação pantanosa do mundo suscita) - o projecto seria alimentado com reportagens de fundo ao «Portugal Profundo» - Geografia sagrada - desde as nossas tradições templárias às nossa raízes paleolíticas.
Afonso Cautela
1/11/1995

domingo, 17 de fevereiro de 2008

NOMES E NÚMEROS

1152 bytes - citas-1>15-11-1996-> terça-feira, 18 de Dezembro de 2007

NOOLOGIA EM FRASES

Como diz a Bíblia, Adão começou as suas aventuras paradisíacas dando nomes às coisas e aos animais e ao fazê-lo adquiriu domínio sobre elas .
Bertalanffy, 55
*
A Natureza não é sectária e emprega cada número de acordo com as suas necessidades.
Papus, 87
*
O Sépher Jésirah é um dos livros mais importantes da tradição cabalística. Ele mostra que todo o setenário é formado de dois ternários , no meio dos quais se encontra a unidade.
Papus, 87

sábado, 16 de fevereiro de 2008

FALA MAS CALA-TE

anexins1> formas breves - umberto eco in «dn» sábado, 27 de Abril de 2002

FALA MAS CALA-TE

A fome é o resultado da luta de classes. - A.C.
Fala mas cala-te . - A. C.
Não se chega a Deus pelos livros, mas por causa de alguns (maus) livros pode nunca se chegar lá. - A.C.
*
A vida é ritmo, organização , estrutura e forma. - Jacques A. Mauduit, in «En Las Fronteras de lo Irracional»
*
Tudo muda menos a mudança. - D.H. Lawrence, in «O Amante de Lady Chaterley»
*
Faça-se Luz. - Goethe

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

AC DIXIT

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Esta civilização está errada (enfiou pelo caminho errado), mas é quem vai decidir do nosso destino planetário. Só o nosso destino cósmico pode evitar a catástrofe planetária.(A.C.)
*
Relativamente às ciências sagradas, trata-se de ir integrando alquimicamente no nosso quotidiano, o que significa ( ao nível do desenvolvimento psíquico e das nossas potencialidades) o progressivo e ritmado desenvolvimento dos órgãos dos sentidos potenciais. (Alquimizar a alquimia) (A.C.)
*
Conhece-te a ti mesmo, dizia a máxima no frontão do templo grego. Mas até agora o auto-conhecimento tem sido auto-desconhecimento. (A.C.)

PENSEM NISSO

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O que uma geração considera um cúmulo de saber é, às vezes, considerado um absurdo na geração seguinte. E o que num século passado era tido como superstição, pode formar a base da ciência num século vindouro. As universidades e escolas de Medicina podem outorgar diplomas que permitem matar e envenenar, mas não conferem o dom especial de curar. Esta habilidade ou aptidão para normalizar a saúde nasce com o homem e aperfeiçoa-se com o estudo e a experiência.
Paracelso

Se os médicos de hoje não se converterem nos nutricionistas de amanhã, os nutricionistas de hoje serão os médicos de amanhã.
Alexis Carrel

EXTRASENSORIAL 1999

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«Extrasensorialmente, o inconsciente sabe tudo o que acontece, no passado, presente e futuro, dentro do nosso globo, numa margem de dois séculos. Nenhuma barreira impede a percepção extrasensorial, embora a manifestação no consciente seja rara.»
Oscar Quevedo

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

ALICERCES DO TEMPLO

1.024 bytes - dggc-1> diario geral de grandes citações

ALICERCES DO TEMPLO EM CITAÇÕES DOS OUTROS

«O homem é, pois, como todos os outros seres visíveis, um acumulador e um transformador de energias mas, entre todos, o mais completo e o mais poderoso, uma vez que pode ser, e que se torna efectivamente , o receptáculo de todas as energias do universo.»
Raymond Abellio, in «Para um Novo Profetismo»
*
« Nos fins do século XIX, o matemático alemão Cantor inventou números maiores do que o infinito».
Jacques Bergier, 20
*
«Os suportes desenvolvem as suas energias endógenas e tornam-se insensíveis ao controle das energias vibratórias; várias doenças como o Cancro começam a instalar-se.»
Etienne Guillé, in «Le Langage Vibratoire de la Vie», 22

O FIM DOS TEMPOS

A filosofia da história que nos interessa é essencialmente o conhecimento do fim dos tempos.
Pierre Guérin

ERA DO AQUÁRIO

TELAGRAMA PARA OS EXTRATERRESTRES
Em meio século, o nosso planeta adquiriu uma característica que não pode ter passado despercebida a outra civilização que nos observasse: de uma intensidade praticamente nula nas frequências de rádio, a Terra passou, em cinquenta anos, a ter uma intensidade igual à do sol em período calmo: o somatório das emissões publicitárias, dos jogos televisionados, das informações, das emissões estúpidas ou geniais, fez com que a Terra passasse da «mediocridade» dos planetas onde nada acontece que possa interessar os Galácticos à «mediocridade das civilizações galácticas.» Chegou, portanto, o momento de modificarmos a nossa visão do Universo, hoje que a nossa civilização se tornou «perceptível» para outros galácticos.
Jean Sendy, in «A Era do Aquário»

LADAINHA MATINAL

ADOPTADOS POR AC

O dinheiro poderá:
- comprar uma cama, mas não o sono
- livros, mas não um cérebro
- alimentos, mas não o apetite
- uma casa, mas não um lar
- joias e cosméticos, mas não a beleza
- obras de arte mas não a cultura
- diversões, mas não a felicidade
- um crucifixo, mas não um salvador
- uma igreja, mas não o céu
- medicina, mas não a saúde

PENSEM NISSO

O FIM DO MUNDO EM BENARÈS

Existe um aparelho no templo de Benarés destinado a medir o tempo que nos separa do Fim do Mundo. Trata-se de um dispositivo de bronze, onde estão fixadas três agulhas de diamante de cerca de 40 centímetros. Teria sido o próprio «deus», na origem dos tempos, quem colocou na primeira destas agulhas 64 discos de ouro de tamanhos diferentes - estando o maior destes discos na base e o mais pequeno no topo. Este dispositivo recebeu o nome de Torre de Brahma. Quando os discos de ouro estiverem repartidos pelas agulhas, o universo desaparecerá.
+
No fim de cada período cósmico ou «kalpa», o Bhagavata Pourana explica que o mundo perecerá pelo fogo em quatro fases («pralayas»):
1) destruição acidental («naimitika») que se verificará durante o sono de Brahma;
2) destruição natural, devida a cataclismos sísmicos ou a catástrofes cósmicas;
3)destruição constante - lenta desagregação e envelhecimento da Humanidade («nitya»);
4) destruição definitiva: as almas individuais regressam a «anima mundi» («atyantika»), isto é, ao nirvana ou nada, de Buda

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

ENXOFRE ABISSAL 1996

1-3 - hidrotermais-1-pi> = pistas de investigação terça-feira, 25 de Dezembro de 2007

PROJECTO DO LABORATÓRIO DA GUIA NO MAR DOS AÇORES

ORIGEM DA VIDA PODE ESTAR A 2500 METROS DE PROFUNDIDADE

Esta entrevista com o Prof. Luís Saldanha, realizada pelo jornalista Afonso Cautela, foi publicada no jornal «A Capital», em 20 de Janeiro de 1996

Fontes hidrotermais à superfície da terra conhecem-se há muito e Portugal é particularmente rico nessas estâncias de cura e recreio. As águas sulfurosas fazem bem a quase tudo o que é maleita ou enxaqueca. Hidrotermalismo a profundidades oceânicas é uma novidade absoluta, mesmo para os oceanógrafos mais habilitados do Laboratório Marítimo da Guia, em Cascais. Eles querem conhecer melhor essas fontes que, brotando dos fundos oceânicos, podem ser o anúncio de formas de vida inéditas. Uma espécie de «outro planeta» no fundo do mar.
Daí, a expectativa que reina nesta equipa de cientistas, relativamente à aprovação, pelo programa Praxis, de um ambicioso projecto de investigação que visa exactamente averiguar a existência e estudar as jazidas hidrotermais do mar dos Açores, a 2500 metros de profundidade.
«De todos os projectos de investigação que temos no Laboratório da Guia - diz o Prof. Luís Saldanha - este do hidrotermalismo profundo é, de facto, o meu preferido. E se não conseguirmos que o programa Praxis o aprove já para 1996, corremos o risco de os americanos lá chegarem primeiro.»
Com Luís Saldanha, lideram este grande projecto, com financiamentos da União Europeia, dois outros especialistas: Luís Mendes Vítor e Fernando Barriga.

CHEGAR PRIMEIRO

Nos Açores como no Índico, é uma questão de chegar primeiro. Por enquanto, e de acordo com o que já se verificou, há indícios de um campo hidrotermal, numa área que os cientistas americanos designaram pela sigla AMAR (American Mid Atlantic Ridge).
«Vamos para o mar com muita frequência» - diz Luís Saldanha, que confessa a sua paixão de ecologista pela natureza e o seu gosto de viajar. À superfície ou a profundidades abissais, para ele é quase indiferente. Um mergulhador, de facto, cria uma segunda natureza e os ambientes extremos não o atemorizam. Para quem já mergulhou, praticamente, em todos os oceanos. do mundo, ir ao mar dos Açores em missão de pesquisa e descoberta é pouca coisa.
Mas para levar em frente o projecto do hidrotermalismo profundo, não chegam os valiosos recursos humanos que o laboratório possui: só com as verbas do Praxis. Mesmo dividido em duas campanhas de dois anos, de 60 mil contos cada uma, continua a ter custos elevados para o orçamento da ciência portuguesa e o ministério de Mariano Gago. Só a União Europeia nos pode valer nestas aventuras de alto gabarito, a profundidades abissais.
«Cada mergulho do submersível (batiscafo para três pessoas) custa 4500 contos de aluguer à IFREMER, para amigos, porque o preço normal é de 6000» - adianta Luís Saldanha. «Mas um outro aparelho que é preciso alugar, Remote Operated Vehicule (ROV) , custa por dia entre dois mil e três mil contos.

OS ALQUIMISTAS TINHAM RAZÃO

Mas tais custos justificam-se perfeitamente pelo altíssimo interesse do projecto: não se trata só de investigar, pela primeira vez, como se comportam as fontes hidrotermais a grandes profundidades, mas de saber em que medida um meio ambiente extremo, onde não chega a luz solar, pode gerar formas de vida próprias.
Para quem, como nós, não sabia desta «colossal criação ex-nihilo, o espanto é total: as formas de vida que se conhecem a grandes profundidades são originárias da superfície; não são, portanto, geradas in loco. No caso das fontes hidrotermais, a vida é fabricada aí mesmo.
E quem, se não o enxofre - um dos três princípios da criação, segundo os alquimistas - poderia ser o responsável por essa vida abissal?
Luís Saldanha afirma-o peremptoriamente: «A verdade é que há uma quantidade enorme de organismos, em torno das chaminés hidrotermais, e só a presença de compostos de enxofre os pode explicar. Bactérias que asseguram, num sítio sem luz, toda a produção da matéria orgânica, em fundos abissais, utilizam esses compostos.»
Se isso irá explicar ou não o grande enigma da origem da vida, já é para Luís Saldanha muito mais problemático:
«Tem-se especulado sobre isso mas há uma corrente que se opõe.»
Compreendemos: há mistérios, mesmo o da vida, que devem permanecer mistérios por toda a eternidade.

RECURSOS HUMANOS NÃO FALTAM

Cerca de 50 cientistas irão participar nestes trabalhos, grande parte dos quais recrutados no próprio Laboratório Marítimo da Guia, rico em valores e vocações oceanográficas.
Recursos humanos é o que não falta na Guia, verdadeira «maternidade» de cientistas que o prof. Luís Saldanha tem orgulho em mostrar ao País e ao mundo:
«O LMG é um referencial para o País. Eu era investigador da Faculdade de Ciências, onde introduzi a cadeira de Oceanografia Biológica em 1975. Tinha-me doutorado em Outubro de 1974, poucos meses depois do 25 de Abril, e foi com os estudantes meus alunos que, anos depois, refiz este Laboratório, que se encontrava fechado. O incêndio da Faculdade de Ciências (na Rua da Escola Politécnica), deixando-nos sem laboratório, foi mais um empurrão para que isso acontecesse.»

CONTACTOS INTERNACIONAIS

O Laboratório Marítimo da Guia, que organiza o próximo simpósio comemorativo da Oceanografia Portuguesa, de 1 a 3 de Fevereiro (e que «A Capital» já noticiou), está praticamente em contacto com todo o mundo das ciências do mar.

sábado, 9 de fevereiro de 2008

MEGALITOS 1990

1-3 - menires-1-bd> hemeroteca pessoal sábado, 10 de Maio de 2003- novo word

PISTA INÉDITA NA INVESTIGAÇÃO ARQUEOLÓGICA
ALINHAMENTO DE MEGALITOS SUGERE EXISTÊNCIA DE PLANO(*)

(*) Esta entrevista realizada por Afonso Cautela, foi publicada no jornal «A Capital» , 18-5-1990

«Este conjunto de cinco estações importantíssimas no megalitismo do Alto Alentejo - os pólos de Évora e Monsaraz (Reguengos) - não é obra do acaso e a sua implantação deve ter correspondido a um plano disse a «A Capital» o Dr. Manuel João Calado, investigador da Unidade de Arqueologia (Uniarq) do Centro de Arqueologia e História da Faculdade de Letras de Lisboa, a propósito da comunicação que hoje apresenta ao Congresso de Arqueologia, a decorrer em Lisboa, sobre o tema, «Aspectos do Megalitismo Alentejano».
Praticamente inédito entre nós é que se tenha tentado descobrir o alinhamento existente entre os diversos monumentos megalíticos e estabelecer linhas rectas cuja ordenação lógica salta à vista, ainda que fiquem por explicar os motivos que levaram os nossos ancestrais a seguir esse rigor «geométrico» na implantação dos seus cromeleques e menires.

- «As antas, sinal de povoamento, viriam muito depois», adianta Manuel João Calado, desafiando também, com a sua tese, as cronologias mais ou menos estabelecidas nos meios da ciência arqueológica.
«E sendo assim - prossegue -, se os cromeleques e menires correspondem a épocas muito anteriores ao povoamento, é inegável o papel que se lhes deve atribuir, que tem de se lhes atribuir como "fundação do território".»

Usando sempre da prudência necessária a um cientista e evitando a expressão «sacralizar o território», Manuel João Calado declara, no entanto, com firmeza:

«Uma coisa é certa: os menires são o aspecto mais antigo do megalitismo alentejano e destinavam-se, sem dúvida, a "sacralizar" o espaço, antes de qualquer povoamento ou construção. Para esses povos, tratava-se de transformar o caos em cosmo.»
E acrescenta: «O menir corresponde ao "axis mundi", pelo que é o primeiro momento da instalação num território e, portanto, anterior às antas.»

«CHEGAR A UM SÍTIO E MARCÁ-LO»

Sem esconder o fascínio que estas teses podem naturalmente produzir em espíritos que, para lá das pedras, procuram a energia primordial que em lugares selectos do mundo se torna mais explícita e vibrante, o investigador Manuel João Calado compara esses megalitos, inclusive pela sua forma física, aos «padrões das descobertas que os portugueses iriam deixando pelo mundo». E afirma:
- Chegar a um sítio e marcá-lo é absolutamente necessário para quem viaja num mundo ainda desconhecido.

«Ora isto contradiz tudo o que até agora a ciência arqueológica, em Portugal, admitia sobre menires e sua antiguidade.»

De facto, a pesquisa arqueológica em Portugal pouco ou nada tem adiantado, até agora, no sentido de procurar relações espaciais (lógicas?) entre vários monumentos, até estabelecer uma rede de linhas cruzadas que indubitavelmente corresponde a estruturas geométricas. Pelo que a comunicação apresentada agora ao congresso de arqueologia, assume foros de novidade e ineditismo.

ODRINHAS (SINTRA) TAMBÉM NA LINHA

O exemplo dado por Manuel João Calado, para ilustrar a sua tese, foi colhido na zona de que é natural e que, por acaso, é a maior concentração de antas do Alentejo e, eventualmente, da Europa.

Munido de cartas do Serviço Cartográfico do Exército, ele lançou-se à «aventura», rigorosamente controlado pela razão de tentar estabelecer alinhamentos.
Escolheu os dois maiores cromeleques a nível nacional e da Península, o de Almendres e o de Xerez, que ficariam no extremo de uma linha recta. Acontece que, exactamente no centro dessa recta, aparece uma rocha com decorações pré-históricas (inscrições ainda por decifrar?), a chamada, pela arqueologia, «rocha das covinhas».
A meio de cada uma das «metades» assim constituídas, surgem, por sua vez, localizados outros dois cromeleques ou recintos megalíticos de extraordinária importância - Chaminé e Perdigões.
Mais: prosseguindo em linha recta, até à península de Lisboa, vamos «esbarrar» no único recinto megalítico conhecido nesta península: o cromeleque da Barreira (Odrinhas - Sintra).

O «AXIS MUNDI» DE UM ESPAÇO SAGRADO

E pronto: o trabalho do arqueólogo é verificar o verificável. Quanto às interpretações destes factos, no mínimo «inquietantes», outros que as tirem.
Por isso, Manuel João Calado propõe «modelos explicativos» que permitam «uma aproximação científica capaz de esclarecer aquele fenómeno», levando-nos a perguntar:
Destinar-se-iam os menires e cromeleques a orientação astronómica?
Seria um alinhamento em função da geologia? Ou em função dos solos?
Ou tratar-se-ia de uma «implantação em função de caminhos naturais»?
Ao falar da «função simbólica» dos menires, em estreita relação com os referidos alinhamentos, o investigador socorre-se do prestigioso Mircea Eliade, que os interpreta como elementos da «organização religiosa do espaço, centrada nos pilares sagrados, considerados como um «axis mundi», isto é, como «uma espécie de omphalos (umbigo) ou centro do mundo», «ordenando o caos e organizando o espaço».
Sem isto e como Mircea Eliade também relata, a vida não seria possível, e se esses «axis mundi» se perdessem, por catástrofe ou acaso, morreriam os povos que à sua «sombra» se tivessem implantado.
Daí que a questão da cronologia seja tão importante, neste caso, apesar de a arqueologia estar, até agora, desatenta:

«Não se têm assumido - declara Manuel João Calado - as implicações de uma tal leitura, isto é, que os organizadores do espaço, os menires, participam de um certo ritual de fundação e são, portanto, anteriores às outras manifestações de ocupação de um dado espaço que lhes estejam associadas.»

Conclusão lógica do investigador:

«Os menires poderiam, assim, representar os primeiros momentos da ocupação da região pelas gentes megalíticas, desempenhando, enquanto elementos definidores do espaço, um papel de aproximação/identificação "semelhante" ao dos padrões dos descobrimentos.»
Em relação ao alinhamento traçado pelo investigador, o recinto megalítico do Xerez (Monsaraz) localiza-se na cota mais baixa, enquanto o do Almendres, no extremo oposto, se situa na cota mais alta.
A linha recta estabelecida entre os mais importantes cromeleques do Alto Alentejo - Xerez e Almendres - significa apenas o ponto de partida para uma linha de investigação que pode levar a ciência arqueológica a novas e surpreendentes descobertas.
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(*) Esta entrevista realizada por Afonso Cautela, foi publicada no jornal «A Capital» , 18-5-1990

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

FRACÇÃO DE SEGUNDO

MEMÓRIA DA AVENTURA HUMANA

De um grande amigo, guardo hoje esta mensagem que recebi em 2.2.2006:

««Um pensamento pessimista que me veio outro dia: dizem os entendidos, sobre questões do processo do morrer, que nós, antes de morrermos, recordamos numa fracção de segundo antes toda a nossa vida, como que condensada no último suspiro de vida. Ora veio-me a ideia de uma analogia com a Humanidade. Actualmente, a memória da aventura humana sobre a Terra está a ficar super-condensada em gigantescos bancos de dados, dos quais a Internet talvez seja o maior. Ora, será que a Humanidade está a recordar condensadamente o seu percurso sobre a Terra... antes de desaparecer? Analogia aterradora! Mas veio-me ao pensamento num dia destes.»»