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quinta-feira, 17 de Julho de 2008
FILTRANDO SERGE HUTIN: À PROCURA DO GRÃO NO MEIO DA PALHA
[MARCA AMARELA PARA PALAVRAS-CHAVE]
«A alquimia é o conhecimento das leis da vida no homem e na natureza, e a reconstituição do processo pelo qual esta vida, adulterada (?) aqi na Terra pela queda adâmica, perdeu e pode recuperar a sua pureza(?), o seu esplendor (?) , a sua plenitude e as suas prerrogativas primordiais: o que no homem moral se chama redenção ou regeneração (?); reintegração no homem físico (?); purificação e perfeição na Natureza; enfim, no reino mineral propriamente dito , quintessenciação [ o problema da quintessência consistia em extrair de cada corpo as suas propriedades mais activas] e transmutação».
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«O objectivo da Alquimia assentava também na verificação de uma queda, de uma degenerescência(?), de uma degradação dos seres da natureza
(Hutin, página 16)
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«A Pedra filosofal dava ao adepto a excelência iluminativa (?), física e moral, a felicidade perfeita (??) , a influência sem limites sobre o universo, a comunhão com a causa primeira. Encontrar a Pedra filosofal era descobrir o absoluto, a verdadeira razão de ser de todas as existências, possuir o conhecimento perfeito (gnose)»
(Hutin, 17)
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«O que é a Alquimia?
Esta palavra abrange cinco aspectos:
1. Uma doutrina secreta, a filosofia hermética;
2. Teorias (?) que se poderiam qualificar de «científicas» sobre a constituição da matéria
3. Uma arte prática, cujas finalidades principais são a transmutação dos metais e a medicina universal;
4. Uma mística;
5. A Ars Magna, curiosa aliança de misticismo, de aspirações religiosas (?), de teosofia e de processos práticos, espécie de síntese dos aspectos precedentes.
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«O Papado condenou por várias vezes a arte de Hermes: assim foi que João XXII, papa de 1316 a 1334, lançou uma bula de excomunhão contra os que cultivassem a arte alquímica (...) e a Inquisição queimou um certo número de alquimistas. »
(Hutin, 24-25)
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«O que, no mais alto grau caracterizava o alquimista, era a paciência.»
(Hoefer, )
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«O aspirante devia seguir o adágio: lege, lege, relege, ora, labora et invenies (lê, lê, relê,reza, trabalha e encontrarás.»
(Hutin,26)
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«o Tarot chamado igualmente Livro de Tote»
(Hutin, 31)
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«Os alquimistas (...) utilizam o anagrama, o enigma, o acróstico: assim a Pedra filosofal é designada pela palavra Azoth, formada pela letra inicial comum a todos os alfabetos, seguida da última letra dos alfabetos latino, grego e hebraico – o que significa que a Pedra é princípio e fim de todos os corpos (?).»
(Hutin, 37)
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«A queda de Lúcifer, como o pecado original, simbolizam a corrupção dos metais vis.»
George Ripley, in Livro das 12Portas)
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«O deus egípcio Tote, que os gregos assimilaram ao seu Hermes, era escriba dos deuses e divindade da sabedoria. Tote-Hermes era o conservador e o transmissores da tradição.(...)
«Os alquimistas consideravam Hermes uma personagem humana, um rei antigo, inventor das ciências e do alfabeto, o primeiro sábio.»
(Hutin, 44)
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«A Opus alquímica era o esforço do homem salvador que se aplicava à alma universal divina, adormecida na matéria à espera de ser libertada.»
(Hutin, 46)
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«Segundo a lenda, os Chineses teriam praticado a Alquimia desde 4.500 a . C . . Mas foi o tauismo , doutrina atribuída a Lao-Tseo (por volta de 600 a . C . que a partir do século III da nossa era, deu origem a investigações desta ordem. O tauismo distingue dois princípios complementares : o yang e o yin.»
(Hutin, 47)
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«A Babilónia desempenhou um papel de primeiro plano e nada melhor podemos fazer do que citar estas linhas de René Berthelot, na sua obra «O Pensamento da Ásia e a Astrobiologia»
(Hutin, 49)
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«O Hermetismo, forma especial de gnose pagã, compreendia uma literatura muito ramificada, consagrada a assuntos muito diversos (astrologia e outras ciências ocultas (?), doutrina filosófico-religiosas, etc) apresentada como revelações e não como descobertas. (...)
«Tote conservou o seu papel tradicional e em seu nome se desenvolveu uma nova literatura, em grego.»
«A partir do segundo século , os textos herméticos multiplicaram-se (?) e o número de escritos atribuídos a Hermes era, no dizer no neoplatónico Jamblico (no seu livro sobre os «Mistérios») de mais de vinte mil volumes (???).
«Entre as obras que nos chegaram , há uma série de obras filosofico-religiosas agrupadas numa colecção chamada Corpus Hermeticum. É uma série de diálogos entre personagens divinas (Hermes, Ísis, Hórus, etc.) incidindo sobre a natureza de Deus, a origem do mundo, a criação e a queda do homem, a iluminação divina como único meio de salvação. Estas obras, principalmente o Poimandres não deixaram de ser comentadas até ao século XVII.»
(Hutin, 52)
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«O fim da Grande Obra é para o Adepto desembaraçar-se, quando quiser, da carne corruptível sem passar pela morte» ?
(Jacob Boheme, Revelação Alquímica)
«O Adepto, livre das contingências e dos acidentes da experiência terrestre (moralmente e fisicamente purificado), dotado pela pedra filosofal do verdadeiro «corpo celeste», dispõe do triplo apanágio do conhecimento, do Poder (?) e da Imortalidade (?). Comunica com Deus e identifica-se com ele. É salvo ainda nesta vida e não terá necessidade, como o comum dos mortais, de ser julgado no fim dos tempos. Se fica na Terra, dotado de poderes sobrenaturais (tornar-se invisível, deslocar-se rapidamente a qualquer parte à sua vontade, compreender e falar todas as línguas, curar o doentes, etc.) (...) é porque ele percorrer o mundo com o fim de auxiliar os outros homens (?) a atingir a sua salvação (???) e a velar ciosamente sobre a pureza (?) da tradição.
(Hutin, )
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«Mas atenção aos Evangelhos: «Muitos os chamados mas poucos os eleitos.»
(Robert Fludd, in «Tractatus theologo philosophicus»
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«O objectivo da Alquimia não será plenamente realizado senão quando o universo estiver salvo. Não há diferença entre o nascimento eterno (?) , a reintegração e a descoberta da pedra filosofal. Como tudo saiu da eternidade, tudo deve voltar a ela da mesma maneira.»
(Jacob Boehme, in «De signatura Rerum»)
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«Os alquimistas supunham que os metais eram vivos.»
(Hutin, )
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«Tu és a própria matéria da Grande Obra.»
(Guillot de Givry)
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«A transmutação aplica-se ao universo inteiro: o adepto esforça-se por regenerar (?) o mundo, que o homem pecador (?) arrastou consigo na queda. Torna-se o salvador da humanidade sofredora e do cosmo decaído. »
(Hutin, 147)
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«A palavra adepto tem 3 significações:
1. Pode significar o homem cujas investigações dizem respeito à alquimia
2. Os adeptos são os verdadeiros alquimistas, por oposição aos empíricos ou sopradores
3. Adepto é o alquimista que descobriu a pedra filosofal : é o grande iniciado, o rosa-cruz no sentido místico do termo.
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1-2-postulados-14-hutin-st> quinta-feira, 17 de Julho de 2008
Note-Book AC
FILTRANDO O SERGE HUTIN: UMA OPERAÇÃO DE DESTILARIA
A salvar alguns postulados básicos para definir via iniciática (gnose iniciática? Cura Iniciática?)
De toda esta trapalhada (nomenclatura) que se debita à volta da palavra «Alquimia», vamos retirar (tentar destilar) o que, de toda esta trapalhada, se poderá salvar:
As fases alquímicas
A homologia do ADN e alquimia (Diagrama 14)
O valor vibratório do Mutus Liber e outras imagens alquímicas escolhidas
A simbologia universal apontada por Carl Jung
Os arquétipos decorrentes dos símbolos (e vice-versa)
Os postulados básicos que se podem concluir destes símbolos e destes arquétipos
A máxima decorrente: aprender é recordar o que (com a Queda adâmica) esquecemos
Os princípios filosofais da criação e a (energia da) pedra filosofal
Na melhor das hipóteses, dessa nomenclatura há a salvar o que foram nomes dados às energias.
Caso mais relevante: sempre que se falar em pedra filosofal, subentende-se «energia da pedra filosofal»: o grande equívoco histórico foi ter-se levado à letra a palavra «pedra», o que se deve, como alibi, à era de Peixes e ao primado da matéria sobre o Espírito.
[ ver lista da série de files ee-> ]
Mais uma vez se trata de regressar à fonte original (Egipto, Taoismo e Mayas) , passando por alto as «falsas» fontes historiadas por Serge Hutin e que retransmitiram a informação recebida da fonte, da única fonte fidedigna (os chulos da sabedoria original) :
- escolas de mistérios
- princípio único taoísta
- cosmogonia maya
De todas as designações, talvez «Ars Magna» seja a que serve para incluir as 12 ciências sagradas: logo a seguir a Gnose, a que só há que juntar o adjectivo à escolha: «vibratória», é uma hipótese. Mas será?
Gnose, em qualquer caso, é sempre preferível a qualquer «logia», sempre ligada à ciência ordinária e profana.
O maior progresso da Alquimia da Vida foi ter posto o incómodo e perigoso Atanor no ADN molecular e a alquimia de laboratório (perigosa por causa das explosões) no metabolismo e na alquimia alimentar (via minerais e oligoelementos).
Curioso que a Oligoterapia não apareça no Jean Noel Kerviel ao lado da Homeopatia e da Acupunctura, sistemas que ele considera compatíveis com a RA (Radiestesia Alquímica), com a AV(Alquimia da Vida)
«Que todas as faculdades que estão em mim celebrem o Todo e o Uno» diz Hutin : O Todo e o Uno é a grande heresia do nosso tempo, digo eu.
Crença e Fé são duas palavras ausentes da nossa «Ars Magna»/«Alquimia da Vida»
Sublimação alquímica (uma das fases) faz todo o sentido no nosso método
Contemplação, ascese, purificação e regeneração, na nomenclatura de Hutin, são outras tantas palavras ausentes do nosso léxico básico e essencial
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Continuando a transcrever Hutin, um pouco ad hoc:
(marca amarela para nomenclatura a guardar)
«Ars Magna é a união em Deus pelo êxtase (?)
«Libertação das forças cegas do destino
«Transmutação do ser ilusório em real
«Acesso à eternidade (sem confundir com imortalidade)
«Como do ser humano se pode fazer um deus ( ou super homem) ?
«O homem é a matéria da Grande Obra de que o verbo divino é o Alquimista (?) e o Espírito Santo o fogo secreto
«A transmutação dos metais é acessória em relação à obra principal (Ergon)
«O adepto pratica simultaneamente a obra mística e a obra física
«Todos os seres do Universo estão entre si numa relação simpática porque todos emanam do mesmo ser, todos se ligam (por um fio misterioso?) à mesma Providência
«A graça deve descer sobre o Adepto»
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1-2- postulados-15-hutin-st>
FILTRANDO SÉRGIO HUTIN: LÉXICO & LIXO / ALGUM GRÃO NO MEIO DA PALHA
Justiça se faça: a radiestesia veio pôr (alguma) ordem em toda esta balbúrdia...
À procura das 12 ciências sagradas?
ADEPTO VERDADEIRO
ADEPTOS
ALQUIMIA MÍSTICA
ALQUIMISTA «NEGRO»
APREENSÃO MÍSTICA DA DIVINDADE
ARS MAGNA
ARTE ALQUÍMICA
ARTE HERMÉTICA
ARTE REAL
ASCESE ALQUÍMICA
CRISTIANISMO INICIÁTICO
DOUTRINA HERMÉTICA
DOUTRINA LUCIFÉRICAS
ELABORAÇÃO DA PEDRA FILOSOFAL
ESPÍRITO UNIVERSAL
FILOSOFIA HERMÉTICA
FILOSOFIA SECRETA
FILÓSOFOS HERMÉTICOS
FILÓSOFOS QUÍMICOS
GRANDE OBRA
GRANDES INICIADOS
IGREJA ESCONDIDA DOS ELEITOS
IRMÃOS ROSA CRUZ
MEDICINA DOS 3 REINOS
MEDICINA UNIVERSAL
MILENARISMO
MUDAR O CHUMBO EM OURO
NÃO-INICIADOS
NEW AGE
OCULTISMO
OPUS ALQUÍMICO
OURO ESPIRITUAL
OVO FILOSÓFICO
PANACEIA UNIVERSAL
PODERES MÁGICOS
PRÁTICAS MÁGICAS
PROCURA DA PEDRA FILOSOFAL
QUEDA ADÂMICA
QUINTESSÊNCIA
RELIGIÃO DE MISTÉRIO
ROSICRUCIANISMO
SOPRADORES
TEORIAS ALQUÍMICAS
TEÓSOFOS DE ALEXANDRIA
