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Revisão:domingo, 30 de Novembro de 2003
8/6/1995
À PROCURA DE UM NOVO PARADIGMA EM CIÊNCIAS HUMANAS: A LINHAGEM DOS DEUSES E A DÉMARCHE HOLÍSTICA
8/6/1995- A big questão dos diversos contributos de sistemas culturais não é tanto o seu valor intrínseco - após séculos de minimização sistemática pelos modelos da cultura dominante, totalitária e colonizadora - (embora o seja também), mas a sua origem, a sua fonte, a sua linhagem.
Da linhagem ininterrupta dos deuses se reclamam os principais sistemas, como, por exemplo, o budismo tibetano.
É aí que está, de facto, a grande questão para saber que sistema é hoje suficientemente poderoso para constituir alternativa absoluta ou o guindaste que nos tira do atoleiro.
O naif de algumas culturas como os Dong do Mali, estudados por Teresa Vergani, no seu livro «Os Excrementos do Sol» é um contributo mas não é um contributo alternativo.
Só um sistema que nos ensina, na teoria e na prática, a religação ao sagrado, a forma técnica de aceder à lei cósmica e o modus faciendi de vibrar em consonância com ela, nos pode retirar do imenso Atoleiro moderno.
Os sistemas que não são, portanto, «atrasos de vida» (e há centenas) são, no seu melhor, incompletos. E os extremos de autodestruição a que a lógica da era dos peixes nos conduziu, só podem ter saida com um sistema capaz de superar essa lógica
SOFISMAS EM CIÊNCIAS HUMANAS
Em Ciências humanas, há um sofisma central:
Num 1º tempo, foi a dominação totalitária da cultura ocidental sobre tudo o que se encontrava na sua órbita colonizadora, escravizante e etnocida
Num 2º tempo, a ciência, tomada de má consciência, decidiu mostrar-se anti-colonialista e resolveu debruçar-se sobre aquilo que anteriormente tinha ajudado a mandar chacinar
Num 3º tempo, a ciência etnocida decide esmagar-nos outra vez com a diversidade: tudo então é bom, desde o naif dos «povos primitivos» aos grandes sistemas do sagrado como o budismo tibetano, a kaballah, o ayurveda, a taoísmo, o sufismo, etc.
Num 4º e último tempo que vai ser já depois do ano 2000, vamos aprender a (rigorosamente) distinguir as ciências profanas das 12 ciências sagradas e aí, sim, hierarquizar, a importância e o valor relativo de todas elas, dos vários sistemas de coerência.
E, provavelmente, vamos encontrar, na fonte de toda a civilização, aquilo que a civilização tem omitido: O continente da Lemúria ou Mu.
O Naif é óptimo - mas pode servir para prorrogar a ditadura totalitária da perspectiva ocidental. Como se percebe, por exemplo, do sr. Fritjof Capra e de outras démarches holísticas, alegadamente bem intencionadas.
MÍSTICA E MAGIA OPERATIVA
Uma das diferenças entre um sistema Naif e um sistema cultural elevado, é que o Naif não sai da esfera da prática mística ou «extática».
O chamanismo, por exemplo, é uma excepção das chamadas culturas primitivas - porque é uma iniciação, diferenciada do «êxtase» místico.
Mas a maior parte da magia e da feitiçaria africanas, não partilham esse aspecto iniciático e por vezes nem sequer o místico. Não podem ser, à conta de diversidade cultural, postas no mesmo pé.
A magia operativa, aliás, está no centro da questão e é fundamental para se poder decidir entre uma cultura de determinado nível vibratório e outro de nível indiscutivelmente inferior.
Porque sem hierarquia de níveis vibratórios não existe civilização nem cultura. Nem sequer vida. E essa hierarquia tem que ser respeitada, para que haja cultura, civilização, vida.
E quem diz hierarquia diz linhagem.