quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

IDEIAS AC 2012

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A Fundação Bial e o seu presidente Luís Portela, que há anos entrevistei para «A Capital», continua fiel à sua simpatia pela chamada «parapsicologia». Não gosto do nome mas a intenção é boa. Que siga a fazer congressos «aquém e além cérebro». Antes assim que pior.

««In «portugal diário», 2006/03/31 | 19:21

««TEMOS UM SEXTO SENTIDO?/ PARAPSICOLOGIA: O PAPEL DA MEMÓRIA NA RECEPÇÃO EXTRASENSORIAL

«O 6.º Simpósio «Aquém e Além do Cérebro», que a Fundação Bial está a realizar no Porto, e que reúne especialistas nas áreas das Neurociências e da Memória, aborda este sábado temas como o papel da memória e da emoção no testemunho de experiências intuitivas, se é verdade que temos mesmo um «sexto sentido» ou se as experiências excepcionais podem produzir relatos verídicos.

Durante a sessão deste sábado, Richard S. Broughton falará sobre o papel da memória e da emoção em experiências anómalas e a forma como o sistema emocional influencia as imagens da memória e as alucinações durante a vigília que frequentemente são interpretadas como originadas por um «sexto sentido». Este investigador de Psicologia na Universidade de Northampton, Inglaterra, procurará também discutir qual o papel da memória na capacidade de intuição.

A última sessão de trabalhos do simpósio é subordinada ao tema «Memória e a Parapsicologia» e abordará diversas perspectivas sobre o papel da memória na investigação parapsicológica experimental e em experiências paranormais.

Caroline Watt, da Universidade de Edimburgo, será responsável pela coordenação da sessão que contará com a participação de John Palmer e Rex Stanford. Este último cientista analisará a influência que a memória tem na capacidade de recepção de informação de modo extrasensorial.»»
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in «região de leiria», 1-4-2006

FUNDAÇÃO BIAL FINANCIA CADEIRA DE PARAPSICOLOGIA EM EDIMBURGO

A Fundação Bial vai apoiar financeiramente a cadeira de parapsicologia da Koestler Parapsychology Unit da Universidade de Edimburgo , anunciou hoje Luís Portela na inauguração do simpósio Aquém e Além do Cérebro, no Porto.
O presidente da farmacêutica Bial, que, em conjunto com o Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, criou a Fundação Bial, adiantou que este apoio durará três anos e foi concedido "excepcionalmente" em honra do fundador daquela cadeira, Robert Morris, considerado um dos "pais" da parapsicologia mundial.
A noite de arranque do simpósio, nesta edição dedicado à memória, foi marcada quase em exclusivo pela homenagem a Morris, colaborador durante anos da Fundação Bial, como recordou Luís Portela.
Recordando que conheceu Robert Morris no primeiro simpósio Aquém e Além do Cérebro, em que aquele investigador foi orador, Luís Portela descreveu a colaboração que desde então manteve com a Fundação Bial, "viajando frequentemente de Edimburgo ao Porto para participar em reuniões" e deslocando-se mesmo a algumas universidades portuguesas, como a do Minho ou a Fernando Pessoa.
A morte repentina de Robert Morris, aliada à diminuição dos donativos e bolsas concedidos à cadeira de parapsicologia da Universidade de Edimburgo, Reino Unido, levou a Fundação Bial a conceder um apoio financeiro por três anos, de mo do a permitir à sua equipa directiva reorganizar o curso e conseguir formas próprias de financiamento.
A única condição que a Fundação colocou foi a de que a cadeira passe a chamar-se "Robert Morris Chair in Parapsychology".
Luís Portela anunciou ainda que arranca segunda-feira o período para candidaturas a uma nova edição de bolsas da Fundação Bial, vocacionadas para projectos de investigação portugueses ou estrangeiros nas áreas da parapsicologia e psicofisiologia.
Com valores entre os cinco e os 50 mil euros, as bolsas, normalmente lançadas de dois em dois anos, já apoiaram, desde que foram criadas, 648 cientistas de 21 países, agrupados em 205 equipas de trabalho.
Até sábado, cerca de 20 cientistas e investigadores de vários países apresentam no auditório da Ordem dos Médicos no Porto as últimas descobertas sobre a memória aos cerca de 300 congressistas inscritos no simpósio. A abordagem do tema foi dividida em três painéis, o primeiro dedicado aos processos básicos e moleculares de criação da memória, a sua ligação a experiências excepcionais e a análise da existência ou não de fenómenos "psi", ou parapsicológicos.»»
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in «correio da manhã», 2006-03-31 - 00:00:00

«SIMPÓSIO DO CÉREBRO - ESPERANÇA PARA MALES DA MEMÓRIA

Luís Lopes/Porto - António Rilo?

ALCINO SILVA GRANJEOU ADMIRAÇÃO DA COMUNIDADE CIENTÍFICA

«Mais conhecido nos Estados Unidos do que em Portugal, o investigador Alcino Silva tem dedicado os últimos anos ao estudo do funcionamento da memória. O desafio em que se envolveu apaixonadamente foi o de perceber os mecanismos moleculares do cérebro no processamento das memórias.

E concluiu que uma proteína que pode estar presente no córtex cerebral (alfa-CaMKII) parece estar envolvida na conversão das memórias de curta duração em longa duração.

“Na memória recente, o hipocampo tem um papel fundamental, correspondendo à memória RAM de um computador. O córtex, neste caso, será o disco rígido, onde se armazena a de longo prazo”, resume o cientista ao CM, pouco antes da palestra que trouxe ao Simpósio da Bial Aquém e Além Cérebro a decorrer no Porto, na Casa do Médico, dedicado à ‘Memória’.

As descobertas da equipa chefiada pelo neurobiólogo português radicado em Los Angeles sugerem novos métodos para o tratamento de transtornos da memória, incluindo a doença de Alzheimer.

A sessão desta noite é aberta a todo o público, que pode colocar questões aos cientistas.

APRENDIZAGEM COM ESTATINAS

Há um medicamento que pode reverter defeitos cognitivos que causam dificuldades de aprendizagem. A solução poderá estar nas estatinas, uma classe de drogas há muito utilizada na redução do colesterol. A equipa de Alcino Silva descobriu que as mutações de um gene poderão ser a causa do problema para esse defeito, chamado de NF1.

Ratos geneticamente alterados para ter o mesmo defeito que o NF1 humano a quem foi fornecida uma dose de estatinas melhoraram significativamente a sua capacidade de atenção.

“Os testes em humanos estão a ser realizados na UCLA, Roterdão e Washington e dentro de um ano e meio ou dois teremos resultados seguros. Poderemos, eventualmente, obter um fármaco eficaz para um problema que afecta uma em cada 20 crianças dentro de cinco ou seis anos”, disse ao CM o cientista.

Alcino Silva considera que as drogas devem ser só utilizadas para as doenças. “Para os outros, o estímulo da memória faz-se com exercício físico e intelectual e oito horas de sono diárias.”

PERFIL

Alcino Silva nasceu em 1961 no lugar de Vimieiro, Sande, Marco de Canaveses. Foi para os EU em 1978, onde casou com uma americana de quem tem dois filhos, de 16 e 19 anos. É professor no departamento de Neurobiologia, Psiquiatria e Psicologia da Universidade da Califórnia, LA.
Luís Lopes, Porto»»

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