quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

IDEIAS 2012

1-2-brown -1> bio-net - informação em ciências da vida - sebenta nova naturologia

DA ECOLOGIA ESTRITA À ECOLOGIA ALARGADA

15/5/1999 - A interacção e/ ou interdependência do ser vivo com todo o meio ambiente que o rodeia e com o qual constitui uma unidade indissociável, é uma descoberta recente da ciência biológica. Apesar de óbvia, é uma descoberta recente.
A pouco e pouco, outra ciência teve que ser reconhecida e deu-se-lhe o nome de Ecologia, em que o ser vivo é estudado em relação com os outros seres vivos e com o meio ambiente.
A visão macroscópica e holística levou tempo a impor-se mas acabou por ser reconhecida, pelo menos teoricamente.
Mas a ecologia, mesmo a que reconhece teoricamente a interacção e interdependência de todos os factores, continuou truncada.
O conceito de meio ambiente ficou circunscrito ao ambiente físico, como se o ser vivo estivesse desligado de outros níveis de realidade.
Aquilo que algumas tradições culturais sabiam desde há milénios - a inter-relação entre Macro e Microcosmos - a ciência moderna tarda em conhecer e teima em não reconhecer.
A Ecologia só terá sentido, porém, quando for uma Ecologia alargada, que inclua não só o meio atmosférico, o meio calórico, o meio bioquímico, o meio geoquímico, o meio geográfico-telúrico, o meio psicosocial mas o meio cósmico de que todos os outros dependem.
Note-se que a Cronobiologia moderna( uma forma de ecologia alargada) deve-se ao estudo do comportamento animal, quando a Etologia descobriu que uma ampla gama de espécies, animais e plantas, eram capazes de «saber» os períodos do dia, as marés, os meses e inclusive os anos.
Admitir que o organismo continha em si um sistema cronométrico independente - que lhe dava informações sobre o tempo - era, apesar de tudo, menos «perigoso» do que admitir, como diz o professor de Biologia Franz Z. Brown, que «os organismos recebiam informação oculta sobre o tempo.»
Segundo Franz Z. Brown, professor de Biologia da Northwestern University , Evaston, Illinois, seria abrir uma «caixa de Pandora» e lançar sobre a biologia problemas insolúveis.
O medo aos «problemas insolúveis» suscitados por uma visão macroscópica da vida explicará, sem dúvida, que se tivesse chegado aos extremos absurdos da visão microscópica actual e que só no final do século XX tivéssemos uma ciência chamada ecologia, embora a Ecologia Humana continue a ser tabu e a Ecologia Alargada (Cosmobiologia) continue no limbo da total e imensa ignorância.
A investigação holística do (cada vez mais) global é retardada, enquanto a hiperanálise continua a ser levada a extremos patológicos e perversos, afogando com a quantidade de dados (e com a inflação das nomenclaturas técnicas) a qualidade do conhecimento científico.
No mínimo, a Nova Naturologia exige tanta atenção à síntese como à análise.
A inter-relação , a interacção e a interdependência que fazem a trama da vida têm que ser respeitadas, se é da vida e das ciências da vida que se trata.
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(*) Franz Z. Brown, professor de Biologia da Northwestern University (Evanston, Illinois) é autor do prólogo ao livro «Los Relojes Cosmicos», de Michel Gauquelin, Ed. Plaza & Janes, Barcelona, 1970. O livro foi publicado originalmente em inglês com o título «The Cosmic Clocks».
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8 de Outubro de 2004

NÃO ME TIREM O TAPETE

Num tempo-e-mundo de permanente e crónica instabilidade, num tempo e mundo caótico onde a agulha de todas as bússolas foi partida, num tempo-e-mundo onde se perdeu o rumo do caminho, porque se rasgaram os mapas e os pontos cardiais deixaram de existir, num tempo-e-mundo sem norte, sem sul, sem leste e sem oeste, mas principalmente sem estrela polar - a Radiestesia Holística de Etienne Guillé apareceu-me , em 1992, como o caminho possível, onde e através do qual seria possível refazer os pontos cardiais, e restaurar os mapas que nos orientem, a estrela polar que nos permita caminhar mesmo de noite.
A grelha das letras era essa garantia de mapa e essa estrela polar que nos orientava no caminho. O caos e a confusão continuariam enquanto a era do aquário não desse definitivamente lugar à era dos peixes : mas já era possível abrir caminho através do caos e da confusão deste tempo-e-mundo.
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Com a novidade introduzida pela «liberalização» da grelha - cada qual «pode» e «deve» ter a sua - foi-se o mapa, foram-se os pontos cardiais e a estrela polar voltou a apagar-se, desapareceu do céu estrelado.
E nada então nos garantia que outras referências colhidas em Etienne Guillé fossem também, na primeira altura, alteradas.
Tirarem-nos a grelha estável (estável não tem nada a ver com cristalização ou estagnação) era como se nos viessem agora dizer que a «matéria viva não é regida pela neguentropia» , quando um dos fundamentos que Etienne nos transmitiu foi exactamente este:
«Nós sabemos agora que a matéria viva é regida pelas leis da neguentropia , criadora de ordem (...).»
Ou «a matéria viva é também caracterizada pela propriedade de emergência: as propriedades de um conjunto determinado a um nível hierárquico específico, são mais elaboradas que a soma das propriedades dos diferentes compostos do sistema considerado.»
Alterar ou inverter este postulado é voltar ao ponto zero, é voltar ao caos do tempo-e-mundo antes do advento da gnose vibratória.
Outro postulado proposto por Etienne Guillé para nos ajudar a fazer face à entropia deste tempo-e-mundo de caos e confusão é assim descrito na sua obra «Le Langage Vibratoire de la Vie», Ed. Du Rocher, 1990, página 16:.
Segundo Etienne Guillé não é possível avançar na pesquisa da verdade , se o sistema (científico) vigente «continuar a utilizar as características dos sistemas fechados para explicar os dados termodinâmicos da matéria viva, quando esta, de facto, troca matéria e energia com o ambiente e é portanto um sistema aberto.»
Mas, na mesma obra, Etienne Guillé propõe um terceiro postulado «revolucionário», no sentido em que ajuda à viragem de paradigma a que toda a sua obra conduz.
Ele critica o «uso sem discernimento do raciocínio linear dedutivo para tentar compreender as relações causa-efeito existentes num sistema determinado».
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Estes três postulados, creio, são o que Etienne chama a «ciência alargada». Mas é na obra em que ele volta a insistir, como condição sine qua non, na «ciência alargada» e nestes três postulados, é precisamente nessa obra («L'Homme et son Double», Ed. Accarias, L'Originel, Paris, 4º trimestre 2000) que propõe uma grelha das letras para cada um de nós, seus aprendizes : além dos postulados e da «ciência alargada», a grelha era a referência segura de uma prática pertinente e coerente, a certeza de se poder falar a mesma linguagem eterna e universal para lá e por cima de todas as babéis em que estamos mergulhados desde a Queda (41.000 mil anos, ou essa cronologia também foi alterada?).
A certeza de um «progresso» no caminho (da gnose vibratória) proposto por Etienne e de que não vejo mais nenhum que se lhe possa comparar.
A certeza de uma iniciação possível, segura, step by step, sem desperdiçar muito mais do tempo terreno que nos reste.
De um ponto de vista prático (e gnose sem prática não existe) , recuámos - os que o seguíamos como método condutor e seguro de iniciação - ao ponto zero, ou a antes do ponto zero.
O mais triste, para mim, desta situação (situação, quanto a mim, de impasse) é que Etienne não dá uma explicação plausível para a multiplicidade de grelhas, na obra já referida e que aborda o assunto das páginas 69 a 105.
Nem sequer, como acontecia na grelha de 12 direcções e três mundos (incarnação, manifestação e transcendente) nos diz se é possível e desejável a cada um de nós conseguir a grelha modelo do livro!...
Tão pouco nos ensinam o que é preciso trabalhar, como e por quanto tempo, para o conseguir .
Pelo menos, na antiga grelha das 12 direcções (a qual não sei que destino lhe dar que não seja o lixo) havia um horizonte do qual nos podíamos aproximar, step by step, mas evoluindo, tendo a noção (a consciência, pois para alguma coisa a consciência nos há-de servir!...) de que estaríamos a evoluir .»
E «evoluir» aqui é fundamental.
Porque sempre nos foi dito (e já nem sei se nos foi desdito...) que colocar as letras da grelha não era nem podia ser um trabalho inócuo, visto que colocar as letras na grelha implicava alterações (correctas, santo deus!) na conformação molecular (o que é visualizado pelo célebre diagrama que ocorre na página 76 da obra « L'Énergie des Pyramides et l'Homme» , Ed. L'Originel , Paris, 2º trimestre de 1989) .
Se querem, de facto, destruir a radiestesia e inutilizar todo o trabalho que tantos empreendem há uns anos a esta parte, é melhor dizerem-nos : colocar as letras na grelha não tem nada a ver com o «progresso» ortomolecular de cada um de nós. E afinal tudo se resume a um «entretenimento» sem consequências.
Ou, para evitar que nos «suicidemos», nos digam, afinal, o que sobrevive e se mantém, depois desta hecatombe, de todos os postulados ensinados por Etienne Guillé.
No mínimo que nos digam se a grelha das 12 direcções ainda serve para alguma coisa ou se já não serve para nada.
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Falando ainda dos postulados propostos por Etienne Guillé, não foi , com certeza, por acaso, que ele nos indicou a hipótese dos «dois códigos genéticos interdependentes a partir da organização dual das macromoléculas constitutivas da matéria viva.»
Não imagino mesmo que nos retirem este outro pilar do templo: O par SV/EV, no qual assenta todo o trabalho de gnose vibratória.
Algum sentido tinha a crítica de Etienne Guillé à «ciência actual» que «privilegia exclusivamente o estudo dos suportes vibratórios, quando o papel das energias vibratórias até já é largamente reconhecido pela mesma ciência moderna.»
Quando Etienne foi buscar o método geral de análise de sistemas ( L. Von Bertalanffy, Théorie Générale des Systèmes, Dunod (1980) ) não foi com certeza para nos divertir mas para nos dar mais um instrumento de trabalho que ajude a fazer inflectir o rumo de catástrofe em que o actual paradigma (científico?) nos induz.
Outro dado inamovível - e que garante a sustentação de todo o nosso trabalho na linha do conhecimento vibratório, é o que Etienne Guillé designa, sem medo, de «tradição primordial». E digo sem medo porque esta é a expressão usada, por exemplo, pelo budismo Nyingma , com o qual , aliás, a linha de Etienne tem poucas ou nenhumas afinidades.
E PARA COMPLETAR O CONJUNTO DE POSTULADOS DE BASE - OS FUNDAMENTOS DA OBRA, OS PILARES DO TEMPLO - QUE ETIENNE NOS PROPÕE EM 2 PÁGINAS DA OBRA «LE LANGAGE VIBRATOIRE DE LA VIE», TRADUZO AS ÚLTIMAS LINHAS DA PÁGINA 17 :
« NA MATÉRIA VIVA, NÃO HÁ APENAS DOIS CÓDIGOS GENÉTICOS INTERDEPENDENTES COMO NÓS PROPUSEMOS NO NOSSO PRIMEIRO LIVRO , HÁ DE FACTO DUAS HEREDITARIEDADES:
- A PRIMEIRA HEREDITARIEDADE É MATERIAL, QUER DIZER, LIGADA A UM ARRANJO DE NUCLEOTIDOS NO ÁCISO DESORRIBONUCLEICO DOS CROMOSSOMAS, E ELE É ACTUALMENTE ESTUDADA PELOS GENETICISTAS E OS BIOLOGISTAS MOLECULARES COM TECNOLOGIAS HIPERSOFISTICADAS ;
- A SEGUNDA HEREDITARIEDADE É DE TIPO VIBRATÓRIO ANIMANDO OS SUPORTES VIBRATÓRIOS DA MATÉRIA VIVA.

«ESTAS DUAS HEREDITARIEDADES COABITAM E PARTICIPAM NO FUNCIONAMENTO DOS SUPORTES VIBRATÓRIOS: O ADN E OS SEUS MILHÕES DE NUCLEOTIDOS AGRUPADOS EM FRASES CONSTITUINDO OS GRANDES CAPÍTULOS DO LIVRO DA VIDA...
«ENTÃO, RETOMANDO A DÉMARCHE ESBOÇADA NA PRIMEIRA PARTE DO LIVRO - À PROCURA DA LINGUAGEM CÓSMICA - NÓS DESCOBRIMOS MARAVILHADOS QUE OS COMPOSTOS DA HEREDITARIEDADE VIBRATÓRIA SÃO MUITO SIMPLESMENTE AS TRÊS UNIDADES DO SER VIVO DESCRITAS POR TODAS AS TRADIÇÕES DESDE A NOITE DOS TEMPOS : O ESPÍRITO, A ALMA E O CORPO.»

Espírito, alma e corpo visualizados no célebre diagrama que até ilustra a capa de uma obra de Etienne Guillé: «L'Énergie des Pyramides et L'Homme».
Com uma particularidade: a célebre grelha das 12 direcções é «apenas» a projecção na horizontal da quádrupla pirâmide corpo, alma e espírito.
O que alguém que saiba me dirá se é ou não importante para andar sempre a mudar.■

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