quarta-feira, 29 de outubro de 2008

PRÁTICAS 2012

1-1- ecoprat> - a-planos>
20.04.1998

PRÁTICAS PARA APRENDER EM UMA ESCOLA DE REALISMO

Como se alimentar no máximo com o mínimo de alimentos e dinheiro (macrobiótica)
como alimentar as crianças para não terem doenças ou defenderem-se melhor delas
como se defender em caso de ataque físico
como poupar energia vital
como reciclar materiais
como conservar alimentos sem frigorifico
como seleccionar e acondicionar lixos para uma Economia Global de Reciclagem
como organizar associações de educação popular, cooperativas, comissões de moradores
como utilizar embalagens saudáveis e dispensar as de plástico, alumínio, amianto e outros materiais prejudiciais à saúde
como poupar electricidade, gás, energia vital e energia da rede, como inventar alternativas de emergência aos sistemas monopolísticos de fornecimento público
como matar a sede quando não houver água
como sobreviver em tempos de escassez
como respirar quando o oxigénio rarear
como construir uma casa ecológica
como fazer greve geral à sociedade do desperdício
como desintoxicar-se de antibióticos e outras drogas pesadas
como defender-se do ruído e outras agressões do fascismo quotidiano
como utilizar a bicicleta e dispensar o automóvel
como armazenar água para o tempo da estiagem
como se faz uma cisterna, como se abre um poço, como se faz um furo artesiano
como fazer mobílias simples com pouco dinheiro e materiais acessíveis
como se tecem tapetes, mantas, alcofas, sacos, etc.
como se reconvertem moinhos de água, azenhas, lagares abandonados
como se constrói um palco, fazem marionetes, improvisam instrumentos musicais, desenham máscaras, pintam cenários, orientam debates para um trabalho de animação ecológica com crianças, jovens ou adultos
como pôr um penso, acorrer a uma ferida, reanimar um acidentado
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1-1 domingo, 19 de Janeiro de 2003
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AUTOSUFICIÊNCIA IMPLICA SOLUÇÕES ECOLÓGICAS E UMA CIÊNCIA DO MEIO CONCRETO (NÃO ABSTRACTA)

15/7/1978 - Alguma literatura contestatária acusando influência de um certo folclore anarco-comunitário, reclama-se da arquitectura ecológica, do forno solar fabricado à mão, da bicicleta como meio de transporte democrático, etc...
Não é mal intencionada essa literatura, e há uma bibliografia abundante que já fornece uma verdadeira «enciclopédia para o militante radical".
«Manual da Vida Pobre" ou "Manual para os Tempos Difíceis", estamos perante uma verdadeira enciclopédia do Militante, tal a abundância bibliográfica já fabricada, nomeadamente nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra.
Sem rejeitar esses contributos de boa vontade, há que notar, porém, o carácter fragmentário e de solução abstracta, universal, não ecológica que alguns desses receituários têm.
0 importante, nas soluções de vida unitária e comunitária, é que a ciência e a tecnologia nascem de uma prática que funciona em relação imprescindível com as características do meio biofísico, porque e enquanto funciona numa estratégia de auto-suficiência.
A solução abstracta, universal, concentracionária, da ciência ordinária, acaba, ao fim e ao resto, por tornar a vida (com )unitária dependente de importações várias, desde o material e as matérias-primas até ao utensílio, ao objecto, ao artefacto, até aos alimentos e ao vestuário.
A lição da ciência popular sobrepõe-se, assim, à lição que porventura nos possam dar brilhantes "manuais do tempo futuro", precisamente porque a ciência e a tecnologia populares nasceram de uma necessidade profunda de autosuficiência, a qual imprimia, portanto, às soluções uma inevitável marca ecológica, concreta, local.
Falar da civilização do granito é falar dessa intrínseca unidade entre autosuficiência de materiais, ecologia e (ciência ou) tecnologia popular.

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