1-1 domingo, 19 de Janeiro de 2003 - alternativas-2-aa-ie>
AUTOSUFICIÊNCIA IMPLICA SOLUÇÕES ECOLÓGICAS E UMA CIÊNCIA DO MEIO CONCRETO (NÃO ABSTRACTA)
15/7/1978 - Alguma literatura contestatária acusando influência de um certo folclore anarco-comunitário, reclama-se da arquitectura ecológica, do forno solar fabricado à mão, da bicicleta como meio de transporte democrático, etc...
Não é mal intencionada essa literatura, e há uma bibliografia abundante que já fornece uma verdadeira «enciclopédia para o militante radical".
«Manual da Vida Pobre" ou "Manual para os Tempos Difíceis", estamos perante uma verdadeira enciclopédia do Militante, tal a abundância bibliográfica já fabricada, nomeadamente nos Estados Unidos, na França e na Inglaterra.
Sem rejeitar esses contributos de boa vontade, há que notar, porém, o carácter fragmentário e de solução abstracta, universal, não ecológica que alguns desses receituários têm.
O importante, nas soluções de vida unitária e comunitária, é que a ciência e a tecnologia nascem de uma prática que funciona em relação imprescindível com as características do meio biofísico, porque e enquanto funciona numa estratégia de auto-suficiência.
A solução abstracta, universal, concentracionária, da ciência ordinária, acaba, ao fim e ao resto, por tornar a vida (com )unitária dependente de importações várias, desde o material e as matérias-primas até ao utensílio, ao objecto, ao artefacto, até aos alimentos e ao vestuário.
A lição da ciência popular sobrepõe-se, assim, à lição que porventura nos possam dar brilhantes "manuais do tempo futuro", precisamente porque a ciência e a tecnologia populares nasceram de uma necessidade profunda de autosuficiência, a qual imprimia, portanto, às soluções uma inevitável marca ecológica, concreta, local.
Falar da civilização do granito é falar dessa intrínseca unidade entre autosuficiência de materiais, ecologia e ( ciência ou) tecnologia popular.■
quinta-feira, 2 de outubro de 2008
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