última revisão: 25-12-2001
SUBLINHADOS DO GATO
Os egípcios tinham o poder de dar vida aos mortos, animar estátuas e exigir serviços dos deuses pela mera pronúncia dos seus nomes como palavras de poder. - E.A. Wallis Budge, in «A Magia Egipcia», pg 26
As práticas mágicas dos egípcios haviam passado para o Leste e encontrado ambiente favorável entre os judeus que viviam em Babilónia ou nos arredores. - E.A. Wallis Budge, in «A Magia Egipcia», pg 27
O próprio mundo passou a existir depois que Tot pronunciou uma palavra - E.A. Wallis Budge, in «A Magia Egipcia», pg 11
Aquele que escreve a respeito de segredos, de forma não escondida ao vulgo, é um louco perigoso. - Roger Bacon
O louco não é aquele que perdeu a razão, o louco é aquele que perdeu tudo menos a razão. - Chesterton
A (sociedade Golden Dawn) primeira revolta da alma contra o intelecto, mas não a última. - Yeats, membro da GD - (In «Os Livros Malditos», de Jacques Bergier)
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1-1 - lade-3>adn>listas> - notas de leitura
O CHAMADO «LIVRO DOS MORTOS» DO ANTIGO EGIPTO(*)
«Graças ao livro, o defunto poderia vencer todos os obstáculos - monstros, demónios, portas a abrir - dado o potencial mágico que este livro apresentava. Estes obstáculos persistiriam em aparecer, tentando barrar-lhe toda e qualquer tentativa de alcançar o Além, cruzar os 21 pilares, passar pela 15 entradas e cruzar as 7 salas esperando poder chegar até Osíris e os 42 juízes que iriam julgá-lo. Graças ao Livro, conheceria também o que iria salvá-lo. Os nomes dos deuses.»
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«O verdadeiro nome do «Livro dos Mortos» era «saída para (a luz de) o Dia». Sua primeira versão foi dada em 1842 por Ricardo Lepsius. Na verdade quem descobriu o «Livro dos Mortos» foi Champollion, arqueólogo francês que decifrou a pedra de Roseta, chave dos hieróglifos egípcios.»
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«Antes de opinar o que possa ser este livro, vamos a um pequeno resumo do seu conteúdo. Destinado a guiar a alma do defunto pelo Além, informa-nos que, logo após transpor a «Porta do Morte», se vê deslumbrada pela «plena luz do dia». Quando se encontrar refeita do susto, trata de retornar ao corpo que acaba de abandonar, embora as divindades encarregadas de guiá-la arrastem-na para longe do ataúde. Começa aí a dura e difícil caminhada para o Além: atravessa uma região de trevas, caminho difícil e frequentemente obstruído, onde faltam ar e água. A segunda etapa é a chegada ao Anenti, residência de Osíris, onde é julgada. Ali de pé ante o principal de seus juízes e com os braços erguidos, em sinal de adoração, fica ante o deus que, imóvel, enigmático, quase petrificado, contempla a alma que comparece ante ele. Atrás de si estão Ísis e Neftis, irmãs de Osíris. (Aquela, além de irmã, é sua esposa); defronte a esse triunvirato de deuses, o defunto pronuncia as palavras sagradas. Feito isso, a união mística já está realizada: sua alma e a de Osíris formam um único todo. Surge então uma dúvida: porque razão, na 3ª fase, o defunto vem ante o famoso tribunal de justiça presidido por Osíris, se este já uniu a sua alma à do morto?
«O comparecimento é conduzido por Horus ou por Anúbis, frente a um tribunal de 42 juízes. A deusa da Verdade-Justiça está presente, mas não toma parte no julgamento.
«Thoth é o escrivão : faz o defunto confessar não só o que fez mas o que deixou de fazer e Anúbis pesa em uma balança o seu coração. Também aqui se pergunta porquê, posto que o sacerdote, protector ou tutor espiritual do defunto na terra, caso sua alma não subisse ao Amenti, ameaçava «não deixar mais subir Ra no Céu» - o que significava o Sol não percorrer mais o Céu - o faria cair no Nilo, onde se alimentaria de peixes, quando estes estavam entre os alimentos impuros. No entanto, o livro afirma que, se a alma não fosse ao Amenti, seria enviada ao Duat, onde permaneceria por tempo não determinado.
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«(...) Tudo isso poderia ser conseguido através do Livro, em troca de um pouco de magia e de saber as palavras de potência, irresistíveis a deuses e demónios.»
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O Livro anuncia uma série de cataclismos cósmicos que culminariam na catástrofe bíblica, o ponto de partida da involução cósmica.
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(*)Luís Carlos Teixeira de Freitas, in «O Livro dos Mortos do Antigo Egipto», Trad. de Edith de Carvalho Negraes, Hemus
Léxico:
Palavras de potência = Palavras de poder
Shu = o que sustenta a abóbada celeste
Osíris = dupla inicial Lua-Sol
Ushebti
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AS FONTES EGÍPCIAS E A ÁGUA INQUINADA DOS ARQUEÓLOGOS
«O destino do homem é a eternidade»
In «Textos Sagrados das Pirâmides»
[Diagramas «egípcios»: 0, 1, 26, 36, 37, 39, 40, 41 ]
2/7/1995 - Se a bibliografia sobre Mu é praticamente inexistente (além do livro de James Churchward, nada mais se conhece), se a bibliografia sobre a Atlântida é dada, na sua maior parte, como fantasiosa, e a arqueologia oficial não a leva a sério nos seus desvarios, já sobre o Egipto a questão é outra.
Abunda a comida, a civilização não desapareceu, as pirâmides estão lá de pedra e cal, os hieróglifos também e os papiros bem guardados no Museu de Turim. A arte é esplêndida, os frescos fresquíssimos da costa e monumentos não faltam para alimentar a gula de turistas à tiracolo e dos outros turistas que são os historiadores, arqueólogos e estetas.
O Egipto foi e continua a ser o grande maná, um verdadeiro ver-se-te-avias. Só o Tibete se lhe compara em chulice internacional, à conta da Teosofia e arredores. Desde «A Maldição dos Faraós» contada por Philipp Vandemberg (Ed. Livros do Brasil) até à exploração desenfreada do simbolismo das pirâmides, que chega ser obscena em casos como o de Tomás d'Eça Leal, só a obra clássica do Abade Morée se distingue da vulgaridade (e do vampirismo) ou o notável documento sobre a eternidade que é livro de C. W. Ceram «Deuses, Túmulos e Sábios» (Ed. Livros do Brasil).
Dir-se-ia que o Egipto, tal como a bela adormecida, espera ainda o príncipe encantado que o desencante, o historiador e o método de investigação capaz de ler e penetrar em todos os seus mistérios, maravilhas e profundezas.
Esse príncipe encantado parece ter surgido com Etienne Guillé e o método da gnose vibratória por ele proposto.
CONFUSÃO DE DEUSES E DEUSAS OU ESCALA HIERÁRQUICA DE ENERGIAS?
Os textos sobre religião egípcia são, geralmente, assustadores. Para lá de não saberem rigorosamente nada da matéria que estão tratando - energias - tornam-se num cocktail ininteligível de historietas cruzadas umas nas outras, sem qualquer sentido, ao melhor estilo das telenovelas modernas.
Uma das conclusões a tirar, à luz da hipótese vibratória proposta por Etienne Guillé, é de que esses textos são um amontoado de iniquidades e de histórias anedóticas, em que a proliferação de nomes de deuses ajuda à total confusão e insignificância do que lemos.
A chamada mitologia egípcia, a julgar pelos autores que estamos consultando, seria um caos de nomes (que cada autor grafa de uma maneira), de lendas (que cada um conta a seu jeito), de falsos mitos (que cada um interpreta com o desvario que lhe é próprio), de ingenuidades (im)perdoáveis e primitivismos deploráveis.
Colocada a hipótese vibratória - os nomes de deuses são apenas nomes de energias - dois parâmetros se impõem:
a) o sistema egípcio de deuses é uma única e precisa descrição das energias cósmicas
b) é possível, em vez do caos, chegar a uma efectiva cosmogonia (talvez a única hoje acessível) e compreender que, à luz da hipótese vibratória, as energias se escalonam segundo uma hierarquias precisa e irreversível.
Os graus de parentesco entre deuses e suas filiações ou ascendências são apenas energias homólogas, análogas, antagonistas e as relações entre si que, para o vulgo, são contadas sob forma romanesca, como relações familiares, a telenovela da época faraónica, correspondem a relações numerológicas que só a ciência sagrada da Aritmosofia pode descodificar.
Provavelmente, trata-se aqui dos famosos 3 níveis de leitura da mensagem egípcia.
As energias contadas como «historietas da Carochinha» seria o primeiro nível de leitura, literal, e destinar-se-ia a entreter o povo rude, como hoje as telenovela.
Depois, um segundo nível de leitura, o nível simbólico, apenas acessível a intelectuais, eruditos, escribas e outros letrados da época divina.
Finalmente, o terceiro nível de leitura, secreto, oculto, esotérico, que estava reservado aos hierofontes da Enéade de Heliópolis.
Os historiadores modernos, a partir de Champolion, basearam-se no 1º nível de leitura - o popular - e recontam-nos, cada um para seu lado, essa confusão de histórias, muito semelhantes às 36 telenovelas que passam, por dia, nas 4 televisões portuguesas.
É tempo de extrair dos Egípcios, que não nos cobram direitos de autor, o que eles nos disseram de Energias e da Eternidade. A sua Cosmogonia. A mais perfeita que chegou até nós. Essa a informação que merece a pena guardar.
Por ordem de valor informativo ou vibratório, deveremos acolher e começar a alinhar no nosso caderno de exercícios e testes:
- Nomes de deuses
- Nomes de lugares especiais ou mágicos
- Palavras de poder
- Hieróglifos que exprimem unidades elementares de informação
- Textos sagrados encontrados nas pirâmides
- Textos incluídos no chamado «Livro dos Mortos»
CAMPOS DE MORFOGÉNESE
À luz da hipótese vibratória proposta por Etienne Guillé, os deuses com formas de animal, por exemplo, traduzem, como os outros com formas humanas, campos energéticos de morfogénese, de que tanto fala Etienne, baseado na obra clássica de R. Sheldrake, «Une Nouvelle Science de la Vie», Ed. Rocher, 1985. Num primeiro (e primário) nível de leitura, Anúbis é o deus com cabeça de chacal mas, em segundo nível de leitura, é a expressão de um campo energético que rigorosamente é expresso por essa forma de chacal, energeticamente diferente do cão, da águia, do rato, da mosca, do íbis ou do gato. Como acontece, por exemplo, na astrologia chinesa, feita de animaizinhos os mais diversos...
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