quinta-feira, 6 de novembro de 2008

PROJECTOS AC 2012

1-5 sexta-feira, 21 de Novembro de 2003
manual-md-ah-ed-manual-1-subsídios para a história da ideia ecológica – projectos ac – inédito ac de 1986 – datas ac

"MANUAL BÁSICO DE ECOLOGIA HUMANA": 
PROJECTO DA "FRENTE ECOLÓGICA" APRESENTADO AO ANO EUROPEU DO AMBIENTE

OBJECTIVOS DO PROJECTO
Um "Manual de Ecologia Humana", a compilar sobre matérias oriundas de várias ciências humanas e biológicas, visa os seguintes objectivos:
a) Preencher uma lacuna na bibliografia de língua portuguesa;
b) Sistematizar num único livro e, portanto, num conjunto coerente, as matérias convergentes na Ecologia Humana mas que andam dispersas por dezenas de disciplinas científicas e, portanto, por dezenas de livros que abordam sectorial - e nunca globalmente - essas matérias;
c) Pôr um instrumento de trabalho útil na mão de estudantes e estudiosos que, por obrigação escolar ou motivação intelectual, se interessem por Higiene, Técnicas Holísticas de Saúde, Toxicologia alargada, Defesa do Consumidor, Direitos do Cidadão, etc.
d)Escrever o livro de texto sobre Ecologia Humana que ainda não está escrito mas que é indispensável aos vários graus de ensino das chamadas ciências humanas, bloqueadas na sua própria desumanidade...
e)Reler e ajudar a reler, numa perspectiva globalizante e integrada, o essencial das ciências humanas, numa perspectiva prática (as técnicas apropriadas de saúde ou terapêuticas holísticas) que continuam a ser dadas, quando são, sectorial e não ecologicamente, é, enfim,
o objectivo deste projecto.

TIPO E DIMENSÃO DO PÚBLICO A ATINGIR
O público a atingir por este "Manual Básico de Ecologia Humana" é, como se disse, o conjunto de estudantes e estudiosos das Ciências Humanas, ensinadas e encaradas, ainda hoje, como se a questão e a crise ecológica não se tivesse posto.

DESCRIÇÃO DA ACÇÃO
Toda a documentação necessária à compilação, organização e redacção definitiva do livro em projecto, se encontra classificada e na "rampa de lançamento", pronta a ser tratada na forma final e definitiva. Só falta tempo para que essa documentação dispersa em centenas de livros e documentos seja dactilografada e coerentemente disposta em capítulos.
Posteriormente, o proponente poderá indicar, concretizando, as linhas de arrumação da biblioteca "Frente Ecológica" (especializada em Ecologia Humana) sobre a qual se baseia literalmente este projecto de divulgação e informação científica básica. Este projecto de livro didáctico.

ORGANISMOS ENVOLVIDOS

"Frente Ecológica" - edições e biblioteca

CALENDARIZAÇÃO
Dois meses, de manhã à noite, encerrado em casa, serão suficientes ao proponente e autor para concretizar este projecto. Para isso, e como trabalha, necessitaria pedir dois meses sem vencimento no local de trabalho, importância que corresponde ao subsídio solicitado ao Ano Europeu do Ambiente.

ORÇAMENTO DISCRIMINADO
O orçamento necessário ao projecto, na fase de compilação e redacção , corresponde rigorosamente aos dois meses de salário do autor, no local onde trabalha, conforme o referido na alínea anterior.

CURRICULUM VITAE DO PROPONENTE
O curriculum vitae do proponente no que à Ecologia Humana diz respeito, resume-se a uma série de intervenções em que o proponente tentou demarcar-se, através do que designou realismo ecologista, de  ecologias, ambientologias e conservacionismos circundantes.
Foram precisos 15 anos, conforme se refere em anexo III ( que junto com curriculum mais detalhado), para o autor se aperceber de que ninguém queria, por demasiado explosiva, a Ecologia Humana.
Por isso e ao fim de 15 anos, gostaria de reunir, num só livro, a matéria científica objectiva que serve de suporte à reflexão ecológica sobre a condição da pessoa humana neste Planeta chamado Terra.
Note-se que esta matéria científica objectiva não a confunde nem mistura o autor com os textos de índole polémica, crítica e ensaística que sobre ecologismo tem escrito e publicado ao longo dos anos.
É de uma obra essencialmente didáctica que se trata e assim será escrupulosamente elaborada, sem interferências de ecologismo polémico.

DESCRIÇÃO DO PROJECTO
Um Manuel Básico de Ecologia Humana, tal como o proponente o considera, irá abordar, entre outros, os seguintes capítulos
1 - Quotidiano e Segurança - Psicopatologia do Quotidiano português
2 - Defesa do Consumidor - Perspectiva ecológica - Do consumidor ao cidadão e seus direitos
3 - Cidades sem respirar - Problemas ecológicos do microcosmos urbano
4 - Desastres industriais – Laboratórios de Ecologia Humana - Homem, Cobaia do Homem - Despistagem ambiental - Eco-Diagnóstico - Eco-investigação da Doença
5 - Doenças do Ambiente - Geografia da Doença - Epidemiologia na perspectiva ecológica
6 - Iatrogénese - SIDA, caso-limïte de latrogénese - Hexaclorofene, data do martirológio moderno - Doping, caso de iatrogénese
7 - Cancro Industrial - Ambiente cancerígeno - Produtos químicos
8 - Defesa contra radiações
9 - Modelo alimentar para os anos 90 - Correntes dietéticas - Civilização e regimes alimentares
10 - Stress e outras doenças do Trabalho
11 - Sofismas e mitos do discurso dominante - Manipulação psíquico-ideológica - Informação-Intoxicação
12 - Ambiente climático - Capítulo geográfico de Ecologia Humana
13 - Revisão ecológica da ciência geriátrica - Longevidade
14 - A paciência dos pacientes - O consumidor de medicina e as alternativas. - Tratar-se a si próprio - Etapas da Auto-cura
15 - Alcoolismo - Doença do ambiente psico-social
16 - A morte rodoviária - Recordes da morbilidade ambiente
17 - Premissas ecológicas de uma política de saúde
18 - Alimentação e poluentes alimentares
19 - Vacinas contra Imunidade natural - Profilaxia natural da doença - Ecologia Humana, a verdadeira medicina preventiva
20 - Televisão contra as crianças
21 – Tecnologias apropriadas de saúde – Alternativas ecológicas à medicina
22 – Da visão sistémica à visão holística - Precursores da Ecologia Humana – Profetas da visão holística
23 - Ambiente ondulatório, esse desconhecido - Ondas de forma e terapêutica
24 - Etno-medicinas - Disciplina de Ecologia Humana
25 - Sintomatologia alopática - Aumento exponencial da Doença - Correntes heterodoxas da Alopatïa
26 - Limites físicos da natureza humana
27 - Vocabulário essencial de Ecologia Humana
28 - Malthus e neo-maltusianos - O princípio do fim ou as teorias que levaram à crise ecológica
29 - Crianças com doenças de velhos - Revisão ecológica da ciência pediátrica
30 – Cancro - Factos e progressos na profilaxia ecológica
31 – Produzir mais, trabalhar menos - O direito à sesta na CEE - Uma questão de E.H.
32 -  Planos perigosos para populações - Vizinhanças incómodas
33 - Novas profissões de saúde - Técnicos holísticos
34 - Revisão ecológica das ciências biológicas
35 - Fontes orientais da Sabedoria - Fundamento da Ecologia Humana
36 - A tecno-escalada das indústrias hiper-poluentes
37 - Ecologia Humana como reumanização das Ciências Humanas

JUSTIFICAÇÃO DO PROJECTO
Seria de supor que os manuais escolares de saúde e ambiente à disposição do público português, pudessem servir de informação aos estudantes e estudiosos de Ecologia Humana.
Curiosamente e por estranho que pareça, isso não acontece em livros que, a julgar pelo título, deveriam respeitar minimamente as regras do jogo ecologista.
Cito, por exemplo:
- O Homem e os Problemas Alimentares - Biologia – 9º Ano de Escolaridade
- O Homem e a Saúde - Biologia – 9º Ano
- O Homem e o Ambiente - Biologia – 8º Ano
- O Homem na Biosfera - Biologia – 8º Ano
- Ecologia Humana - Georges Olivier
- Moderna Saúde Pública - F.A. Gonçalves Ferreira
Nenhum destes manuais apresenta uma ideia ecologista da...Ecologia Humana, o que parece , no mínimo, estranho.
Uma Saúde Pública que defende vacinações maciças, por exemplo, parece uma noção pouco ecológica de Ecologia Humana.
No citado volume "Moderna Saúde Pública", de Gonçalves Ferreira, a palavra Ecologia aparece uma única vez, na página 569, a propósito dela se escrevendo três dezenas de linhas...
No livro de Georges Olivier, Professor de Antropologia da Universidade Paris VII, editado em português com o título "Ecologia Humana" (Interciência Editora, Lisboa, 1979) , a ...Ecologia Humana é descartada logo na página 11 mediante um subtil ardil: o autor considera duas, a "do curto prazo" , que diz não tratar no livro, e a "do longo prazo" que é efectivamente matéria do livro em questão e que mais tem a ver com Geografia Humana ou Bioclimatologia, do que propriamente com "ecologia humana"
O livro "Noções Básicas de Saúde" para o 10º e 11º anos da Escolaridade, esperar-se-ia que tivesse o mínimo de coerência com as noções de Ecologia geral dadas nos mesmos anos, ou de Homem e Biosfera, dadas também nos mesmos anos.
Mas não tem: reincide no equívoco a que obedecem os livros e manuais, elaborados na perspectiva da medicina alopática, que não é, não foi, nem nunca será a medicina ecológica.
As noções de saúde que só tratam da doença e concepções ambientalistas da saúde que teimam em chamar-se ecológicas, poderiam talvez dar lugar, ao menos uma vez em mil, a uma concepção ecológica da saúde humana, coerente, e ao Manual de Ecologia Humana que até hoje ainda não foi escrito, com princípio, meio e fim.
O que o autor se propõe, portanto, é simples e ao mesmo tempo inédito: um manual ecológico de ecologia humana e não um manual anti-ecológico de ecologia humana, já que destes há, no mercado, às centenas.

UM VOLUME ENORME
Um volume enorme intitulado “Moderna Saúde Pública” editado pela Fundação Gulbenkian e que mete respeito só pelo tamanho, cita uma vez, na página 569, a palavra Ecologia, para dizer isto:
“A doença na comunidade é primariamente um fenómeno ecológico, quer dizer, dependente das relações dos indivíduos com o meio. Por ecologia humana, entende-se o estudo das relações entre pessoas, entre pessoas e animais e entre pessoas e o seu ambiente. A saúde resulta, como já acentuámos, dum equilíbrio biológico, fisiológico e psicológico, em harmonia ecológica.
“O conhecimento de que o desenvolvimento das doenças infecciosas depende duma cadeia de elementos, em que três factores: meio ambiente, agente e hospedeiro, são essenciais, tem mostrado que o estudo em conjunto destes factores é indispensável para se obterem as informações necessárias aos planos de organização da luta contra as mesmas doenças. O significado dos estudos epidemiológicos em saúde pública reside na vantagem do estudo em conjunto dos 3 factores especificados:
-ambiente, que é o conjunto das condições que estabelecem o contacto entre o agente e hospedeiro e determinam os diversos aspectos das suas relações;
-agente, que é o material que atinge o hospedeiro e influencia o comportamento deste, provocando reacções anormais, específicas ou não;
-hospedeiro, que é o indivíduo que sofre a acção do agente e reage de maneira mais ou menos específica, e com consequências mais ou menos graves para a sua saúde;

ECOLOGIA HUMANA SEM ECOLOGIA HUMANA
Há um livro de Georges Olivier, Professor de Antropologia da Universidade Paris VII , editado em português com o título "Ecologia Humana" (Interciência Editora, Lisboa, 1979), que comete a proeza de, à página 11, declarar:
“A Ecologia Humana pode ser encarada, de dois aspectos: a curto prazo e a longo prazo.
A Ecologia Humana a curto prazo é a mais importante no que respeita à prática, imediata; com efeito, ela ocupa-se das nossas condições de vida, da nossa saúde, do nosso equilíbrio, dos malefícios da poluição, assim como de agressões diversas (stress). Ela está estreitamente associada à Demografia, à Fisiologia, à Sociologia, à Higiene e à Medicina Preventiva e, igualmente, à Defesa da Natureza. Nesta acepção da palavra, a Ecologia mobiliza, felizmente, muitas pessoas que defendem o Homem e, ao mesmo tempo, a Natureza.
A Ecologia Humana a longo prazo é, no entanto, o principal objectivo deste livro. Já não diz respeito às repercussões imediatas do meio sobre nós próprios, mas sim à sua acção mais remota sobre os nossos descendentes. Portanto, não encontraremos aqui senão uma pequena parte da Ecologia Humana, o que desolará os especialistas da outra parte. O que vamos estudar possui uma óptica mais longínqua e apoia-se em fundamentos genéticos sem que, no entanto, se trate de Genética. Ocupa-se das particularidades morfológicas e fisiológicas, hereditárias, é certo, mas no determinismo das quais intervém o meio sob todas as suas formas. Assim limitado, o assunto permanece contudo imenso, dizendo respeito a numerosas disciplinas, tocando em todas as coisas.”

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