quinta-feira, 6 de novembro de 2008

PRIORIDADES 2012

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O REALISMO ECOLÓGICO DEFINE-SE FACE A OUTRAS CORRENTES DO AMBIENTE

26/3/1991 - As questões difíceis, impopulares ou tabu, os problemas que ninguém põe, com medo do sistema e dos seus polícias, à esquerda e à direita, a leste e a oeste, as teses de investigação incómodas que ninguém se atreve a formular porque vão contra a ordem estabelecida e os interesses criados, aí é o campo do realismo ecológico.
O realismo ecológico pouco tem a ver, portanto, com as questões postas por conservacionistas, ambientologistas, mesologistas, políticos do ambiente, engenheiros do ambiente, ecotecnocratas, enfim, por moderados, reformistas e oportunistas do ambiente, que não pretendem mudar o sistema (que vai matando os ecossistemas) mas ganhar dinheiro com a poluição que o sistema segrega como o pilrito dá pilriteiros.
Se a ecologia lida estruturalmente com os ecossistemas, ela põe e terá de pôr em causa, sob pena de negar o nome que usurpou, o sistema que estruturalmente e sistematicamente destroi os ecossistemas.
Este é o pressuposto fundamental inamovível de um realismo ecológico que proponha demarcar-se das contrafacções aparecidas em nome da ecologia, quando pouco ou nada, vistas bem as coisas, tem a ver com ela.

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