segunda-feira, 3 de novembro de 2008

PRIORIDADES 2012

1-2 - imde - 1> - manual prático de noologia terapêutica - aplicações ao diagnóstico investigar mecanismos do envelhecimento - noologia geral - da imortalidade à eternidade

OS MECANISMOS DO ENVELHECIMENTO

6/4/1998 - Investigar os mecanismos do envelhecimento é, no fundo, tentar prescrutar o grande mistério da vida, quer dizer, o precário equilíbrio entre doença e saúde.
Isso explica que a ciência moderna, alimentando a ilusão da imortalidade material, já tenha, pelo menos, 150 teorias para explicar o processo biológico do envelhecimento, o que coloca à concepção holística ou unitária do fenómeno humano um difícil problema de método.
Com tal inflação de teorias propostas pela actual Gerontologia, o único caminho será tentar...ir por outros caminhos menos confusos. Talvez se possa chegar a resultados práticos e terapêuticos mais seguros, seleccionando o pouco ou muito que se pode ir fixando como dado assente e irrefutável, e somando depois, um a um, esses resultados.
Conceitos como o de oxidação, oxigenação, imuno-regulação e metabolismo estão com certeza no centro do problema. Numa perspectiva empírica e prática, os resultados obtidos por certos métodos dietéticos como a prática yin-yang da Macrobiótica, já foram suficientemente acreditados por milhões de praticantes.
Método para decidir sobre os mecanismos do envelhecimento (e do rejuvenescimento) integram hoje um ramo independente do conhecimento científico, a Metabolic Medecine, que não se sujeitando inteiramente ao dogmatismo da ciência médica estabelecida, marca a liberalização e humanização desta no sentido do seu alargamento em direcção a uma concepção holística do ser humano e seu universo.
Enquanto estudantes de Holística e Ecologia Humana, temos de compreender o risco que pesa sobre temas como o do envelhecimento-rejuvenescimento, facilmente recuperável pelo circuito comercial que procura apenas explorar os mitos e anseios mais profundos da alma humana.
O rejuvenescimento é um desses mitos, explorado em todas as direcções por uma publicidade desenfreada, que só tem paralelo na dupla emagrecimento/obesidade-celulite.
Em qualquer dos casos, juventude e magreza são os dois mitos que alimentam hoje uma das mais rendosas indústrias do mundo - a cosmética - e um dos negócios mais prósperos - a estética facial e corporal, sinal muito saliente da nossa concepção hipermaterialista do ser humano e da sua missão na Terra.
Nesta encruzilhada onde se cruzam fortes interesses comerciais, a Metabolic Medecine parece em má posição para ganhar importância mediática junto da opinião publica, mas em melhor posição para dar respostas humanistas a um problema com raízes metafísicas na espiritualidade e no destino energético do ser humano.
Mais do que uma ciência geriátrica sectorizada como especialidade e em grande parte já tomada pelo poder comercial dos produtos farmacêuticos ou das ilusões cosméticas e cirúrgico-plásticas, a Metabolic Medecine aponta para o funcionamento ortomolecular e, portanto, para a manutenção de uma relativa «juventude».
É ilusão lamentável de quase todas as terapêuticas geriátricas em voga, desde o célebre Gerovital H3 às células frescas de Niehans , da Geleia Real ao Ginseng, que um só produto possa realizar o «milagre» de regular a totalidade do metabolismo humano sem que para isso tenham de se tomar outras medidas de higiene - alimentar, de vida e ambiental - verdadeiramente fundamentais para obter esse efeito global.
A propósito da dialéctica envelhecimento/ rejuvenescimento, vale a pena ainda referir porque é este mito tão importante na vida moderna e porque mexe com os mais profundos mistérios do universo humano. Para o terapeuta, é problema filosófico insolúvel saber se cabe, a um simples mortal, alterar o prolongamento da vida (ou da juventude) e se será lícito pretender comandar o tempo de exaustão cármica que a cada um está destinado.
Será lícito, enfim, mexer com as leis (neste caso concreto a lei de causa-efeito) que regulam a ordem do universo?
No fundo do interesse público pelo envelhecimento mas principalmente pelas «técnicas de combate ao envelhecimento» está o desejo, nem sempre confessado e nem sempre explícito de imortalidade material, quando o anelo que deverá mover o ser humano trino e completo é o da eternidade, contrário exactamente de imortalidade.
O mito da imortalidade material, que vai no sentido inverso da nossa ignorância sobre a Eternidade espiritual, caracteriza a nossa concepção material de ver a vida, o mundo e o universo.
Concepção que em Noologia queremos inverter para ficar na ordem certa.

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